27 de ago. de 2013

CHEIRO DE SEXO

Entre as drogas que alteram o pensamento, a melhor é a verdade. [Lily Tomlin]


Em Gênesis primeiro livro da Bíblia conta-se que o homem foi moldado do barro a imagem e semelhança de Deus. “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Gênesis 2:7

Somos feitos de barro, feitos de pó, um sopro de vida, o mesmo sopro que nos preenche de uma alma, de personalidade, de um querer... Mas querer o que?

Esse pó em dias contemporâneos poderia ser o mesmo que inalado por viciados, por homens condenados a uma sentença para resto de suas vidas. O mesmo pó que hoje não é soprado por Deus, mais sim inalado, “tekado” por homens a sua imagem e semelhança. Mas que como deuses imperfeitos erram e caminham e linhas tortas...

Ulisses é jovem, bem sucedido, de família paulistana e bacana. Ligou para mim numa quinta-feira por volta de 20h a fim de marcar um programa. Marcamos um ponto de encontro e 20h30 ele me pegou.

Ah, é você cara?! Disse Ulisses surpreso

Não imaginava que fosse você também cara!

Ao entrar no carro notei que Ulisses estava com os olhos pequenos, caídos como quem estivesse com sono. Na verdade ele estava chapado, mas parecia tranquilo.

Poxa, saímos tem muito tempo já. Nem tinha seu número mais. Peguei num anúncio hoje e marque.
Pois é cara. Mas que bom que rolou novamente.

Edu, eu dei uma cheirada para relaxar você não se importa né?

Não, tranquilo, desde que você esteja bem e num nível bacana para curtimos. Ok? Senão fica ruim pra você e pra mim.

Tranquilo cara, pode confiar...

Em hebraico o termo “Vida” está no plural; “jayim”. Quando o livro Gênesis relata que Deus soprou nas narinas do homem e deu lhe a vida; ele preencheu seu corpo de espírito e a alma passou a fazer parte do seu interior, tornando o homem a sua imagem e semelhança. O corpo criado do pó da terra passou a ter comunhão com Deus. Ele estava preenchido com o espírito a parte onde era estabelecida o contato de Deus com o homem.

Edu, estou no tesão de chamar mais um para curtimos a três o que acha?

Por mim tudo bem.

Você tem alguém para sugerir?

Tenho alguns contatos, vou ver aqui.

Enquanto eu contatava meus amigos por sms, whatsapp e ligações, Ulisses dirigiu em direção ao centro.

Cara, difícil, ninguém pode agora e outros não atendem e não respondem.

Vamos para o centro. Lá na praça do Sapo dizem que ficam alguns garotos por lá.

Tudo bem, mas ai eu já não conheço ninguém de lá, pois não trabalho na rua. Será por sua conta se pegarmos alguém de lá. Ok?

Tranquilo, passamos só para ver.

Chegamos ao centro da cidade, no céu a lua se impunha em sua completude iluminando a escuridão, poucos carros circulavam pelas ruas, lojas estavam fechadas e alguns bares abarrotados de pessoas que tomam chopp nas esquinas. Ao passarmos de carro pela praça do “Sapo”, antiga praça da cidade conhecida por ser ponto de michês e que havia sido revitalizada constatamos que não havia ninguém.

Espera, continua descendo a rua acho que os boys estão mais abaixo. Disse

De fato haviam três garotos parados na calçada, dois deles conversavam, um bem magro e um outro gordo, descendo poucos metros outros dois apenas flertavam com os carros que passavam.

Você conhece alguém? Perguntou Ulisses.

Não. Vamos fazer o seguinte, da a volta no quarteirão, se eles continuarem olhando a gente estaciona e faz um sinal para conversarmos.

Ulisses fez o retorno e alguns minutos depois voltamos a mesma rua, passamos bem devagar flertando com os dois primeiros garotos e assim que paramos o carro veio o boy estilo urso, gordinho.

Opa, tudo bem?

Tudo.

Vocês são garotos de programa?

Sim, somos.

Eu e meu amigo aqui (apontou para mim) estamos querendo chamar mais um para curtir com a gente.

O que vocês curtem?

Eu sou ativo.

Quanto você tem de pau?

18cm.

E seu amigo?

Ele é só passivo.

Beleza, vamos dar um role e qualquer coisa voltamos.

Descemos mais alguns metros e paramos. Logo veio um garoto de pele morena, jeas, casimeta branca e boné, estilo garoto, corpo legal, rosto com traços bacanas.

Oi, beleza?

Tranquilo. Estamos procurando um cara para curtir a três. Você topa?

Sim, demoro!

Perai... Você não e estranho. Acho que te conheço de algum lugar... Disse Ulisses

É pode crer. Você também não é estranho.

Você tem um baseado ai?

Não, eu não curto essas coisas.

Falou, vamos dar uma volta e depois voltamos ai.

Beleza...

Ulisses mais que depressa saiu com o carro.

E ai cara, por que não fechou com o moleque? Dos três ele é o mais apresentável.

Por que acho que ele já trabalho na empresa onde trabalho. Disse Ulisses meio agitado

Como assim cara? E se for? Você acha que o cara vai fazer algo? Se ele esta na rua se prostituindo ele tem mais a perder do que você.

Ah cara, por mim não rola.

Uma pena... Bom, vou ligar para um amigo. Ele tem local aqui pelo centro se topar ai fechamos. É meu último contato.

Peguei meu celular e liguei para Oliver, um amigo que também é boy e tem um prive no centro da cidade. Oliver trabalha somente com classificados em jornal impresso e costuma alugar quartos de seu prive para garotas de programa com quem tem amizade e para mim quando rola algum cliente que não curta motel com medo de exposição. No telefone joguei a real com ele sobre o cliente estar tecado e ele topou. Logo chegamos em sua casa mas Ulisses parecia impossível, queria mais outro garoto na jogada e propôs que déssemos um role de carro novamente pelo centro da cidade passando por uma sauna que já estava fechada e o cinema pornô que também estava prestes a fechar, pois passava das 22h. Como era de se esperar não encontramos mais ninguém e fomos para a casa de Oliver.

Peraí que vou dar mais um tapa para curtirmos. Disse Ulisses

Cara, ta bom já, você vai acabar não curtindo nada. Alertei

Só mais um pouco, to de boa...

Num estado já alterado Ulisses parecia totalmente dopado, mas estava calmo e sereno. Veio para cama e caiu de boca em minha rola, chupava entregue ao meu pau que estava duro, pois ele mesmo chapado engolia gostoso colocando-o todo em sua boca. Oliver ficou brincando com o cuzinho do rapaz, que tinha um corpo bonito e uma bunda grande, porém mesmo sendo passivo tinha algumas frescuras.

Calma Oliver! Vai devagar... Mais devagar. Pedia Ulisses a todo instante, mesmo Oliver não se movimentando.

Por alguns momentos revezamos nossas bocas, com beijo triplo, mamadas em trenzinho até que Oliver passou a comer Ulisses bem devagar, enquanto ele ficou debruçado em minhas pernas com a boca encaixada no meu pau, chupando com vontade e brincando com a língua, chegando a gozar duas vezes com a boca no meu pau e Oliver brincando com seu cuzinho.

Tomamos uma ducha rápida, ele nos pagou e foi me deixar em casa. Mas ainda estava com tesão, pois estava chapado.

Vou parar no posto de gasolina. Você compra uma cerveja e um energético pra mim?

Tudo bem. Desci do carro e fui para loja de conveniência. Assim que voltei Ulisses já queria aprontar novamente.

Edu, tem um cara ali tomando chop que ficou me olhando. Vamos chamar eles para uns pegas no carro?

Pagando bem que mau tem. Pensei... Beleza, vamos ver qual é a dele.

Fiz um sinal para o cara que somente sorriu mas não se levantou.

O cara parece não querer nada. Disse.

Vou dar uma ré e mexer com ele. Disse Ulisses.

O cara levantou-se da mesa e veio em direção ao carro, encostou em minha janela sorrindo.

Beleza? Ta afim de dar uma volta com a gente? Perguntou Ulisses.

Não, to tranquilo. Obrigado. Disse o cara e saiu.

Beleza, valeu! Agradeci e saímos.

Convencido de que a noite havia se encerrado Ulisses me deixou na porta de casa e tomou seu rumo para São Paulo com a promessa de que voltaria a marcar para curtimos, mas dessa vez quer eu e um boy loiro, pois quer chupar duas picas branquinhas.

Em casa preparei algo para comer e me jóquei no sofá. Logo chegou um sms em meu celular.

Te vi hoje!

Mesmo? Onde?

Num posto de gasolina.

Qual posto?

Posto da Gruta, você e mais um cara!

Eu mesmo cara. Nossa, o cara do chopp é você?

Sim, me arrependi de não ter topado ir com vocês. Depois que te vi eu corri para abrir seu blog e pegar seu número para confirmar.

Foi até bom, meu cliente estava chapado. Já estou em casa.

Tá livre agora?

Estou, afim de marcar algo? Pode passar aqui e me pegar.

Qual o endereço?

Minutos depois eu já tinha outro cliente, tudo por conta de uma feliz coincidência e paranoia do jovem Ulisses. Que afogado em seu vicio pegou a estrada que o levava de volta ao caminho de casa. Um homem como tantos outros, feito de barro, feito de pó... E quando o homem pecou o seu espírito se apagou, morreu. O sopro que lhe foi dado e o preencheu de espírito perdeu completamente sua comunhão com Deus. Ao pó retornaremos...



O garoto errado

garotoprivado@hotmail.com

21 de ago. de 2013

A MARCHA DO SEM CABEÇA, TREPADAS, TRAPAÇAS E SOBREVIVENCIA

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. [Albert Einstein]

Eu poderia começar esse texto dizendo a você meu caro leitor que minha 4 temporada em SP foi homérica, me gabando em números. Mas meu compromisso aqui é a verdade. Esbarro com muita, mas muita gente que vive no mundo da fantasia mostrando que tira vantagem de tudo, enquanto a realidade apresenta-se de outra forma. Fantasiar não é pecado, é até de certo modo um respiro;  E quando o faço eu trato logo de avisar, como em meu último texto: O Cavaleiro sem cabeça. Meu compromisso como Eduardo ultrapassa a barreira da fantasia, é um mergulho mais fundo, que transpassa camadas de tecidos até furar a pele, na busca por um mergulho nas veias que bombeiam o sangue que me mantem vivo. Meu compromisso é com a verdade seja ela FEIA ou BONITA. Afinal, viver no maravilhoso mundo do sexo financiado é para poucos, é para os fortes.

Cheguei em São Paulo na noite de sexta-feira, mais precisamente na Avenida Paulista com os termômetros que anunciavam um final de semana com temperatura baixas. Caminhei pela Avenida Brigadeiro Luis Antonio rumo ao hotel em que escolhi para ficar hospedado e ao chegar fui muito bem recepcionado e direcionado ao meu quarto. Diferente do hotel de luxo em que fiquei na viagem passada, este era um lugar modesto mas com acomodações aconchegantes, com bom sinal de internet e café da manhã, sem contar na cordialidade dos funcionários. Desta vez procurei avaliar bem o custo beneficio e também buscar lugares próximo ao endereço mais visado na cidade, no caso a Avenida Paulista.

Com as malas desfeitas, sai para dar uma volta, jantar e passar no mercado para comprar água, suco, torradas e frutas, pois sempre sinto fome ao longo do dia e como entre as refeições. Após reconhecimento da área e devidamente instalado no hotel, fui tomar um banho e me preparar para começar a trabalhar, pois haviam clientes programados. A única certeza que eu tinha era que se minha agenda de clientes feita durante a semana fosse cumprida eu não precisaria me preocupar com imprevistos e Murphy.

Noite fria, às 23h fui atender um cliente na Consolação. Mauricio me esperou na estação de metro e juntos caminhamos até seu apartamento. Como ele estava numa confraternização ele veio direto do trabalho, então esperei que ele tomasse um banho para curtimos sem pressa. Fiquei debaixo das cobertas, até que ele chegou e começou a lamber minhas pernas deixando sua bunda disponível para mim. Enquanto dele me lambia por inteiro da cintura para baixo eu cai de boca em seu cuzinho e ouvia seus gemidos de prazer. Com os dedos lambusados de gel brinquei com seu rabo abrindo caminho enquanto mordiscava seus mamilos, ele adorava isso. Comecei metendo em Mauricio com ele de bruços, variamos para metidas de lado e de frango. Ele parecia insaciável, houve um momento em que de bruços ele com suas pernas travou as minhas pernas e meu quadril em sua bunda e encaixado eu bombava gostoso e juntos ouvíamos nossos corpos estralarem. Foi uma transa muito gostosa, acabei saindo ás 2h da manhã de seu apartamento e como não havia mais metrô resolvi vir a pé contemplando a madrugada que se apresentava muito fria. Porém, nem isso intimidava os paulistanos, a cada esquina havia um bar aberto ou uma galera andando de skate ou fazendo outro lance. Pude perceber que a Avenida Paulista também continha vida em sua madrugada. Como a caminhada era de pelo menos 2 km resolvi pegar o celular e acessar o skype para conversar com alguém ou derrepente marcar um próximo programa. E nesse vacilo quase fui roubado por um cara que veio andando de bike como quem não quer nada e tentou puxar o celular da minha mão, só não conseguiu por que tive um reflexo rápido e tirei meu braço da reta.

BABACA! Grite e ao mesmo tempo respirei fundo.

Recuperado do susto apertei o passo, guardei o celular e fiquei atento na caminhada. De volta ao hotel me enrolei nas cobertas, tomei suco de laranja e conferi minha agenda para sábado. De acordo com os contatos feitos, haviam dois clientes, mas sempre é bom ter uma carta na manga,  então tratei de surfar nas salas de bate papo publicando anúncios. Após teclar com alguns caras consegui agendar um cliente para 10h da manhã. Um coroa que vinha ao hotel para treparmos. Fui dormir ás 3h da madrugada.

Segundo dia
Ás 9h08 meu celular vibra com a confirmação do cliente. Com sono e sem muita alternativa pedi meu café no quarto e fui para o banho. Agilizei tudo para organizar o quarto e receber o cliente sem atrasos. Particularmente são raras as vezes que curto trepar de manhã, mas considerando que eu havia dormido somente seis horas eu estava um pouco mal humorado, mas nada como um xícara de café preto para despertar meu sono e meu humor, afinal, café é um dos meus vícios.

Recebi meu cliente pontualmente e com meia luz no quarto nos despimos, ele caiu de boca em minha rola e mamou por um bom tempo, depois pediu para ser comido, mas devagar, estava com receio que doesse. Comi ele no estilo papai e mamãe num ritmo devagar, pois assim ele curtia, depois fodemos de franguinho, meti ao estilo soft com algumas bombadinhas. Ele quis gozar com meu pau em seu cu. Não demorou muito gozou, tomou banho, pagou minha grana e foi embora. Eram 12h quando fui almoçar.
Mandei sms para mais dois clientes agendados, mas não responderam. Mais tarde um deles logou no skype, mas se fez de cego e mudo, pois não respondeu nenhuma mensagem minha e mesmo online não se dignou a pronunciar nada. Talvez estivesse envergonha por ter marcado um programa e ter fantasiado a situação toda;  No caso dele conversamos ao longo da semana, nas conversas ele imaginava toda cena e me dava referencias do que queria. Fantasiar a transa é parte do show, o duro é o cliente concretizar o que muitas vezes imagina. Com a agenda de sábado furada resolvi partir para o plano B, pescar nas salas de bate papo e assim o fiz.

Logo meu celular vibra, era um amigo GP que morava em sampa me chamando para uma festa em um flat no Morumbi, segundo ele era uma festa com outros boys, para trocar ideia, beber e relaxar com direito a sauna e piscina. Embora o convite fosse atraente o lugar era bem longe de onde eu estava, eu precisaria pegar metrô, trem e ônibus. Acabei desistindo do convite para me concentrar na busca por outro cliente. Novamente o celular vibra, dessa vez um outro amigo e também boy de SP perguntando se estou disponível para atender um cliente juntamente com ele. Pedi que ele entrasse no skype para combinarmos o programa.
Eram 21h quando me encontrei com Rodrigo na estação Vergueiro, de lá fomos para o apartamento do cliente dele, durante o trajeto ele me deu algumas instruções sobre o que o cliente gostava. Ao chegar fomos recebidos por Carlos que gentilmente perguntou se queríamos beber algo.

Então você é o Eduardo White? Quando pedi mais um para o Rodrigo ele te recomendou muito bem. Sabia? Gostei bastante das fotos, pena não ter rosto.

Sim, uma pena. Mas minha cidade não é como São Paulo, é outra mentalidade. Lá há garotos de programa, mas é raro expor o rosto publicamente, pois seria facilmente apontado nas ruas ou em qualquer circulo social.

Entendo... Vamos para o quarto?

Carlos e Rodrigo já se conheciam, então acabei sendo o prato principal de ambos. Rodrigo começou beijando em lambendo meu pescoço, enquanto Carlos beijava minha boca com vontade, descendo cada vez mais, beijou meus lábios, queixo, pescoço, chupou muito meus mamilos enquanto pegava forte em meu pau, até passar sua língua por minha barriga e ajoelhar-se e cair de boca em minha rola e na de Rodrigo, deixando as duas bem duras e babadas. Rodrigo e eu ficamos em pé nos beijando com Carlos entre nossos membros, foi muito bom a sensação de duas bocas te sugando.

Era hora da farra, colocamos Carlos na posição de frango assado, Rodrigo encheu a boca dele com seu pau para que ele mamasse enquanto fui metendo  com bombadas ritmadas sem me importar se estava doendo, pois segundo Rodrigo, Carlos gostava de sentir dor, esse era o tesão dele e assim o fiz. Durante as metidas revezadas por mim e Rodrigo o quarto foi preenchido pelos gemidos de Carlos. Aproveitamos a brincadeira e o colocamos de quatro para revezar nosso passivo, que acabou gozando comigo metendo em seu cuzinho e Rodrigo metendo em sua boca. Nem chegamos a fazer DP.

Agora quero assistir vocês dois trepando até gozarem pra mim! Posso?

Nem precisa pedir, disse a Carlos

Troquei a camisinha, lubrifiquei Rodrigo e de bruços fui abrindo caminho com a cabeça do meu pau em seu cuzinho.

Vai devagar. Pedia ele

Coloquei tudo em sua bunda e deixei alguns segundos para que ele se acostumasse. Então comecei a bombar forte enquanto ele soltava o corpo na cama. Virei-o para o lado e segurando uma de suas pernas no alto meti vigorosamente para que Carlos visse a cena do pau entrando e saindo enquanto Rodrigo gemia. Coloquei-o de pé contra a parede e com meu corpo pressionando o seu por trás dei algumas bombadas segurando seu quadril.

Vou gozar, anuncie aos dois.

Goza gostoso com ele, vai! Disse Carlos

Ambos gememos de prazer, foi delicioso comer aquele boy branquinho e novinho. Tomamos uma ducha rápida, pegamos nossa grana e fomos embora.

Terceiro dia
Acordei com uma foda matinal programada. Atendi um cliente também na Vergueiro, dessa vez foi um ativo que já estava agendado. Agnaldo era branco, loiro e de lábios carnudos; Ao me pegar de carro na estação ele explicou que não poderia beijar e nem fazer oral pois havia apertado o aparelho ortodôntico e estava com a boca sensível e machucada.  Então a única boca na jogada era a minha, e tentei dar um trato legal no cara para fazer valer, visto que ele curtia beijos e chupadas, mas estava fora de combate para isso. Proporcionei  a ele muitas chupadas, inclusive na virilha fazendo o se contorcer na cama. Metemos e foi muito bom, sai de seu apartamento no horário do almoço, aproveitei para almoçar próximo ao hotel e conversar pelo whatsapp com meu amigo boy sobre a festa que eu havia perdido.

Os caras ainda estão aqui no flat, vem pra cá!? Escreveu ele.

Embora a vontade fosse grande eu me contive pois queria trabalhar mais e testar meu potencial, a recusa também era devido o lugar ser longe de onde eu estava. De volta ao hotel descansei um pouco, conferi minha agenda e como era de se esperar havia outros dois clientes agendados, porém não deram sinal de vida.

Acho que saíram com Murphy... Disse a mim mesmo.

Descansei um pouco no período da tarde e logo fui surfar na rede pelas salas de chat. Acabei sendo abordado por clientes em potencial que disseram ter visto meus anúncios e visitado meu blog, alguns até pelo blog “Bolsa de Boys”, um site que avalia boys de SP e outras regiões. Houve também muitos curiosos que elogiaram meus textos. Outro fato interessante foi ser abordado por três Boys, dois paulistas e um goiano que me adicionaram no skype por curtirem meu perfil. A ideia era estabelecer uma parceria para atendimentos em duplas.

O goiano chama-se Felipe, formado em gastronomia é chefe de cozinha, veio para São Paulo em novembro de 2012 e desde então trabalha como garoto de programa na capital. Trocando uma ideia com ele pude saber que a convivência entre gps pode não ser tão pacifica. É preciso saber escolher bem o circulo de amizades. Em seu caso, ele topou com um boy bom de lábia que propôs que dividissem um flat, porém em pouco tempo de convivência os problemas começaram a aparecer. O boy cujo nome não vou citar acabou levando Felipe no papo, que bancou parte do flat e vem enfrentado problemas de convivência como ter que ouvir histórias fantásticas com invenções descabidas, ter que organizar a bagunça do “amigo” e de certa forma arcar com despesas extras. Falei um pouco sobre minha experiência em republicas de estudantes e recomendei que ele buscasse outro lugar para não acabar afundando no rastro do boy malandro. Até indiquei o hotel onde eu estava hospedado. Mas creio que ele buscará uma solução legal para não encarar mais esse tipo de problema.

São Paulo pode ser uma terra de oportunidades, porém é um lugar que nos obriga de certa forma a ser duro e não amolecer em qualquer papo. É preciso ter cuidado, principalmente nas amizades que surtem pelo caminho, pois nem todos são dignos de confiança e isso pode contaminar nossa alma e nos corromper a ponto de mudar nossa personalidade. Tudo por uma questão de SOBREVIVENCIA. Percebo que infelizmente muitos boys se deslumbram com a cidade e quando chegam pulam de hotel em hotel, vivem na corda bamba, a sorte de fazer grana rápida para bancar estadia e alimentação. É realmente desumano, pois muitos saem de suas cidades, largam tudo para correr atrás de um sonho. E claro, se não tiver foco acaba sendo ENGOLIDO pela metrópole.

Mais um convite para atender em dupla pintou. Dessa vez um boy que se dizia PM, pelo menos em sua foto de perfil no skype ele se apresentava uniformizado. Bem, curiosidades a parte não me interessei muito se ele de fato era um policial, o fato era que ele curtiu meu perfil, morava próximo ao hotel onde eu estava e me fez a proposta para atender um cliente que estava afim de foda a três. Marcamos o horário e cheguei mais cedo em seu apartamento para trocarmos uma ideia e nos conhecer antes.

Fernando era branco, alto, um pouco acima do peso;  com alguns minutos de conversa o papo foi desenrolando, mas confesso que era tudo muito estranho. Havíamos  conversado pelo skype e em menos de uma hora eu estava sentado em sua cama fazendo perguntas sobre o cliente e algumas sobre o próprio Fernando.

Cara, você é PM mesmo?

Sim, sou, Faço programas por fora, não é sempre. Faço para tirar um por fora.

E você já esbarrou com algum colega seu de profissão?

Já, nossa! Mais de uma vez!

Mas e ai, ele não viu que era você na foto? Não percebeu?

Não. Nunca exponho foto de rosto. Explicou.

E seu cliente? O que ele curte?

Cara, ele curte tudo. Mas ultimamente tá me comendo e gosta de ver outro cara me pegando também, principalmente de fazer DP em mim. Como eu gosto de branquinhos assim que vi seu perfil  resolvi te chamei.

Saquei...

21h30 o cliente de Fernando chegou. Tímido por minha presença, apertamos as mãos e Fernando fez as honras da casa, começamos a nos pegar num beijo triplo e logo tiramos nossas roupas. Ambos faziam o estilo urso. Enquanto eu beijava o cliente, Fernando ajoelhou-se e ficou entre nossos cacetes, logo tratou de mama-los até que ficassem em ponto de bala. O cliente deitou-se esparramado na cama e pediu a Fernando.

Cai de boca no meu pau, vai.

Fernando ficou de joelhos na cama chupando seu cliente e deixou sua bunda grande e branquinha em minha direção. Dei um tapa servido em sua bunda e passei minha língua, dando alguns beijos e algumas mordiscadas; Não demorou muito e fiz um beijo grego que fazia-o gemer em cima do cliente.

Ta gostoso é? O cliente perguntava para Fernando.

Ta... Ele chupa muito gostoso. A boca dele é maravilhosa, grande e quente.

Do nada começaram a cochichar coisas, como em segredo. E eu lá no traseiro do cara ouvindo e querendo rir do papinho dos dois. Tive que me conter. O chato de você ser aperitivo de uma dupla que se conhece há tempos é isso. Eles tinham uma certa intimidade para conversar entre eles e de uma forma ou de outra você se sente de fora, acaba rolando um estranhamento, como se você estivesse sendo avaliado.
Bem, nessa hora meu tesão esvaiu-se como poeira e me joguei na cama para que Fernando meu chupasse. Assim que ele viu meu pau mole caiu de boca, acho que ficou com medo de que eu broxasse com o cliente. Enquanto ele me chupava gostoso eu chupava o cliente e cai de boca em sua virilha, que sem dúvida acaba sendo um dos pontos g de todo homem ou quase todos.

A chupeta de Fernando me trouxe de volta ao jogo e partimos para comilança. Peguei Fernando de quatro e de frango, meti gostoso em sua bunda grande e branquela, logo o cliente participou da rodada e partimos para sessões de DP, afinal o cliente gostava de ver Fernando ser penetrado por dois e assim o fizemos. Porém, levou um tempo para conseguirmos a proeza, mas acabou rolando com o cliente deitado na cama e Fernando sentado em seu pau, assim pude vir por trás; Depois invertemos para frango assado, com Fernando deitado em cima do cliente. Nessa transa ambos gozaram duas vezes.

Cheguei no hotel por volta de 23h, pedi um lanche, liguei a TV, o note e fui zapear. Havia muita gente no chat, mas 100% só na enrolação. Era 1h da manhã quando por coincidência esbarrei com um cliente da minha segunda temporada em SP. Ele quis marcar um programa para segunda-feira pela manhã pois estava cansado para madrugada. Até propôs para eu ir dormir com ele, mas essa eu não quis, estava cansado e quando é assim gosto de reclusão e de uma cama para eu me esparramar sem ter que me preocupar.
Como era de se esperar segunda-feira é um dia para por a casa em ordem e o programa acabou não rolando; Por fim tomei meu café em paz, arrumei minha mala e como Cavaleiro sem cabeça que sou, vaguei pela terra desconhecida rumo a meu porto seguro. Ao contrário do cavaleiro original, eu não tinha um corcel negro para montar, mas tinha um outro “Eu, modificado pelos encontros e desencontros que São Paulo me proporcionou. De fato eu não voltei com a mala cheia de moedas de ouro, porém voltei com algo de maior valor, bagagem preenchida, novas parcerias, contatos e um pouco mais conhecido no tal reino onde só é permitido a entrada de poucos. Afinal, como diz Shakespeare em Hamelt: Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.


O garoto errado

garotoprivado@hotmail.com

15 de ago. de 2013

O CAVALEIRO SEM CABEÇA – OUTRA LENDA

As vésperas de mais uma temporada em SP, eis que a inspiração com trilha musical de tangos me rouba o sono para fantasiar uma história de forma metafórica sobre o que poderá se tornar minha viagem a capital. Espero que gostem, pois nos dias a seguir pretendo relatar meus programas como uma expedição do Cavaleiro sem cabeça na capital, um reino distante.


Diante de tantas realidades gratas e ingratas, eis meu primeiro conto de literatura fantástica [Eduardo White]


Na capital haviam muitos Cavaleiros que viviam do aluguel de seus corpos esbeltos e rostos esculpidos. Conta-se que esses Cavaleiros vindos de feudos distantes aportavam nas proximidades dos castelos, onde senhores pagavam por momentos furtivos de prazer e sexo; E nas camas de seus cônjuges bebiam da juventude dos jovens Cavaleiros. Entretanto, com o passar do tempo, os senhores passaram a desejar novos Cavalheiros, novos frescores e ocorreu uma quebra de protocolo. O reino então passou a converter os filhos de humildes camponeses também em Cavaleiros, porém muitos não mostravam resistência e porte, e o pior suas cabeças eram escondidas, ficaram então conhecidos como, os Cavaleiros sem cabeça e passaram a aventura-se pelo reino e suas selvas de pedras, com seus corpos em rostos distorcidos.

Rostos distorcidos? Perguntou o Mercador do reino

E o caos se instaurou entre os senhores.

Muitos Cavaleiros sem cabeça passaram habitar o reino e com algum êxito sobressaiam-se entre as camas e lençóis de seus senhores. No entanto houve uma conspiração e denúncias contra “os sem cabeça” diziam que eles extorquiam seus senhores ameaçando seus títulos e cargos, que não beijavam a rigor ou que não apresentavam-se como cavalos machos para o cruzamento. Do outro lado os sem cabeça desdenhavam dizendo:

Isso é à COMBINAR! Refém da preguiça é o senhor que não nos perguntar!

E quando tudo estava convertido em caos eis que surge mais um Cavaleiro sem cabeça; porém esse vinha de longe, era desconhecido.  Nunca ouviu-se falar sobre ele em todo reino. Dele só sabiam o nome, de seu rosto supunha-se somente a barba e nada mais, o que viam era somente seu corpo, nem pequeno e nem grande, mas em proporção sedutora por formas definidas e discretas e de seus pensamentos apenas sabiam palavras que pouco definam sua personalidade, contudo dentro ele havia uma alma inquieta.

Diziam que ele não tinha cabeça por não ter o que pensar;
Diziam que ele não tinha cabeça por não ter um rosto expressivo;
Diziam que ele não tinha cabeça por não sentir emoção;

O anúncio de sua vinda passou a atormentar o reino. E naquele mundo de cabeças, rostos e narizes esnobes era possível ver algo sem vida, corpos que conduzia sobre o pescoço um adorno com olhos e buracos por onde se respirava, se bebia e se comia. Cabeças que pensavam e estabeleciam regras a serem aceitas pela sociedade. Cabeças que definiam classes A, B, C e D. Cabeças que criavam leis, estatutos e punições.

Então, em carta aberta o Mercador disse a todos senhores:

Um cavaleiro sem cabeça é um ser sem sombra, sem persona. Um cavaleiro sem cabeça se assemelhava a um corpo sem vida!

Entretanto alguns ousaram dizer.

Oh, mas ele lembra Davi!

Enquanto outros rebatiam.

Mas até Davi que é uma estátua ostenta uma cabeça! 
Não vamos tolerar!
Exigimos uma cabeça já! Exigimos uma cabeça agora!
Exigimos ou não pagamos!
Exigimos uma cabeça!
Decretamos ODE AO CAVALEIRO SEM CABEÇA!

E mesmo indo contra as falas dos senhores do reino o Cavaleiro sem cabeça partiu para mais uma jornada. Desbravar a selva de pedras.
Ele terá uma breve passagem... A vinda do último Cavaleiro sem cabeça foi anunciada...



O garoto errado

garotoprivado@hotmail.com

13 de ago. de 2013

NAMORADO DE ALUGUÉL

Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer. [Franz Kafka]

Quando eu era adolescente uma das minhas vontades era ter um namorado, um carinha com quem eu pudesse me relacionar, me satisfazer sexualmente e de certa forma compartilhar momentos. Nessa busca incansável eu sempre metia os pés pelas mãos, ora acabava num fast foda, ora acabava em alguns dias de pegação e derrepente aquele sumiço repentino, onde ambos imaturos saiam de cena sem por um ponto final na história. Samuel foi um traço sem ponto final em minha vida, e como uma folha em branco onde letras, palavras e rabiscos surgem como fruto de nossa imaginação, ele ressurgiu como um traço inacabado, mas dessa vez quem colocou o ponto final não foi meu “Eu mesmo” e sim Eduardo.

Quando conheci Samuel quando eu havia completado a maioridade e já ele era estudante do ITA – Instituto Técnológico de Aeronática, renomada instituição de ensino superior do comando da aeronáutica. Quase 90% do efetivo de alunos era formada por filhos bem nascidos e abastados em famílias de classe média alta. Novo na cidade, Samuel era natural do Espirito Santo, branco, alto, corpo estruturado, olhos verdes, loiro e com um leve sotaque ele além de se dedicar aos estudos também buscava um cara jovem para se relacionar, mas sem que este despertasse qualquer desconfiança ou suspeita. E neste quesito a paranoia imperava em sua cabeça, grande parte imposta pelo meio em que ele convivia, num colégio onde todas cabeças pensantes eram voltadas para área de exatas e tudo que se referia a masculinidade tinha que ser ressaltado.
Refém de seu universo paralelo Samuel buscava a perfeição onde ela não existia. Foi ai que nossas histórias se cruzaram. Na época eu o conheci por salas de bate papo e logo nossas afinidades apareceram; trocamos telefone e conversamos quase uma semana, até que marcamos um encontro. Na época eu dividia apartamento com uma prima e não houve problemas, ele foi até meu encontro. Assim que nos vimos a situação configurou-se de outra forma, apesar de alguns beijos, ele infelizmente viu em mim um garoto imaturo, pois apesar de ser maior de idade minha aparência depôs contra, pois aparentava ser mais jovem, até hoje isso ocorre, mas ao contrário de antes, hoje eu gosto quando erram minha idade.
Após ele ter ido embora eu me lembro que fiquei feliz por termos nos beijado e como todo garoto apaixonado fiquei a espera de um retorno, que nunca aconteceu. Samuel simplesmente evaporou e claro, o que me restava era a dor da desilusão.

Três anos haviam se passado e nossos destinos se cruzaram novamente em uma sala de bate-papo, assim que abrimos a câmera nos reconhecemos, mas desta vez a impressão causada era outra. Eu já havia perdido o ar de menino inocente e Samuel havia adquirido a experiência de um homem maduro, pelo menos por fora. Um novo encontro aconteceu, mas desta vez no apartamento de Samuel, porém, eu já havia sofrido mais desilusões e de certa forma me encontrava preparado para encarar o fato como uma transa casual. E assim foi, transamos, foi muito bom pela sensação de dever cumprido, pois quando mais novo eu ansiava por este momento com Samuel e abruptamente ele foi interrompido. Fato consumado, nos despedimos ainda de forma meio fria, ele fechou a porta de seu apartamento, desci as escadas, passei pelo portão eletrônico e quando olhei para trás ele não estava na janela me olhando...

Vieram as primaveras, os verões, os outonos e os invernos... As torrentes de chuvas lavaram muitas etapas da minha vida até que eu já me encontrava no corpo de Eduardo.
Meu Skype avisou um novo contato, como de costume aceitei. Quem sabe um novo cliente?
Alguns minutos de conversa, até que ele me pede para abrir a câmera e ao aceitar o pedido de transmissão nossos olhares se cruzam. Era Samuel novamente em meu caminho. Rapidamente eu abaixo a câmera do note book deixando pescoço e tórax a mostra.

Levanta a cam para eu te ver. Pediu ele.

Criei coragem e mostrei meu rosto, ele em nenhum momento se fez lembra de mim. Conversamos alguns minutos, ele ainda quis ligar e falar comigo no celular e finalmente marcou uma pernoite.
Será que ele não me reconheceu? Fiquei com essa pergunta no pensamento.
Mesmo assim decidi marcar e ir ao seu encontro. Fechamos um valor, definimos o horário e logo sai de casa, durante o trajeto rememorei nosso encontros e como tudo havia sido cortado estranhamente por ele. Ao chegar em seu apartamento eu ainda pensei em desistir, mas algo dentro de mim pediu para encarar e mostrar a ele que talvez seu futuro era baseado numa visão distorcida e preconceituosa. Talvez Samuel teria um futuro talvez solitário, em que mesmo bonito, jovem e bem sucedido ele precisaria PAGAR POR PRAZER, afinal, ninguém era bom o suficiente para conviver ao seu lado. Ele jamais se deixaria influenciar por um sentimento ou uma impressão que desviasse seu olhar.

Sabia que era você! Disse ele num tom de alegria

Poxa, que bom que se lembrou de mim.

Cara, não acredito!  Você fazendo isso... Quando você abriu a cam eu te reconheci, levei um susto... Eduardo então?

Pois é, e eu não acredito que você ta contratando boy... Como os tempos mudam, não?

Vem cá, mas você poderia fazer de graça né. A gente já se conhece.

Eu não misturo as coisas cara. Se você quiser ficar comigo agora é pagando. Senão vou embora. Lei da oferta e da procura.

Nada, que isso! To brincando ooo...E..DU..ARDO. ( Disse ele com sotaque que lembrava carioca) Eu vou pagar sim. Quero que passe a noite comigo.

Logo Samuel me puxou para si e nos acariciamos, nos beijamos jogados no sofá. Conversamos por um bom tempo. Parecia que na verdade o lance de pagar era algo natural para ele. Claro que ele fez algumas perguntas a fim de matar sua curiosidade. E ao contrário do nerd frio que ele era no passado, ele havia se tornado um homem mais carinhoso, por diversas vezes me abraçou, me beijou e me acariciava como se fosse um namorado, alguém a quem ele tivesse afeto.

Como sempre ele gostava de dominar na cama e assim o fez. Nosso sexo continuava bom, com desejo um pelo outro. Ao pé do ouvido Samuel sussurrava que me deseja e o quanto era bom estarmos juntos naquela cama. Mas eu sabia que era algo como uma fase de lua, onde ao amanhecer eu iria embora sem que ele estivesse na janela me olhando na rua.
A noite caiu e dormimos na mesma cama, de madrugada ele me abraçou sem que eu o percebesse. Ao amanhecer ele se levantou primeiro e fez café enquanto eu acordava. Conversamos mais um pouco sobre algumas futilidades, ele me pagou o combinado.

Gostei muito, Eduardo...

Que bom, quando precisar você já tem meu telefone, só ligar.

Você pode me ligar também, quando quiser. Disse ele.

Eu nunca ligo. Ninguém melhor do que você para saber quando vai precisar de mim... Abre a porta?

Claro. Se cuida rapaz.

Desta vez ao descer as escadas nada dentro de mim doía, não havia expressão de dúvida ou a sensação de algo partido...quebrado...roubado. Eu estava vazio de sentimentos ou de certa forma eles estava sufocados.
Sai do prédio, atravessei a rua e tive a sensação de que alguém estava atrás de mim. Olhei para trás... E lá do alto estava Samuel, na janela me observando.



O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

9 de ago. de 2013

O PEDIDO

Não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. [ Shakespeare]


PRECISO FALAR COM VOCÊ!  Disse Miguel

Sim, pode dizer por aqui – Respondi por Skype.

Quero falar pessoalmente, pode vir a minha cidade hoje? Aproveitamos e pegamos um cinema.

O tom desse pedido me pareceu diferente de uma simples conversa.

Ok, que horário podemos nos encontrar?

Era um dia qualquer, uma tarde qualquer e mesmo assim me arrumei como quem se arruma para encontrar alguém muito especial. Banho demorado, corpo perfumado, roupa escolhida a dedo, lá estava eu indo ao encontro de Miguel. Na estrada eu contava os minutos que faltavam para vê-lo. Ao chegar na rodoviária ele estava a minha do outro lado da rua, tentei agir naturalmente mas a verdade era que eu ansiava por encontra-lo e abraça-lo novamente.

Oi!
Oi, desculpe a demora.

Nos abraçamos forte e pude sentir seu cheiro, era tão bom poder senti-lo novamente. Em seguida Miguel ligou o carro e saímos a caminho do Shopping, durante o trajeto perguntei como ele estava, sobre a faculdade e sobre o que ele tinha feito nos dias que se passaram.
Por alguns momentos houve silêncio. Em certas ocasiões o silêncio me da agonia, parece uma parte oca, um nó que há para ser desatado numa fala que prendemos ou num pensamento que repreendemos...

O que você quer falar comigo? Perguntei

Você tem muitos clientes? Faz muitos programas por ai?

Por que você quer saber?

Quero pedir para você parar com isso. Você não precisa disso!

Miguel, esse lance tem um tempo certo para acabar. Eu tracei um planejamento quanto a isso.
Talvez hoje eu não precise, mas no começo eu precisei sim.

Promete para mim que vai parar com isso?

Era isso que você queria falar comigo?

Promete?

Silêncio...

Promete?

Prometo...

Foi a palavra que saiu da minha boca. Vazia e fria, como tantas outras que saíram da boca de Eduardo. Prometi algo que não estava disposto a cumprir naquele momento, ao menos eu não tinha certeza daquilo; Minha única certeza era querer evitar o assunto com Miguel. Estávamos nos apegando um ao outro, cedo ou tarde esse pedido seria natural da parte dele, o problema seria eu ter que decidir por algo no qual eu mesmo não me sinto pronto.

Por vezes já pensei em matar e sufocar Eduardo dentro de mim. Mas meu “eu mesmo” ainda encontra-se frágil para enfrentar meus fantasmas lá fora. Eles ainda vagam e de certa forma me matam pouco a pouco, tiram minha credulidade na humanidade, nas pessoas. Por vezes me deparei com pessoas que roubavam o ouro uma das outras e sugavam suas almas. Viver Eduardo ainda é meu ponto de fuga, as pessoas olham para ele e me veem distorcido, assim sou uma presa que engana seu caçador e vivo dia a dia.

Dentro da sala de cinema Miguel fez questão de ficar de mãos dadas comigo e deitar sua cabeça sobre meu ombro, como se fossemos um casal de namorados. Foi muito gostoso me sentir assim ao seu lado e confesso que não espera isso de sua parte. Saímos do cinema direto para o motel mais próximo, nossa foda foi deliciosa, com muitos beijos e desejo, um pelo outro, como dois animais que se cheiravam, se lambiam e se esfregavam num desejo incontrolável, foi uma sensação que não sentia a muito tempo, parecia que algo havia acordado dentro de mim. 
Já era de noite quando cheguei em casa. Fui direto ver meu recados e Miguel estava online.

Chegou bem? Perguntou Miguel

Sim, foi tudo tranquilo.

Obrigado pela tarde. Foi ótimo estar com você.

Cara, digo o mesmo. Gosto cada vez mais

Eu já estou com saudades. Posso te fazer uma pergunta?

Sim, manda ai. Respondi

Quer namorar comigo?


O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

3 de ago. de 2013

CAFETÕES DE LUXO E PUTARIA EM SÃO PAULO

No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade. [Albert Einstein]

Há quem veja São Paulo como a cidade perfeita para as oportunidades sejam quais forem; São Paulo pode ser a cidade para badalações, a cidade para estudar e trabalhar ou a cidade polo para sexo e putarias depravadas. E justamente por ser uma cidade aberta a todas as tendências é que São Paulo é um lugar caótico, interessante e profundamente instigante.
Na pele de Eduardo White fiz minha terceira viagem a capital paulista em busca de novos clientes e contatos; desta vez fui em parceria com um colega do ramo. Nossa ideia nesta parceria foi dividir custos e buscar um hotel com boa localização e algumas comodidades como, internet nos quartos e permissão para receber visitas/clientes. Após muitas buscas decidimos reservar o hotel The Universe – da rede Intercity, localizado na rua Pamplona bem próximo da Avenida Paulista o hotel tem alto padrão, com restaurante, academia, piscina, sauna e sala de reuniões. Ligamos para confirmar a permissão de visitas nos quartos e nos informaram que eram permitidas, assim fechamos nossa estadia.
De malas prontas pegamos a estrada rumo a SP, porém ao chegar no hotel o discurso sobre visitas foi alterado, creio que com nossa ênfase em dizer que receberíamos visitas no tempo mínimo de 1h eles perceberão que queríamos usar o quarto outros fins; E numa inversão de papeis o hotel mudou seu discurso conosco, de hospedes comuns nos tornamos prostitutos de luxo agenciados pela rede Intercity, que não fez cerimonia em nos dizer que a taxa para recebermos visitas seria o valor de R$ 100. Quer CAFETÃO melhor?

Já era noite e sem muita perspectiva para buscar outros lugares pois com isso perderíamos tempo, aceitamos a condição, passei meu cartão de crédito e nos pusemos a trabalhar para nossos cafetões.  Trabalhei por anúncios nas salas de bate papo, em meu caso eu divulguei anúncios insistentemente, pois apesar de um bom material como fotos profissionais, blog e site, meu ponto negativo é não ser conhecido do grande público na capital, isso com certeza dificulta, mas não impede de ser um atrativo, como o que chamamos de “carne nova no pedaço”; Afinal, São Paulo é a cidade que mais comporta Garotos de Programa de todos os perfis e medidas, porém eu me arrisco em dizer que grande parte já é conhecida. Então, quando um novo garoto faz temporada na capital ele pode se tornar um atrativo deste público já cansado das mesmice. Como nada cai do céu, era preciso ter uma boa estratégia de marketing. Resolvi partir dai, para cada sala de bate-papo gay haviam pelo menos DEZ boys de programa, era só escolher, como num cardápio, passei horas trabalhando e entrei a madrugada de sexta-feira anunciando, consegui marcar três programas para o sábado, sendo a primeira trepada às 9h30 da manhã.

No sábado atendi três clientes, trepei de manhã, de tarde e a noite, já de madrugada. O curioso é que num mesmo dia você pode percorrer extremos de São Paulo, ir do luxo num condomínio na Consolação com um apartamento por andar a um puteiro na rua Bento Freitas na Republica num quartinho fast-foda dos mais baratos possíveis. No fim do jogo as cédulas pagam pelo prazer alheio são as mesmas, com o mesmo valor. No domingo atendi pelo menos seis telefonemas e fechei dois programas, o último deles com um cara muito legal, que me recebeu em seu apartamento e foi bem afetuoso. Segundo me disse seu interesse foi despertado pelas minhas pernas, torneadas e peludas. O cliente viu, gostou, ligou e marcou.

Dentro deste quadrado você pode tudo! Disse Mauricio referindo-se a sua cama.

Passivo e muito safado Mauricio caiu de boca em minhas pernas, lambeu minhas coxas, chupou os dedos dos meus pés e meu pau. Antes de meter forte em meu cliente eu chupei muito seus mamilos com algumas mordidas, isso o deixava louco de tesão. Comecei deixando Mauricio cavalgar em meu pau, assim ele inicialmente controlou a velocidade até se acostumar com o tamanho e espessura, em seguida parti para o ataque, peguei-o de frango assado, travei seu quadril em minhas coxas meti variando a velocidade em fortes estocadas, ele gemia de prazer com meu saco batendo em sua bunda; Em seguida partimos para posições laterais e de bruços, onde metendo eu passava minha língua em suas costas.

Quero gozar vendo você tomando banho e com as coxas molhadas. Disse.

Assim o fiz, depois de metermos muito dentro do quadrado onde eu podia mandar ele me levou para o banho, e sob a ducha quente eu me ensaboava enquanto ele batia uma punheta e me observava. Após o banho conversamos bastante, ele me preparou um café, pois tanto eu como ele somos amantes de cafeína e logo me despedi com a promessa de um retorno... Só posso dizer que foi delicioso fechar a temporada em SP com esse programa.
De volta ao flat, encontrei meu colega com um cliente, eles estavam no banho, já haviam trepado. Para não atrapalha-los fiquei concentrado em meu note book zapiando em salas de bate-papo. Após saírem do banho ambos vestiram-se, trocamos algumas palavras e o rapaz foi embora. Meu colega estava dando lucro ao bordel disfarçado de hotel de luxo, já eu atendi todos clientes fora de lá, ralei andando por ruas, metros e com sorte de taxi.

Posso dizer que São Paulo é a cidade onde oportunidades podem acontecer, mas também é lugar de ilusões, tanto eu como meu colega não fechamos no vermelho, mas também não tivemos um grande lucro, visto que investimos em hospedagem, alimentação e transporte. Porém faz parte do ramo, não há como ampliar contatos, fazer clientes fora do nosso eixo se não apostarmos nessa roleta russa e não nos aventuramos. Em matéria de prostituição viajar e trabalhar em outras cidades enriquece o currículo e possibilita conhecer outros públicos e lugares.
Para encerrar com chave de ouro, nossos cafetões de luxo da rede Intercity tiveram muito prazer em nos cobrar taxas extras das duas visitas recebidas por meu colega; uma delas foi cobrada indevidamente e depois que constatamos o ocorrido eu solicitei a devolução do dinheiro. Até cafetinagem tem suas normas para participação nos lucros, sem contar os olhares maliciosos dos atendentes quando solicitávamos uma informação ou fazíamos algum pedido.

E eu, tão ingênuo achava que Garoto de Programa não tinha plano de carreira...


O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com