28 de dez. de 2012

CORPOS DISTORCIDOS


Os quadros do período renascentista surgido na Europa entre os séculos XIV e XVI,  retratam muitos santos e imagens celestiais, porém a grande parte do seu acervo também são registros de personalidades como, damas, senhores, rainhas, lords e demais pessoas do clero e alta sociedade. Historiadores dizem que dentro dessas famílias e sociedades haviam também relações escusas e não permitidas, que envolviam sexo, incesto entre outras “mazelas” nada originais nos tempo atuais; Porém, como evidenciar isso sem falar as claras? Eram nesses quadros que muitos pintores aventuravam-se em retratar essas personas em olhares maliciosos e sorrisos distorcidos, basta olhar com mais atenção.

Em pouco meses navegando pela rede a procura de clientes  eu também conheci outros garotos de programa, que assim como eu se auto promoviam nas salas de bate papo. Um deles foi o Junior, um garoto da cidade de Taubaté, moreno, alto, magro, traços delicados e com um dote de fazer inveja, 21cm, embora eu goste dos meus modestos 19.

Foi por intermédio de Junior que eu conheci Erik, um personal trainner que tinha o fetiche de transar com dois garotos e servi-los num tipo de ménage. Nosso primeiro contato foi via MSN, onde tivemos a oportunidade de conversar, ver fotos um do outro e por fim e marcarmos nossa transa.

Nosso encontro foi numa tarde de quinta-feira, ele e Junior vieram me buscar próximo de casa. Combinamos de irmos a um motel afastado da cidade e que ao chegarmos eu me esconderia abaixado no banco de trás do carro a fim de não descobrirem nossa pequena orgia. Já no quarto ao entrarmos eu pude observar Erik, um homem jovem ( 32 anos), alto, branco, olhos na cor mel, forte mais com um pouco de barriga. Seu porte assustava no primeiro momento, mais depois essa primeira imagem ríspida era desfeita.

Bem, no primeiro instante eu fiz uso da expressão “Ficar na minha”. O cliente era do Junior e confesso que fiquei um pouco travado por estar ali como a cereja do bolo. Minhas experiências em trios como garoto de programa haviam sido poucas e ainda eram meio complicadas, pois ponto G todos nos temos, mais achá-lo é a grande charada, porém essa charada é multiplicada com mais pessoas.

Junior e Erik se enroscaram em beijos e chupadas, enquanto próximo eu observava tentando achar um encaixe entre eles. Os 21cm de Junior eram mais atrativos e por isso Erik logo caiu de boca em “seu” garoto, enquanto eu beija Junior como quem mata uma saudade sufocada. Gosto muito deste menino e não conseguia ficar indiferente a sua presença, mesmo que o cliente estivesse em primeiro lugar.

Neste enrosco de corpos nus e salivados de tesão e fissura, Erik pode cair de boca em dois paus, sua habilidade para mamar um pau era um diferencial que excitava eu e Junior ao mesmo tempo. Junior como tinha preferência, encapou sua bela ferramenta e meteu com muito tesão em Erik, que deliciava-se a cada vai e vem, o tesão foi tamanho que Junior não aguentou e explodiu seu pau em leite, gozou sem esperar.  

Mais já gozou? Não acredito! Retrucou Erik.

Eu gozo de novo... Só me dar um tempo, disse Junior.

Pauza para uma ducha e lá estávamos os três lançados na cama, novamente em afagos e beijos molhados. Mais era preciso desenhar cada parte de seu corpo com nossas mão e línguas. Então, enquanto Erik debruçado no corpo de Junior beijava-o como se houvesse uma quarta parede entre nós, eu e ele. Eu aproveite sua bunda vulnerável, acariciei-a e com suaves beijos que lhe provocavam arrepios com minha língua por entre as nagedas, até encontrar uma parte macia, quente e já um pouco dilatada, que se contraia conforme eu passava minha língua. Os gemidos de prazer eram sincronizados com o arrepio da sua espinha dorsal. Era uma tortura permitida e que ao mesmo tempo me trazia prazer.

Após alguns minutos nessa trama, encapei meu pau e com as duas mãos segurei firme a cintura de Erik para meter deliciosamente em seu corpo sedento de prazer. Com toques de sadismo e frase tipo:
“ Você não queria pau no cu? Agora toma, vai, aguenta!”
“Sente gostoso esse pau te comendo, sente”.
Enquanto Erik gemia, eu o comi de bruços, de quatro puxando seus cabelos e em pé, enquanto Junior por sua vez me olhava e se excitava. Momentos depois ele entrou na brincadeira, até que fatigados de tantas acrobacias nos dirigimos para hidro.

Submesos em água morna e espuma, conversamos um pouco sobre trabalho, estudos, viagens, até que Erik pediu que vestíssemos as cuecas que ele havia comprado num sexy shop. São cuecas transparentes, com as laterais presas por um tipo de “crepe”, muito legais. Não era novidade que no Junior a cueca fosse ficar pequena, tanto que rimos dele todo desajeitado com seu novo acessório erótico.

Você gosta muito dele né? Erik perguntou a mim enquanto eu olhava Junior no quarto.
Sim, eu gosto dele, mais não somos namorados... Foi o que respondi.

Na hidro nós batemos punheta um para o outro, Erik queria que Junior gozasse em sua boca, eu gozasse na boca de Junior e ele gozasse na minha boca. Depois dessa chuva de leite, tomamos outra ducha, nos vestimos e lá estava eu abaixado no banco de trás para sairmos do motel. No trajeto de volta levamos Junior a faculdade para pegar sua a van e logo depois Erik me deu uma carona, conversamos um pouco, ele me questionou o por que de não namorar, se tenho vontades, etc...etc... e por fim, prometeu marcar novamente um novo encontro, eu e ele, porém ele disse isso com um sorriso indefinido no canto da boca... Algo que eu ainda não poderia ler, mais teria a uma outra oportunidade... será?



O garoto errado

24 de dez. de 2012

PALAVRAS AO VENTO


‎"Amai e sereis amado. Todo amor é justo." [Osho]

Conheci Pedro numa sala de bate papo, como muitos dos meus clientes. Um cara maduro, com seus 36 anos, executivo de multinacional e casado; Ele costumava viajar a trabalho e queria encontrar um cara para uma amizade colorida, algo mais fixo para momentos de prazer e diversão; E pela rede chegamos um ao outro.

Nosso primeiro encontro foi marcado numa tarde de quarta-feira de sol ameno. Entrei em seu carro e conversamos durante algumas minutos , ele por sua vez mostrou-se bem desinibido e simpático. Era calvo, pele queimada de sol, voz rouca e olhar malicioso. Em nossa conversa ele disse que já havia tido outros garotos com quem costumava viajar a trabalho e lazer, porém nenhum deles era garoto de programa. Eu seria o primeiro... talvez, eu pensei.

- Gostei de você! Pena que hoje eu tenho uma reunião e não vou poder ficar mais... Você gostou de mim? Perguntou Pedro.
- Olha só como você me deixou? Peguei a mão dele de coloquei em cima do meu pau, que estava duro como pedra.
- Nossa garoto! Assim você me tenta demais...

Fomos para um motel...

Próximo do motel Pedro pediu para que eu deitasse o banco, pois queria evitar imprevistos ou ser visto com um garoto, assim o fiz. Era um motel desses de beira de estrada, na Dutra, costumam ser mais baratos e desertos, mais era um local discreto e limpo. No quarto Pedro me abraçou, tirou minha roupa, peça por peça enquanto beijava meu corpo até me colocar deitado na cama. Ele me olhava com tesão e cumplicidade e enquanto deslizava suas mãos pelo meu corpo dizia que me queria para si.

Como um arrepio no meu corpo, ele começou a beijar meus pés, a cheira-los e observa-los. Ele era um cara que tinha imenso tesão por pés de homem e dizia que os meus eram bonitos e bem cuidados. Sem que eu esperasse ele começou a chupar o dedão do meu pé, era uma sensação estranha e gostosa, pois era um misto de cócegas com prazer. Enquanto sua boca chupava meu dedão, uma de suas mãos percorria minha bunda e me tocava, tirando gemidos de prazer. Não demorou muito, Pedro colocou-me de bruços, beijou minha bunda, passou gel, colocou camisinha e deitou seu corpo sobre o meu. Seu pau não era grande, mais ele degustava com prazer e centímetro dentro de mim. Metia devagar enquanto mordia minha orelha e falava palavras ternas, como um amante, como se tivéssemos uma relação de tempo...

- Ah, Du, vou te tirar dessa vida... Namora comigo? Vem ser meu amante...
Era uma sensação gostosa, ouvir que iríamos viajar, conhecer lugares, que ele me queria para si, mais eu sabia que eram palavras que seriam esquecidas por ele.

Seu prazer foi muito gostoso quando ele gozou. Tomamos banho juntos, nos vestimos e saímos do motel em direção à cidade. No trajeto de volta, ele disse que havia gostado de mim e pediu para que eu pensasse na ideia de fazer uma curta viagem com ele. Ele queria ser diferente para mim. Um amigo, com quem eu pudesse contar e de quem ele pudesse gostar.

Os dias passaram e Pedro chegou a me ligar com alguma frequência, gostava de saber se eu estava bem. Chegamos a marcar outras transas e como sempre, ele gostava de algo devagar, cheio de palavras ao pé do ouvido com promessas difíceis de serem cumpridas.

Com o tempo as transas cessaram, as ligações, os contatos via MSN e hoje Pedro tornou-se uma lembrança gostosa, de um amante que existiu de forma fantasiosa... apenas em sua imaginação...


O garoto errado 

PLANETA MARTE


Era uma vez em reino muito, muito distante. Lá vivia uma menina de cabelos dourados. Quando as pessoas na cidade a viram, eles disseram:
Ohh, Como ela é bonita...
E eles mostraram para ela uma bela casa no planeta Marte. E eles disseram:
Venha viver aqui para sempre
E a garota disse:
Oh, Marte é um planeta onde a vida é diferente, segura, limpa... bela.
Mas...como se chega lá?  Onde se acha um táxi? Qual ônibus pegar?
E como sabe que está lá? Você está lá?
E ela foi viver na casa bonita; E todas as pessoas a amaram; E ela era muito, muito feliz. Mas as pessoas na aldeia eram muito pobres e toda noite, rastejavam pela casa onde a menina dormia e eles cortavam um pedaço do cabelo dourado dela... E eles venderam por dinheiro.
Ela nunca vai perceber. Eles disseram.
E assim todo ouro desapareceu da cabeça dela

Trecho do Diário de Gia Marrie Carangi

Desde que Eduardo passou a ser parte de mim, vivo em encontros de desencontros com pessoas que me cercam e se apresentam dia a dia na tela do meu notebook. É o quinto mês e passo a maior parte do tempo plugado, buscando... buscando... Buscando o que?

Eu e Eduardo temos muitas diferenças; Ele é um cara que precisa ser vaidoso, quando eu não quero; Ele dorme e repousa seu corpo em camas e travesseiros que são só dele e não meus; Ele é um cara que vive cada dia uma paixão quando meu coração contém eco e tenho como refugio o prazer ilícito. Ele é um cara que sempre extrai o melhor dos outros quando parece não haver o melhor. Contudo, além da diferenças, somos também parecidos, mergulhamos de cabeça, experenciamos coisas novas, temos medo do futuro, mas de certa forma vivemos ele a cada novo amanhecer e a única certeza que temos é que nada é para sempre, tudo se transforma ... em nosso caso tudo se transforma de dentro para fora...

Talvez seja algo ainda intransponível e nesse trajeto deixo partes de mim para cada pessoa que conheço e com quem me deito...

Gia Marie Carangi foi uma modelo norte-americana nascida em 29 de Janeiro de 1960, na Philadelphia, Pensilvânia, que estourou nos anos 70 e 80. Fora dos padrões de beleza para  época (pois a loiras predominavam), Gia tinha cabelos negros e não tinha altura ideal para passarela, entretanto um belo rosto; Foi descoberta por um agente quando era balconista na lanchonete do pai. A partir daí, mudou-se para Nova York para modelar e fazer carreira.

Carangi quebrou vários tabus, foi a primeira modelo a desfilar com roupas de homem e aparecer  no estúdio de cara lavada, vestindo um velho jeans rasgado no joelho e assumir que era lésbica.  Por essas e outras transformou-se num mito.
Ficou conhecia mundialmente, Sua personalidade era descrita como linda e selvagem, seu estilo de vida e caráter abalavam a todos conservadores na época. Tinha tudo: cachês altíssimos, o amor de mulheres fantásticas, infelizmente no auge de sua carreira após vários escândalos e se tornar viciada em heroína e cocaína, Gia passou constantemente a tentar largar o mundo da moda. Fazer sessões sob efeito de drogas tornou-se usual para Gia, e os fotógrafos aproveitavam de sua inexpressão facial.
Seu vício a levou as última consequências, como vagar pelas ruas e se prostituir sendo violentada em várias ocasiões, até ocorrer uma crise de pneumonia, momento no qual é internada em um hospital em Norristown, Pennyslvania.
A AIDS foi identificada em seu sistema vital, e Gia vive então seu pior momento.
Em 18 de novembro 1986, aos 26 anos, Gia entrou para uma parte triste da história como a primeira mulher famosa a morrer por complicações de saúde decorrentes da AIDS.

Ao ler o trecho do diário de Gia, identifico-me com a descrição e a busca pelo que ela chama de Planeta Marte é um texto onde também me configuro. Mas...como se chega lá?  Onde se acha um táxi? Qual ônibus pegar? E como sabe que está lá? Você está lá?

Marte é como buscar uma felicidade utópica, e ao invés disso encontro doses de  insensatez e loucura.


O garoto errado

O TERCEIRO TRAVESSEIRO


parte 2...

Na mesma noite, meu celular toca, mais um cliente chama, parecia impaciente e de certa forma grosseiro. Como o local era perto de onde eu estava, resolvi atende-lo. Sua indicação na agenda do meu celular era intitulada de “Loiro”; Então, confiando no meu sexto sentido o qual às vezes falha, resolvi arriscar... Sou do tipo de cara que gosta de bater um papo antes de me aventurar em qualquer transa, mesmo que remunerada. Tenho para mim que ambas as partes merecem e devem se satisfazer ou no mínimo ter alguma afinidade que se encontre na cama. Mas todo acerto também tem uma margem de erro.

Chegando ao prédio indicado, apresentei-me na portaria, com acesso liberado me dirigi ao elevador. Lá estava eu, subindo, subindo e subindo... Almejando chegar em algum lugar... Porta branca, olho mágico, campainha, vozes, mãos contraídas uma na outra e finalmente a porta se abre. Uma figura um tanto estranha abre a porta.

- Poxa, já ia desistir!
- Prazer, Eduardo. Me perdi para achar o prédio. – Foi o que consegui dizer...

Na sala do apartamento vejo outro rapaz deitado no tapete com algumas latas de cerveja e então me dou conta de que ambos estão levemente embriagados.
Rubens me convida para ir ao quarto, trocamos algumas palavras enquanto nos despíamos, deitei na cama e fiquei a sua espera. Ele então deitou-se de barriga para cima e me puxou para si, quis me beijar. Naquele instante ao aproximar nossas bocas senti em seu hálito o gosto de cerveja e confesso que quis sair logo dali, pois não bebo, apenas socialmente e não me agrada em nada o sabor de cerveja, assim como sabor de cigarro.

E como uma hierarquia estabelecida, pois eu estava ali para servi-lo ele mandou:
 - Chuva meu pau!

Eu o fiz, mamei-o por alguns minutos, seguindo um roteiro com beijos pelo corpo, caricias e toques, a fim de contornar o desconforto que sentia por estar ali. Não que o cara não fosse higiênico, pelo contrario, o quarto era muito organizado, ele estava de acordo, porém o toque de embriaguez me incomodou.
De bruços, Rubens passou gel, meteu seu dedo em minha bunda e deitou-se em cima de mim. E começou meter com voracidade, parecia algo mecânico e ao mesmo tempo com certa irá. Desejando que ele acabasse e gozasse logo, soltei meu corpo na cama e relaxei o máximo que pude. Ouvi então seus gemidos de prazer momentâneo, até que ele soltou seu corpo em cima do meu por um tempo ali. Foi uma transa rápida porém tensa, sem muito envolvimento.a

Rubens levantou-se e foi ao banheiro. Enquanto isso, como eu queria ir embora depressa eu me limpei e peguei minhas roupas. Conversamos um pouco, ele disse-me que curtia tudo e que prazer para ele era ter o pau em pé, fora isso ele não era dado muito a troca de caricias. Quis saber se eu teria agenda pra ele todas às segundas-feiras, pois era sua folga e gostaria de me chamar mais vezes. Eu disse que sim, mas pensei se o atenderia novamente...

Terminei de me arrumar e ele quis me acompanhar até a portaria do prédio, o elevador chegou e sem espelhos pude ver um outro Rubens, sem armaduras, na verdade um cara frágil. Seu companheiro de anos havia falecido num acidente de carro. Desde então, ele passou a sentir o gosto amargo de tudo. Mudou-se de apartamento para atenuar as lembranças, recolheu os porta-retratos espalhados pela sala e quarto e mergulhou de cabeça no trabalho. O elevador chegou e na portaria do prédio nos despedimos.

No caminho de volta para casa, percebi que criamos uma casca protetora para enfrentar a vida. É realmente difícil recomeçar quando não se tem muita vontade; Porém, recomeçar é preciso... As pessoas vem e vão em nossas vidas, algumas delas nos deixam muitas saudades, mas creio que sempre há um plano maior do que almejamos, mas isso só se descobre seguindo em frente.
Ao chegar em casa recebi um sms de Rubens, dizendo que havia gostado muito e perguntando se eu havia chegado bem... Algo que confesso não ter esperado, afinal sua armadura parecia instransponível... Vejo que me enganei...


O garoto errado

O TERCEIRO TRAVESSEIRO


Sabe quando se é criança e sem esperar você ganha um presente do qual gosta muito?
É uma sensação de prazer e alegria incomparável, o novo sempre nos estimula e nos deixa empolgados... Um brinquedo novo é a possibilidade de desfrutar do tempo de uma forma diferente. Você fantasia, ri, chora, cria histórias, conflitos, testando todos os seus limites. Até o brinquedo se quebrar ou você enjoar e deixá-lo de lado... Naquela tarde eu era o brinquedo.
Mauro foi bem claro no contato que fizemos, ele queria dar um presente ao parceiro, ele queria que seu namorado tivesse um passivo para ele brincar na cama. Após ele descrever a situação, abri a câmera e por um instante nos olhamos. Ele pediu para que eu me despisse, então, tirei minha camiseta, fiquei em pé, abaixei meu short e de cuecas, girei para um lado, para o outro até que ele me assimilasse por inteiro; Ele apenas observou e escreveu:

Que delícia! Tira a cueca?

Então ele me viu nu por inteiro, e aprovou. Em cinco minutos de conversa acertamos um cachê e um acordo. Eu seria um cara em busca de aventuras, que o conheceu pela internet e jamais mencionar ou insinuar que fosse um Garoto de Programa ou que aquilo fosse uma transação digamos “comercial”.
Horário marcado e lá estava eu esperando o casal. Ambos maduros, com pouco mais de 30 anos. Mauro era sério, baixo, branco, traços finos e um pouco acima do peso; Breno era moreno, alto e de traços marcantes e bem extrovertido.
Enquanto Breno dirigia fomos conversando, ele e Mauro eram casados já há alguns anos, ambos eram advogados e se conheceram pelo trabalho. Juntos tanto na vida pessoal quanto na profissional resolveram apimentar a relação com algumas transas casuais, incluindo uma terceira pessoa na cama. Era onde eu entrava. Como mandava o figurino eu disse que também buscava “quebrar a rotina” e por coincidência havia encontrado Mauro na internet e me interessei por essa aventura sexual.

Chegando ao apartamento, Breno mostrou-se prestativo, me ofereceu água, vinho, entre outras coisas, aceitei vinho. Fomos os três para o quarto e nos despimos, Mauro colocou Breno sentado na cama e me guiou até seu pau, já duro, cai de boca deixando Breno mais excitado ainda. Enquanto eu o chupava, Mauro acariciava meu corpo, brincando por minha bunda, abrindo-a e passado sua língua molhada em todo meu anus. Mauro virou-me de frente, deitou-se ao meu lado, por alguns minutos beijou meus lábios e pescoço, Breno por sua vez chupava meu pau freneticamente, enquanto seu dedo indicador penetrava meu cuzinho já molhado de saliva e tesão.

Nos revezamos diversas vezes nesses momentos de pegação, as línguas deslizavam pelos corpos expostos na cama. Mauro então pediu a Breno para colocar a camisinha, ele queria ver seu namorado passivo me comer, era um fetiche ver sua presa dominar outra. De bruços na cama, senti o corpo de Breno sobre o meu, seu membro já encapado me penetrou e começou a violar deliciosamente meu corpo, enquanto Mauro com as duas mãos na cintura de Breno empurrava seu corpo e seu pau contra minha bunda. Depois Breno me comeu de frango assado, metendo cada vez mais forte, quanto Mauro prendia minha cabeça entre suas pernas dando seu cacete para eu mamar, ao mesmo tempo sentia suas mãos acariciando meu peito e apertando meus mamilos, num misto de dor e prazer.
Aquela tarde de sábado se estendeu em longas metidas e gemidos. Fui usado em diferentes posições, até sentir o pau de Breno pulsando sobre meu peito e jorrando seu leite quente sobre mim; Ficamos os três deitados e fatigados na cama, conversamos um pouco sobre viagens, lugares e futuros roteiros.

Após uma ducha e já vestidos, Breno pediu uma pizza, queria que eu ficasse mais. Aproveitei um momento de distração de Breno e assinalei para Mauro que precisava ir, pois, um outro cliente já havia ligado. Porém, sair as pressas iria despertar uma desconfiança em Breno, então resolvi comer ao menos uma fatia de pizza e tentar sair de maneira natural. Na mesa, Breno reafirmou que gostou muito de mim, esperava que eu não sumisse, neste momento ele me propôs uma viagem com o casal por um final de semana, rimos, eu disse que aceitava o convite, mas precisa me organizar para isso.

Na despedida, Mauro me acompanhou até o elevador  enquanto Breno permaneceu no apartamento.  Sozinhos e cúmplices ficamos com a sensação de missão cumprida. Ele me agradeceu pela descrição e disse que voltaria a me ligar para uma viagem, visto que Breno havia gostado da minha cia com o casal.

Ao sair do prédio, observei que já era noite e enquanto caminhava em direção ao endereço de outro cliente, tentei me imaginar na situação de Mauro, casado, bem estabilizado, mas com a necessidade de dividir a cama com uma terceira pessoa. Será que todos nós temos essa sensação de não estar satisfeito o bastante com nossas reais condições e feitos? É um tanto inusitado, mas também compreensível. Aprecio demais a cumplicidade a dois e espero um dia ter alguém para compartilhar isso, a cumplicidade, tanto na cama como fora dela. Na contramão disso, há casais que ariscam-se nos prazeres do corpo do outro, com o sentimento que podemos construir unicamente por alguém...

Sábado ainda não havia acabado, era noite e meu celular já chamava com mais um cliente perto dali,  porém não podia imaginar o que estava por vir...


O garoto errado

JOGO DE ESPELHOS NO RINGUE


Alberto é um cara discreto, másculo e de pouca conversa, estatura média, porte físico forte, cabeça raspada e expressão séria; trabalha em multinacional e como hobby gosta de boxe. Conversamos numa noite de quarta-feira, ele disse que estava estressado e precisava relaxar; Marcamos por volta de 19h30, próximo a uma praça. 

No carro trocamos algumas palavras sobre o trabalho dele, sobre seu ficante que após algum tempo de convívio começava a tornar a relação um pouco pesada, entre outros assuntos. Percebi que talvez Alberto não gostasse de uma aproximação maior ou poderia estar tímido por ter chamado um Garoto de Programa, algo comum, mas que ele poderia se soltar mais.

Chegamos ao motel, passamos a portaria e já fora do carro fui abrir a porta do quarto. O espaço era bacana, cama grande, banheira, espelhos em paredes e teto. No canto do quarto, despi-me, sapatos, calça, camisetas e meias, fiquei apenas de cueca, ele me olhou por um instante e fui em sua direção com a intenção de beija-lo, mas ao contrário disso ele me abraçou e jogou-me na cama, ficando com seu corpo sobre o meu. Não me olhou nos olhos, percorreu  e cheirou meu pescoço e num movimento rápido rolamos na cama, dessa vez eu estava por cima... Como num jogo de gato e rato saquei que beijar não era a praia dele, então com minha boca fui tateando seu corpo; com chupadas e pequenas mordidas percorri seus mamilos, seu peito, umbigo, virilha, coxas... Até que ele já cheio de tesão tirou seu pau da cueca e colocou na minha boca, segurou forte minha cabeça e em movimentos de vai e vem fazia eu engolir seu membro grosso e suculento.


Associei “nossa” transa a uma luta no ringue, já que Alberto só abria a guarda na condição do prazer mais viril, sem muito romance; Então, de bruços ele relaxou para que eu o chupasse por traz, uma bela bunda, máscula pronta para beijos molhados. Sem que ele esperasse cai de boca por longos minutos. A cada passada de língua, a cada movimento e beijo molhado de tesão e saliva era nítido seu gemido de prazer naquele rabo querendo ser invadido. Já louco de desejo ele me deu a camisinha; encapei meu pau, passei um pouco de gel e brincando em sua bunda melada eu dei suaves metidas. Aos poucos meti mais fundo, mas Alberto não aguentou.


Era hora do segundo round; o boxeador veio para cima, encapou seu belo pau, me colocou de quatro e meteu fundo, começou devagar, mas logo forçou a barra e estocou seu pau em movimentos rápidos e compassados, relaxei o máximo que pude e passa a dor inicial, logo veio o prazer; pedi para ele bombar mais forte. Nada melhor que aliviar o estresse com doses de adrenalina e endorfina, quando liberamos nossa sensação máxima de prazer num sexo bem safado. Alberto meteu e gozou com gosto e com o copo mole e cambaleantes foi para a ducha, enquanto eu fiquei jogado na cama apenas olhando meu reflexo no espelho do teto e por ironia da vida pensei... Tem momentos que esse trabalho é bom demais... 
Irônico ou não, eu havia gostado.No trajeto de volta, conversamos sobre diversas coisas. Ele me deixou na mesma praça para que eu voltasse para casa. Fui refletindo sobre a forma como nos moldamos de acordo com o  meio que nos cerca. Muitas vezes para não sermos vistos como somos, mas sermos aceitos em determinados nichos sociais nos anulamos num vazio e não nos encontramos nem numa cama e nem nos espelhos do quarto de um motel. É apenas um prazer momentâneo que passa e o vazio persiste. As vezes até nosso sexo é condicionado a isso.



O garoto errado

É PRECISO COMER A GALINHA E NÃO SÓ ADMIRAR OS OVOS DE OURO


Encontrei Mario numa dessas noites zapiando pelas salas de bate-papo. Um coroa bem conservado, Mário faz o estilo garotão, malha regularmente, é branco, loiro, olhos verdes e como característica marcante é um passivo muito safado que curte garotos. De primeiro momento ele quis agendar comigo um oral no carro, a fim de experimentar o produto. Marcamos então, uma noite de sábado, eu ia para outra cidade vizinha atender um cliente e ele se encarregou em me dar uma carona até lá, combinamos que no trajeto faríamos um esquenta com uma bela chupeta de Mário.

Ao chegar no local marcado, lá estava ele a minha espera, entrei no carro, o cumprimentei e pegamos a estrada. Durante o trajeto Mário me contou algumas de suas aventuras com garotos mais novos, como por exemplo a de dois amigos que foram fuder em seu apartamento, o tendo como espectador diante de algumas cenas picantes. Mas o que me chamou atenção foi a de seu ex-namorado; Um garoto de família humilde, por quem Mário se propôs a mudar um pouco sua vida. Ele levou o cara para morar com ele, deu casa, comida, roupa, e de quebra uma moto zero quilometro.

No inicio o rapaz o compensou  na cama, mas com o passar das semanas ele dormia apenas uma vez no apartamento de Mário, mais para trepar e acalmar os hormônios do garotão maduro, porém, esse tipo de “afeto” por obrigação não cola, e Mário tomou uma atitude, terminou o romance que estava só em sua cabeça, pegou o brinquedinho de duas rodas do moleque e resolveu dar outro rumo a sua vida de novo solteirão.

E lá estávamos nós, parados no acostamento escuro da estrada, suas mãos apalpando minha calça e sentido o volume duro do meu cacete. Mais que depressa ele desabotoou minha calça, abriu o zíper, desceu minhas calças até meus joelhos; Por alguns segundos contemplou meu pau duro, acaricio e beijou-o de leve. Senti sua boca quente me chupando como nunca fui chupado, com tanta vontade que prazerosos vê-lo saciando se com um pau duro e perfumado.

Foram momentos muito gostosos naquele banco reclinado, meu leite querendo ser jorrado, quando ele pediu que eu gozasse em sua boca, queria tomar até a última gota. E assim o fiz, com meu pau latejando dentro de sua boca, dei meu leite quente e cremoso para ele tomar e gemi demoradamente de prazer. Mário por sua vez se deliciou enquanto eu relaxei fatigado no carro.

Já recompostos seguimos o percurso num papo muito gostoso, porém com uma surpresa, Mário fez o convite para eu ir visitá-lo e até se dispôs a emprestar seu apartamento para eu atender clientes que não curtissem motéis, agradeci e recusei. Não sou de misturar as estações embora as vezes me sinta tentado. Na despedida ficou acertado uma foda completa com direito a tudo que nosso garotão quiser, e olha que ele quer...



O garoto errado

DE OLHOS FECHADOS


Era uma tarde de quinta-feira quando Tadeu marcou um programa comigo, ativo convicto ele prometeu muito sexo e fez uma única exigência: Quero que você vá sem cueca e vestido como um colegial!. Cheguei no horário marcado  vestido como um estudante, jeans, camiseta cinza, tênis e mochila; E lá estava ele me esperando, ao entrar no carro apertei sua mão, sorri, coloquei o cinto e fomos rumo ao motel.

Na conversa Tadeu mostrou-se bem a vontade, jovem, moreno, alto, baba por fazer e forte, ele era músico e gostava de garotos discretos, disse que já havia saído com alguns de São Paulo e buscava alguém por aqui.

Ao chegar no motel, no quarto ele me abraçou e me beijou por alguns minutos enquanto tirava minha roupa; Peça por peça suas mãos deslizavam pelo meu corpo, desabotoou sua calça e colocou seu pau na minha boca pedindo para que eu o chupasse. E assim o fiz, de uma forma tão gostosa que ele gemeu por muito tempo, até não aguentar mais e me jogar de bruços na cama, e cair de boca em minha bunda. Todo molhado, senti seu corpo sobre o meu, seu membro me penetrando vagarosamente, até que ele colocasse tudo dentro de mim, a partir daí em movimentos de vai e vem, Tadeu me fudeu sem parar por uns 20 minutos, bom bombadas cada vez mais forte, até eu gemer alto...

E como em sessões sado masoquistas, ele tirou seu pau de dentro de mim, colocou uma venda em meus olhos, me beijou, passou um gel com sabor morango em seu pau e deu para eu chupar, bombando em movimentos de vai e vem minha boca... Totalmente dominado em seus braços, aquele moreno jovem, me pegou de todas as formas, até me colocar deitado em seu peito e gozar deliciosamente me beijando.

A tarde foi longa, banho tomado, roupa vestida era hora de voltar para casa, no trajeto de volta, Tadeu disse que gostou muito dos serviços prestados e disse que voltará a marcar.


O garoto errado

UMA NOITE COM MARILYN

Percebo que solidão é um sentimento mais comum entre pessoas. Naquele sábado, um cliente reservou uma noite inteira para o programa, ele não buscava só sexo, queria também uma cia. No trajeto fui pensando que seria mais uma noite de trabalho, com algumas transas, gozadas e nada mais.

O cliente tratava-se de um rapaz com aparentemente 25 anos, moreno claro, lábios carnudos e tipo físico normal. Tímido pela minha chegada, ele foi ao meu encontro na rua paralela a sua casa; seus olhos não escondiam sua ansiedade pela minha vinda. Ao entrar em sua casa, ele me mostrou os quartos, sala e cozinha, onde nos beijamos por longos minutos, corpo a corpo colado...

Juntos arrumamos a mesa para o jantar, uma deliciosa lasanha; conversamos um pouco, ele contou sobre sua família,  haviam se mudado para o litoral e ele, por decisão resolveu ficar e continuar morando naquela cidade, a fim de dar continuidade nos estudos e crescer profissionalmente; Eu por minha vez falei pouco e pontualmente temendo revelar coisas muito particulares.

Naquela noite assistimos abraçados “Sete dias com Marilyn”, O filme conta o auge da carreira (1956) de Marilyn (Michelle Williams), que viaja para a Inglaterra para fazer um filme com Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh). Chegando lá, ela conheceu um jovem chamado Colin Clark (Eddie Redmayne), que escreveu um diário sobre os bastidores das filmagens e o período que este passa ao lado de Marilyn, como seu assistente.
O filme é a história real sobre o que aconteceu, mas não mostra apenas as qualidades da loira platinada mais famosa de Hollywood. Simon Curtis mostra com dedicação, e sem deixar o filme piegas, a fragilidade de Marilyn. Fica evidente a dependência dela de medicamentos para dormir, por exemplo, e também por elogios das pessoas que a cercavam. Ela tinha uma grande necessidade de sentir-se amada, assim como de sentir-se segura. Parecia estar sempre pedindo aprovação. Apesar desta aparente alta carência, Marilyn também sabia muito bem o efeito que tinha no público, especialmente nos homens.

Mesmo isso acontecendo na vida íntima de Marilyn, ela conseguia esbanjar confiança e sensualidade na frente das câmeras e do público que a perseguia por onde ela fosse. As pessoas queriam a personalidade Marilyn, mas poucos sabiam quem era Norma Jean, seus medos e fantasmas, talvez algo muito próximo do que aconteça comigo e o Eduardo.
Na cama nos beijamos por quase uma hora, minha língua percorreu quase todo seu corpo buscando e inspirando momentos de êxtase, não penetramos um ao outro, somente nossas línguas encontraram nossos corpos e nossos membros e isso bastou para aquele rapaz, que no final não buscava só o ato sexual, mas sim algo além da satisfação da carne, do corpo.


O garoto errado