21 de ago. de 2013

A MARCHA DO SEM CABEÇA, TREPADAS, TRAPAÇAS E SOBREVIVENCIA

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. [Albert Einstein]

Eu poderia começar esse texto dizendo a você meu caro leitor que minha 4 temporada em SP foi homérica, me gabando em números. Mas meu compromisso aqui é a verdade. Esbarro com muita, mas muita gente que vive no mundo da fantasia mostrando que tira vantagem de tudo, enquanto a realidade apresenta-se de outra forma. Fantasiar não é pecado, é até de certo modo um respiro;  E quando o faço eu trato logo de avisar, como em meu último texto: O Cavaleiro sem cabeça. Meu compromisso como Eduardo ultrapassa a barreira da fantasia, é um mergulho mais fundo, que transpassa camadas de tecidos até furar a pele, na busca por um mergulho nas veias que bombeiam o sangue que me mantem vivo. Meu compromisso é com a verdade seja ela FEIA ou BONITA. Afinal, viver no maravilhoso mundo do sexo financiado é para poucos, é para os fortes.

Cheguei em São Paulo na noite de sexta-feira, mais precisamente na Avenida Paulista com os termômetros que anunciavam um final de semana com temperatura baixas. Caminhei pela Avenida Brigadeiro Luis Antonio rumo ao hotel em que escolhi para ficar hospedado e ao chegar fui muito bem recepcionado e direcionado ao meu quarto. Diferente do hotel de luxo em que fiquei na viagem passada, este era um lugar modesto mas com acomodações aconchegantes, com bom sinal de internet e café da manhã, sem contar na cordialidade dos funcionários. Desta vez procurei avaliar bem o custo beneficio e também buscar lugares próximo ao endereço mais visado na cidade, no caso a Avenida Paulista.

Com as malas desfeitas, sai para dar uma volta, jantar e passar no mercado para comprar água, suco, torradas e frutas, pois sempre sinto fome ao longo do dia e como entre as refeições. Após reconhecimento da área e devidamente instalado no hotel, fui tomar um banho e me preparar para começar a trabalhar, pois haviam clientes programados. A única certeza que eu tinha era que se minha agenda de clientes feita durante a semana fosse cumprida eu não precisaria me preocupar com imprevistos e Murphy.

Noite fria, às 23h fui atender um cliente na Consolação. Mauricio me esperou na estação de metro e juntos caminhamos até seu apartamento. Como ele estava numa confraternização ele veio direto do trabalho, então esperei que ele tomasse um banho para curtimos sem pressa. Fiquei debaixo das cobertas, até que ele chegou e começou a lamber minhas pernas deixando sua bunda disponível para mim. Enquanto dele me lambia por inteiro da cintura para baixo eu cai de boca em seu cuzinho e ouvia seus gemidos de prazer. Com os dedos lambusados de gel brinquei com seu rabo abrindo caminho enquanto mordiscava seus mamilos, ele adorava isso. Comecei metendo em Mauricio com ele de bruços, variamos para metidas de lado e de frango. Ele parecia insaciável, houve um momento em que de bruços ele com suas pernas travou as minhas pernas e meu quadril em sua bunda e encaixado eu bombava gostoso e juntos ouvíamos nossos corpos estralarem. Foi uma transa muito gostosa, acabei saindo ás 2h da manhã de seu apartamento e como não havia mais metrô resolvi vir a pé contemplando a madrugada que se apresentava muito fria. Porém, nem isso intimidava os paulistanos, a cada esquina havia um bar aberto ou uma galera andando de skate ou fazendo outro lance. Pude perceber que a Avenida Paulista também continha vida em sua madrugada. Como a caminhada era de pelo menos 2 km resolvi pegar o celular e acessar o skype para conversar com alguém ou derrepente marcar um próximo programa. E nesse vacilo quase fui roubado por um cara que veio andando de bike como quem não quer nada e tentou puxar o celular da minha mão, só não conseguiu por que tive um reflexo rápido e tirei meu braço da reta.

BABACA! Grite e ao mesmo tempo respirei fundo.

Recuperado do susto apertei o passo, guardei o celular e fiquei atento na caminhada. De volta ao hotel me enrolei nas cobertas, tomei suco de laranja e conferi minha agenda para sábado. De acordo com os contatos feitos, haviam dois clientes, mas sempre é bom ter uma carta na manga,  então tratei de surfar nas salas de bate papo publicando anúncios. Após teclar com alguns caras consegui agendar um cliente para 10h da manhã. Um coroa que vinha ao hotel para treparmos. Fui dormir ás 3h da madrugada.

Segundo dia
Ás 9h08 meu celular vibra com a confirmação do cliente. Com sono e sem muita alternativa pedi meu café no quarto e fui para o banho. Agilizei tudo para organizar o quarto e receber o cliente sem atrasos. Particularmente são raras as vezes que curto trepar de manhã, mas considerando que eu havia dormido somente seis horas eu estava um pouco mal humorado, mas nada como um xícara de café preto para despertar meu sono e meu humor, afinal, café é um dos meus vícios.

Recebi meu cliente pontualmente e com meia luz no quarto nos despimos, ele caiu de boca em minha rola e mamou por um bom tempo, depois pediu para ser comido, mas devagar, estava com receio que doesse. Comi ele no estilo papai e mamãe num ritmo devagar, pois assim ele curtia, depois fodemos de franguinho, meti ao estilo soft com algumas bombadinhas. Ele quis gozar com meu pau em seu cu. Não demorou muito gozou, tomou banho, pagou minha grana e foi embora. Eram 12h quando fui almoçar.
Mandei sms para mais dois clientes agendados, mas não responderam. Mais tarde um deles logou no skype, mas se fez de cego e mudo, pois não respondeu nenhuma mensagem minha e mesmo online não se dignou a pronunciar nada. Talvez estivesse envergonha por ter marcado um programa e ter fantasiado a situação toda;  No caso dele conversamos ao longo da semana, nas conversas ele imaginava toda cena e me dava referencias do que queria. Fantasiar a transa é parte do show, o duro é o cliente concretizar o que muitas vezes imagina. Com a agenda de sábado furada resolvi partir para o plano B, pescar nas salas de bate papo e assim o fiz.

Logo meu celular vibra, era um amigo GP que morava em sampa me chamando para uma festa em um flat no Morumbi, segundo ele era uma festa com outros boys, para trocar ideia, beber e relaxar com direito a sauna e piscina. Embora o convite fosse atraente o lugar era bem longe de onde eu estava, eu precisaria pegar metrô, trem e ônibus. Acabei desistindo do convite para me concentrar na busca por outro cliente. Novamente o celular vibra, dessa vez um outro amigo e também boy de SP perguntando se estou disponível para atender um cliente juntamente com ele. Pedi que ele entrasse no skype para combinarmos o programa.
Eram 21h quando me encontrei com Rodrigo na estação Vergueiro, de lá fomos para o apartamento do cliente dele, durante o trajeto ele me deu algumas instruções sobre o que o cliente gostava. Ao chegar fomos recebidos por Carlos que gentilmente perguntou se queríamos beber algo.

Então você é o Eduardo White? Quando pedi mais um para o Rodrigo ele te recomendou muito bem. Sabia? Gostei bastante das fotos, pena não ter rosto.

Sim, uma pena. Mas minha cidade não é como São Paulo, é outra mentalidade. Lá há garotos de programa, mas é raro expor o rosto publicamente, pois seria facilmente apontado nas ruas ou em qualquer circulo social.

Entendo... Vamos para o quarto?

Carlos e Rodrigo já se conheciam, então acabei sendo o prato principal de ambos. Rodrigo começou beijando em lambendo meu pescoço, enquanto Carlos beijava minha boca com vontade, descendo cada vez mais, beijou meus lábios, queixo, pescoço, chupou muito meus mamilos enquanto pegava forte em meu pau, até passar sua língua por minha barriga e ajoelhar-se e cair de boca em minha rola e na de Rodrigo, deixando as duas bem duras e babadas. Rodrigo e eu ficamos em pé nos beijando com Carlos entre nossos membros, foi muito bom a sensação de duas bocas te sugando.

Era hora da farra, colocamos Carlos na posição de frango assado, Rodrigo encheu a boca dele com seu pau para que ele mamasse enquanto fui metendo  com bombadas ritmadas sem me importar se estava doendo, pois segundo Rodrigo, Carlos gostava de sentir dor, esse era o tesão dele e assim o fiz. Durante as metidas revezadas por mim e Rodrigo o quarto foi preenchido pelos gemidos de Carlos. Aproveitamos a brincadeira e o colocamos de quatro para revezar nosso passivo, que acabou gozando comigo metendo em seu cuzinho e Rodrigo metendo em sua boca. Nem chegamos a fazer DP.

Agora quero assistir vocês dois trepando até gozarem pra mim! Posso?

Nem precisa pedir, disse a Carlos

Troquei a camisinha, lubrifiquei Rodrigo e de bruços fui abrindo caminho com a cabeça do meu pau em seu cuzinho.

Vai devagar. Pedia ele

Coloquei tudo em sua bunda e deixei alguns segundos para que ele se acostumasse. Então comecei a bombar forte enquanto ele soltava o corpo na cama. Virei-o para o lado e segurando uma de suas pernas no alto meti vigorosamente para que Carlos visse a cena do pau entrando e saindo enquanto Rodrigo gemia. Coloquei-o de pé contra a parede e com meu corpo pressionando o seu por trás dei algumas bombadas segurando seu quadril.

Vou gozar, anuncie aos dois.

Goza gostoso com ele, vai! Disse Carlos

Ambos gememos de prazer, foi delicioso comer aquele boy branquinho e novinho. Tomamos uma ducha rápida, pegamos nossa grana e fomos embora.

Terceiro dia
Acordei com uma foda matinal programada. Atendi um cliente também na Vergueiro, dessa vez foi um ativo que já estava agendado. Agnaldo era branco, loiro e de lábios carnudos; Ao me pegar de carro na estação ele explicou que não poderia beijar e nem fazer oral pois havia apertado o aparelho ortodôntico e estava com a boca sensível e machucada.  Então a única boca na jogada era a minha, e tentei dar um trato legal no cara para fazer valer, visto que ele curtia beijos e chupadas, mas estava fora de combate para isso. Proporcionei  a ele muitas chupadas, inclusive na virilha fazendo o se contorcer na cama. Metemos e foi muito bom, sai de seu apartamento no horário do almoço, aproveitei para almoçar próximo ao hotel e conversar pelo whatsapp com meu amigo boy sobre a festa que eu havia perdido.

Os caras ainda estão aqui no flat, vem pra cá!? Escreveu ele.

Embora a vontade fosse grande eu me contive pois queria trabalhar mais e testar meu potencial, a recusa também era devido o lugar ser longe de onde eu estava. De volta ao hotel descansei um pouco, conferi minha agenda e como era de se esperar havia outros dois clientes agendados, porém não deram sinal de vida.

Acho que saíram com Murphy... Disse a mim mesmo.

Descansei um pouco no período da tarde e logo fui surfar na rede pelas salas de chat. Acabei sendo abordado por clientes em potencial que disseram ter visto meus anúncios e visitado meu blog, alguns até pelo blog “Bolsa de Boys”, um site que avalia boys de SP e outras regiões. Houve também muitos curiosos que elogiaram meus textos. Outro fato interessante foi ser abordado por três Boys, dois paulistas e um goiano que me adicionaram no skype por curtirem meu perfil. A ideia era estabelecer uma parceria para atendimentos em duplas.

O goiano chama-se Felipe, formado em gastronomia é chefe de cozinha, veio para São Paulo em novembro de 2012 e desde então trabalha como garoto de programa na capital. Trocando uma ideia com ele pude saber que a convivência entre gps pode não ser tão pacifica. É preciso saber escolher bem o circulo de amizades. Em seu caso, ele topou com um boy bom de lábia que propôs que dividissem um flat, porém em pouco tempo de convivência os problemas começaram a aparecer. O boy cujo nome não vou citar acabou levando Felipe no papo, que bancou parte do flat e vem enfrentado problemas de convivência como ter que ouvir histórias fantásticas com invenções descabidas, ter que organizar a bagunça do “amigo” e de certa forma arcar com despesas extras. Falei um pouco sobre minha experiência em republicas de estudantes e recomendei que ele buscasse outro lugar para não acabar afundando no rastro do boy malandro. Até indiquei o hotel onde eu estava hospedado. Mas creio que ele buscará uma solução legal para não encarar mais esse tipo de problema.

São Paulo pode ser uma terra de oportunidades, porém é um lugar que nos obriga de certa forma a ser duro e não amolecer em qualquer papo. É preciso ter cuidado, principalmente nas amizades que surtem pelo caminho, pois nem todos são dignos de confiança e isso pode contaminar nossa alma e nos corromper a ponto de mudar nossa personalidade. Tudo por uma questão de SOBREVIVENCIA. Percebo que infelizmente muitos boys se deslumbram com a cidade e quando chegam pulam de hotel em hotel, vivem na corda bamba, a sorte de fazer grana rápida para bancar estadia e alimentação. É realmente desumano, pois muitos saem de suas cidades, largam tudo para correr atrás de um sonho. E claro, se não tiver foco acaba sendo ENGOLIDO pela metrópole.

Mais um convite para atender em dupla pintou. Dessa vez um boy que se dizia PM, pelo menos em sua foto de perfil no skype ele se apresentava uniformizado. Bem, curiosidades a parte não me interessei muito se ele de fato era um policial, o fato era que ele curtiu meu perfil, morava próximo ao hotel onde eu estava e me fez a proposta para atender um cliente que estava afim de foda a três. Marcamos o horário e cheguei mais cedo em seu apartamento para trocarmos uma ideia e nos conhecer antes.

Fernando era branco, alto, um pouco acima do peso;  com alguns minutos de conversa o papo foi desenrolando, mas confesso que era tudo muito estranho. Havíamos  conversado pelo skype e em menos de uma hora eu estava sentado em sua cama fazendo perguntas sobre o cliente e algumas sobre o próprio Fernando.

Cara, você é PM mesmo?

Sim, sou, Faço programas por fora, não é sempre. Faço para tirar um por fora.

E você já esbarrou com algum colega seu de profissão?

Já, nossa! Mais de uma vez!

Mas e ai, ele não viu que era você na foto? Não percebeu?

Não. Nunca exponho foto de rosto. Explicou.

E seu cliente? O que ele curte?

Cara, ele curte tudo. Mas ultimamente tá me comendo e gosta de ver outro cara me pegando também, principalmente de fazer DP em mim. Como eu gosto de branquinhos assim que vi seu perfil  resolvi te chamei.

Saquei...

21h30 o cliente de Fernando chegou. Tímido por minha presença, apertamos as mãos e Fernando fez as honras da casa, começamos a nos pegar num beijo triplo e logo tiramos nossas roupas. Ambos faziam o estilo urso. Enquanto eu beijava o cliente, Fernando ajoelhou-se e ficou entre nossos cacetes, logo tratou de mama-los até que ficassem em ponto de bala. O cliente deitou-se esparramado na cama e pediu a Fernando.

Cai de boca no meu pau, vai.

Fernando ficou de joelhos na cama chupando seu cliente e deixou sua bunda grande e branquinha em minha direção. Dei um tapa servido em sua bunda e passei minha língua, dando alguns beijos e algumas mordiscadas; Não demorou muito e fiz um beijo grego que fazia-o gemer em cima do cliente.

Ta gostoso é? O cliente perguntava para Fernando.

Ta... Ele chupa muito gostoso. A boca dele é maravilhosa, grande e quente.

Do nada começaram a cochichar coisas, como em segredo. E eu lá no traseiro do cara ouvindo e querendo rir do papinho dos dois. Tive que me conter. O chato de você ser aperitivo de uma dupla que se conhece há tempos é isso. Eles tinham uma certa intimidade para conversar entre eles e de uma forma ou de outra você se sente de fora, acaba rolando um estranhamento, como se você estivesse sendo avaliado.
Bem, nessa hora meu tesão esvaiu-se como poeira e me joguei na cama para que Fernando meu chupasse. Assim que ele viu meu pau mole caiu de boca, acho que ficou com medo de que eu broxasse com o cliente. Enquanto ele me chupava gostoso eu chupava o cliente e cai de boca em sua virilha, que sem dúvida acaba sendo um dos pontos g de todo homem ou quase todos.

A chupeta de Fernando me trouxe de volta ao jogo e partimos para comilança. Peguei Fernando de quatro e de frango, meti gostoso em sua bunda grande e branquela, logo o cliente participou da rodada e partimos para sessões de DP, afinal o cliente gostava de ver Fernando ser penetrado por dois e assim o fizemos. Porém, levou um tempo para conseguirmos a proeza, mas acabou rolando com o cliente deitado na cama e Fernando sentado em seu pau, assim pude vir por trás; Depois invertemos para frango assado, com Fernando deitado em cima do cliente. Nessa transa ambos gozaram duas vezes.

Cheguei no hotel por volta de 23h, pedi um lanche, liguei a TV, o note e fui zapear. Havia muita gente no chat, mas 100% só na enrolação. Era 1h da manhã quando por coincidência esbarrei com um cliente da minha segunda temporada em SP. Ele quis marcar um programa para segunda-feira pela manhã pois estava cansado para madrugada. Até propôs para eu ir dormir com ele, mas essa eu não quis, estava cansado e quando é assim gosto de reclusão e de uma cama para eu me esparramar sem ter que me preocupar.
Como era de se esperar segunda-feira é um dia para por a casa em ordem e o programa acabou não rolando; Por fim tomei meu café em paz, arrumei minha mala e como Cavaleiro sem cabeça que sou, vaguei pela terra desconhecida rumo a meu porto seguro. Ao contrário do cavaleiro original, eu não tinha um corcel negro para montar, mas tinha um outro “Eu, modificado pelos encontros e desencontros que São Paulo me proporcionou. De fato eu não voltei com a mala cheia de moedas de ouro, porém voltei com algo de maior valor, bagagem preenchida, novas parcerias, contatos e um pouco mais conhecido no tal reino onde só é permitido a entrada de poucos. Afinal, como diz Shakespeare em Hamelt: Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.


O garoto errado

garotoprivado@hotmail.com

Um comentário:

  1. Incrivel...
    a maneira que você escreve é envolvente!
    Quanto mais eu leio, com mais vontade de ler eu fico!
    Desperta curiosidade diretamente proporcional com um tesão incontrolável!
    Ja pensou em vir pro Rio...?amadureça a ideia!
    Um abraço e parabéns pelo trabalho!
    LuizFelipe.

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