24 de dez. de 2012

UMA NOITE COM MARILYN

Percebo que solidão é um sentimento mais comum entre pessoas. Naquele sábado, um cliente reservou uma noite inteira para o programa, ele não buscava só sexo, queria também uma cia. No trajeto fui pensando que seria mais uma noite de trabalho, com algumas transas, gozadas e nada mais.

O cliente tratava-se de um rapaz com aparentemente 25 anos, moreno claro, lábios carnudos e tipo físico normal. Tímido pela minha chegada, ele foi ao meu encontro na rua paralela a sua casa; seus olhos não escondiam sua ansiedade pela minha vinda. Ao entrar em sua casa, ele me mostrou os quartos, sala e cozinha, onde nos beijamos por longos minutos, corpo a corpo colado...

Juntos arrumamos a mesa para o jantar, uma deliciosa lasanha; conversamos um pouco, ele contou sobre sua família,  haviam se mudado para o litoral e ele, por decisão resolveu ficar e continuar morando naquela cidade, a fim de dar continuidade nos estudos e crescer profissionalmente; Eu por minha vez falei pouco e pontualmente temendo revelar coisas muito particulares.

Naquela noite assistimos abraçados “Sete dias com Marilyn”, O filme conta o auge da carreira (1956) de Marilyn (Michelle Williams), que viaja para a Inglaterra para fazer um filme com Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh). Chegando lá, ela conheceu um jovem chamado Colin Clark (Eddie Redmayne), que escreveu um diário sobre os bastidores das filmagens e o período que este passa ao lado de Marilyn, como seu assistente.
O filme é a história real sobre o que aconteceu, mas não mostra apenas as qualidades da loira platinada mais famosa de Hollywood. Simon Curtis mostra com dedicação, e sem deixar o filme piegas, a fragilidade de Marilyn. Fica evidente a dependência dela de medicamentos para dormir, por exemplo, e também por elogios das pessoas que a cercavam. Ela tinha uma grande necessidade de sentir-se amada, assim como de sentir-se segura. Parecia estar sempre pedindo aprovação. Apesar desta aparente alta carência, Marilyn também sabia muito bem o efeito que tinha no público, especialmente nos homens.

Mesmo isso acontecendo na vida íntima de Marilyn, ela conseguia esbanjar confiança e sensualidade na frente das câmeras e do público que a perseguia por onde ela fosse. As pessoas queriam a personalidade Marilyn, mas poucos sabiam quem era Norma Jean, seus medos e fantasmas, talvez algo muito próximo do que aconteça comigo e o Eduardo.
Na cama nos beijamos por quase uma hora, minha língua percorreu quase todo seu corpo buscando e inspirando momentos de êxtase, não penetramos um ao outro, somente nossas línguas encontraram nossos corpos e nossos membros e isso bastou para aquele rapaz, que no final não buscava só o ato sexual, mas sim algo além da satisfação da carne, do corpo.


O garoto errado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário!