O cliente tratava-se de um rapaz com aparentemente 25 anos, moreno
claro, lábios carnudos e tipo físico normal. Tímido pela minha chegada, ele foi
ao meu encontro na rua paralela a sua casa; seus olhos não escondiam sua
ansiedade pela minha vinda. Ao entrar em sua casa, ele me mostrou os quartos,
sala e cozinha, onde nos beijamos por longos minutos, corpo a corpo colado...
Juntos arrumamos a mesa para o jantar, uma deliciosa lasanha;
conversamos um pouco, ele contou sobre sua família, haviam se mudado para
o litoral e ele, por decisão resolveu ficar e continuar morando naquela cidade,
a fim de dar continuidade nos estudos e crescer profissionalmente; Eu por minha
vez falei pouco e pontualmente temendo revelar coisas muito particulares.
Naquela noite assistimos abraçados “Sete dias com Marilyn”, O filme
conta o auge da carreira (1956) de Marilyn (Michelle Williams), que viaja
para a Inglaterra para fazer um filme com Sir Laurence
Olivier (Kenneth Branagh). Chegando lá, ela conheceu um jovem
chamado Colin Clark (Eddie Redmayne), que escreveu um diário sobre os
bastidores das filmagens e o período que este passa ao lado de Marilyn, como
seu assistente.
O filme é a história real sobre o que aconteceu, mas não mostra apenas
as qualidades da loira platinada mais famosa de Hollywood. Simon Curtis mostra
com dedicação, e sem deixar o filme piegas, a fragilidade de Marilyn. Fica
evidente a dependência dela de medicamentos para dormir, por exemplo, e também
por elogios das pessoas que a cercavam. Ela tinha uma grande necessidade de
sentir-se amada, assim como de sentir-se segura. Parecia estar sempre pedindo
aprovação. Apesar desta aparente alta carência, Marilyn também sabia muito bem
o efeito que tinha no público, especialmente nos homens.
Mesmo isso acontecendo na vida íntima de Marilyn, ela conseguia esbanjar
confiança e sensualidade na frente das câmeras e do público que a perseguia por
onde ela fosse. As pessoas queriam a personalidade Marilyn, mas poucos
sabiam quem era Norma Jean, seus medos e fantasmas, talvez algo muito próximo
do que aconteça comigo e o Eduardo.
Na cama nos beijamos por quase uma hora, minha língua percorreu quase
todo seu corpo buscando e inspirando momentos de êxtase, não penetramos um ao
outro, somente nossas línguas encontraram nossos corpos e nossos membros e isso
bastou para aquele rapaz, que no final não buscava só o ato sexual, mas sim
algo além da satisfação da carne, do corpo.
O garoto errado
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