24 de dez. de 2012

JOGO DE ESPELHOS NO RINGUE


Alberto é um cara discreto, másculo e de pouca conversa, estatura média, porte físico forte, cabeça raspada e expressão séria; trabalha em multinacional e como hobby gosta de boxe. Conversamos numa noite de quarta-feira, ele disse que estava estressado e precisava relaxar; Marcamos por volta de 19h30, próximo a uma praça. 

No carro trocamos algumas palavras sobre o trabalho dele, sobre seu ficante que após algum tempo de convívio começava a tornar a relação um pouco pesada, entre outros assuntos. Percebi que talvez Alberto não gostasse de uma aproximação maior ou poderia estar tímido por ter chamado um Garoto de Programa, algo comum, mas que ele poderia se soltar mais.

Chegamos ao motel, passamos a portaria e já fora do carro fui abrir a porta do quarto. O espaço era bacana, cama grande, banheira, espelhos em paredes e teto. No canto do quarto, despi-me, sapatos, calça, camisetas e meias, fiquei apenas de cueca, ele me olhou por um instante e fui em sua direção com a intenção de beija-lo, mas ao contrário disso ele me abraçou e jogou-me na cama, ficando com seu corpo sobre o meu. Não me olhou nos olhos, percorreu  e cheirou meu pescoço e num movimento rápido rolamos na cama, dessa vez eu estava por cima... Como num jogo de gato e rato saquei que beijar não era a praia dele, então com minha boca fui tateando seu corpo; com chupadas e pequenas mordidas percorri seus mamilos, seu peito, umbigo, virilha, coxas... Até que ele já cheio de tesão tirou seu pau da cueca e colocou na minha boca, segurou forte minha cabeça e em movimentos de vai e vem fazia eu engolir seu membro grosso e suculento.


Associei “nossa” transa a uma luta no ringue, já que Alberto só abria a guarda na condição do prazer mais viril, sem muito romance; Então, de bruços ele relaxou para que eu o chupasse por traz, uma bela bunda, máscula pronta para beijos molhados. Sem que ele esperasse cai de boca por longos minutos. A cada passada de língua, a cada movimento e beijo molhado de tesão e saliva era nítido seu gemido de prazer naquele rabo querendo ser invadido. Já louco de desejo ele me deu a camisinha; encapei meu pau, passei um pouco de gel e brincando em sua bunda melada eu dei suaves metidas. Aos poucos meti mais fundo, mas Alberto não aguentou.


Era hora do segundo round; o boxeador veio para cima, encapou seu belo pau, me colocou de quatro e meteu fundo, começou devagar, mas logo forçou a barra e estocou seu pau em movimentos rápidos e compassados, relaxei o máximo que pude e passa a dor inicial, logo veio o prazer; pedi para ele bombar mais forte. Nada melhor que aliviar o estresse com doses de adrenalina e endorfina, quando liberamos nossa sensação máxima de prazer num sexo bem safado. Alberto meteu e gozou com gosto e com o copo mole e cambaleantes foi para a ducha, enquanto eu fiquei jogado na cama apenas olhando meu reflexo no espelho do teto e por ironia da vida pensei... Tem momentos que esse trabalho é bom demais... 
Irônico ou não, eu havia gostado.No trajeto de volta, conversamos sobre diversas coisas. Ele me deixou na mesma praça para que eu voltasse para casa. Fui refletindo sobre a forma como nos moldamos de acordo com o  meio que nos cerca. Muitas vezes para não sermos vistos como somos, mas sermos aceitos em determinados nichos sociais nos anulamos num vazio e não nos encontramos nem numa cama e nem nos espelhos do quarto de um motel. É apenas um prazer momentâneo que passa e o vazio persiste. As vezes até nosso sexo é condicionado a isso.



O garoto errado

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