Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.
[Platão]
Ao acordar por volta de 11h peguei meu celular e haviam 3 mensagens. A primeira era de um
cara que tinha sonhado comigo, a segunda era de um cliente desmarcando uma
viagem e a terceira era de alguém informando a missa de sétimo dia da morte de
um cara com quem eu ainda não havia saído. Fiquei alguns minutos em estado catatônico,
zonzo, tentando lembrar quem era...
Seu nome era Kleber,
um rapaz de 31 anos, noivo de uma moça, branco, corpo normal, voz grave e
sotaque do Sul. A primeira vez que falamos foi num sábado à noite, eu estava
viajando e meu celular tocou, atendi, era ele perguntando quanto eu cobrava para
passar uma noite com ele. Disse que estava sozinho pois sua noiva havia viajado
e ele tinha visto meu anúncio. Eu disse que era impossível naquele momento, pois
eu estava viajando e voltaria somente no domingo à tarde. Ele perguntou então
se poderia me ligar outra hora para conversarmos e afirmei positivamente.
Dias depois, em uma
noite qualquer meu celular toca, era Kleber novamente. Conversamos por alguns
minutos, ele disse que estava muito na fissura de poder ficar com um cara. Pois
ele estava num momento reflexivo, querendo mudar sua vida, namorava já há
muitos anos e estava noivo de uma menina, mais estava infeliz. Segundo ele,
precisava ter um momento com um cara para ter certeza se ele gostaria ou não de
se relacionar com alguém do mesmo sexo, a partir daí ele estaria disposto a
terminar seu relacionamento para encontrar alguém que preenchesse esse vazio
que ficou dentro dele.
Mais você já teve
algum caso com algum cara, já saiu ou rolou alguma experiência? Perguntei a
ele. E então ele confidenciou algo.
Sabe Eduardo, eu
cheguei a ter um relacionamento com um cara anos atrás, quando eu ainda estudava...
Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, foi muito bom... Tenho muitas
saudades dele. Mais tive quer terminar nosso namoro. Por isso eu quero
novamente ficar com um cara com quem eu possa fazer tudo, ficar junto e ver
qual é a minha. Se for isso mesmo eu começo do zero!
Confesso que fiquei
mexido com isso. Não por achar que eu faria parte de algo, imaginando um
romance com o cara. Não! Mais sim alguém
que mesmo sem ele conhecer direito poderia ajudá-lo em seu dilema. Era como se
Kleber fosse um prisioneiro de sua própria existência ou das pessoas que o
cercavam, dessa forma ele não se permitiu viver o que queria ter vivido ou dar
continuidade no relacionamento que ele havia gostado tanto. Isso me fez lembrar
os homens prisioneiros na caverna que não podiam ver a luz do dia, intitulado Mito da Caverna, escrito por Platão.
O mito
fala sobre prisioneiros que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e viviam
presos em correntes tendo a sua frente somente uma parede de pedra. A caverna possuía
uma fresta por onde passava a luz do dia e a noite a luz de uma fogueira acessa
por outros homens que viviam fora da caverna. A luz gerada produzia sombras
representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações
do dia-a-dia. Os prisioneiros ficavam dando nomes às imagens (sombras),
analisando e julgando as situações e com muito medo de enfrentarem o que para
eles era desconhecido. Entretanto, um dos prisioneiros consegue libertar-se e
se move em direção a fresta, ao sair da caverna ele descobre que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais
além todo o mundo e a natureza.
E como não é de se
esperar é muito difícil mentes viciadas abrirem seus pensamentos para o novo e
de certa forma o novo nos assusta. Esse homem então tem um dilema. Caso ele decida voltar à caverna para
revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que
se encontram, pode ocorrer sérios riscos - desde o simples ser ignorado e
ridicularizado, até taxado como louco e inventor de mentiras por seus
companheiros, que poderiam matá-lo para não serem influenciados por novas
ideias as quais eles não aceitam, além da parede de pedra que veem a sua
frente.
Ainda na cama fiz um
momento de reflexão sobre como conduzimos nossas vidas e sobre o quanto nos
privamos em nome de valores impostos pela sociedade. E ai ficam os caminhos, as
escolhas que fazemos e o quanto isso impacta nem nossa felicidade ou
realização. Kleber infelizmente não viveu o amor que ele quis, acabou sufocando
seus desejos e quanto quis novamente retomar seu ponto de partida, a vida foi
interrompida por uma fatalidade. Apesar de não tê-lo conhecido pessoalmente,
desejei naquela manha que seu espírito encontre paz onde ele estiver.
Enfim pus meus pés no
chão e comecei meu dia. Ainda sonolento preparei meu café da manhã, que não é
lá grande coisa, sempre uma banana amassada com neston, café preto e pão
francês, logo depois suplemento para fazer meu treino de musculação e quando vi
já na hora do almoço. Dei uma zapiada pelo chat e consegui agendar algo para o
fim de tarde. Um coroa me abordou no bate papo e disse que queria ser ativo
comigo, respondi algumas perguntas de praxe, mostrei algumas fotos e ele então marcou
num hotel bacana no centro da cidade para ás 18h.
Cheguei no horário
marcado, apresentei-me na recepção do hotel e subi. Era o último quarto do
corredor, após duas batidas na porta Savio me atendeu. Tratava-se de um senhor,
branco, cabelos grisalhos, barrigudo e com voz muito grave. Feito os
cumprimentos sentei-me na cama e enquanto tirava minha roupa trocamos algumas
palavras.
Então você sempre
quis ser ativo e nunca conseguiu. Perguntei
Sim, eu marquei com
um rapaz em São Paulo, mais ele não quis dar de jeito nenhum pra mim, fiquei louco
de tesão e não pude meter!
Logo pensei: Meus Deus, esse coroa deve ter um pau enorme dentro dessa bermuda.
Será que hoje eu mato
minha vontade de comer um cu? Perguntou ele sem rodeio nenhum
Opa! Claro, vai poder
comer legal. Respondi com um sorriso sacana.
Usando somente cueca boxer
fiquei ao lado da cama. Savio aproximo-se passou sua mão pelo meu corpo e disse.
GOSTEI!
Começamos a nos
pegar, ele me deu alguns selinhos e com sua boca começou a explorar meu corpo,
beijou meu pescoço, nuca, mamilos e barriga. Tirou devagar minha cueca, pegou
no meu pau e apertou junto com o seu. Abraçado a ele eu tentei matar minha curiosidade
e acariciei seu pau que já fazia volume na cueca e para meu alivio não era nada
grande.
Savio então ficou
peladão, deitou na cama com aquela barriga enorme para cima e me chamou. Fui
feliz por saber que o pau dele não era grande, pois ele havia me assustado
falando que o primeiro cara não deu para ele, nem pagando (vai ver ele
contratou um cara só ativo). Na cama fizemos um 69, porém ficou engraçado eu
por cima da barriga dele, parecia que eu estava encurvado em cima de um puff,
mais encarei com naturalidade. Coloquei uma camisinha no pau dele de mamei
gostoso, variando com algumas chupadas no saco e mordidinhas que deixavam o
tiozão com um tesão danado. Ele por sua vez segurava minha bunda com as duas
mãos e a beijava sem parar, além de esfregar seu rosto em meu rabo.
NOSSA QUE CU LINDO
VOCÊ TEM RAPAZ!
Disse Savio antes de
cair de boca na minha bunda, ele lambia e gemia muito, até que mandou eu ficar
de quatro, pois era chegado o grande momento de matar sua vontade. E assim o
fez, meteu suave e devagar, como o pau dele não era grande e a barriga enorme,
da para imaginar que parte do pequeno polegar ficou para fora, mesmo assim ele
se realizou com a parte que entrou. Ele metia num ritmo devagar como que se
degustasse cada vai e vem e repetiu muitas vezes.
QUE DELICIA!
Em menos de cinco
minutos ele gozou e gemeu muito alto, a ponto de ficar com falta de ar. Por
alguns segundos ele ficou parado em pé.
Nossa que sensação
gostosa rapaz. disse
Enquanto nos arrumávamos,
ele perguntou se eu trabalhava com mais alguma coisa, pois era de São Paulo e
estava na cidade para implantar uma empresa que forneceria peças para um
multinacional. Enquanto conversávamos eu notei uma aliança em seu dedo (casado)
e logo lembrei-me de Kleber, o rapaz que era noivo de uma menina e não tive
tempo de conhecer. Me perguntei se ele teria seguido em frente, se teria a
coragem de jogar tudo para o alto em busca da sua felicidade ou se ele talvez
teria sufocado seus desejos para construir uma vida nos moldes aceito pela sociedade...
Eu nunca irei saber.
Voltando para dentro
do quarto com Savio, falei sobre meus últimos trabalhos que havia realizado e
ele contou que futuramente ele ira contratar pessoas para diversos setores,
logo ele poderia me ajudar, que ficaríamos em contato sobre isso e nossa próxima
foda seria daqui a duas semanas.
O que Platão quis
dizer com o mito: Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os
prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas
pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna
simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade.
Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas nfluências
culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.
O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com
Paralelo por demais interessante, texto mais uma vez bem elaborado. Nos faz pensar o quanto a busca da felicidade vale a pena. Se realmente estamos dispostos a jogar tudo pro alto em busca da real felicidade sacrificando a vidinha monótona e real que levamos a cada dia. Uma vez mais parabéns por nos proporcionar essa reflexão querido.
ResponderExcluirnossa, esse seu texto coube direitinho em minha vida, há momentos em que me sinto dentro de uma casca de ovo, quando penso que vou me libertar... vem a vida novamente e me joga dentro da casca novamente
ResponderExcluirPossuir varias mascaras sociais, nos torna mais interessantes e enigmaticos, pois atraves delas somos personagens multiplos de uma mesma existencia,que usufruem da luxuria, mentira,hipocrisia,odio,inveja ...se desfazendo totalmente de sentimentos emotivos ou amorosos, na qual se torna cada vez mais racional e tranquilo...
ResponderExcluirBoa noite, Eduardo! Sempre leio o seu blogue, ainda que de maneira não cronológica. Gosto muito do conteúdo e da forma como você o escreve. Há, entretanto, algo que me incomoda (e talvez a muitos outros leitores) e que sempre guardei para mim. Espero que não me leve a mal, mas só vou comentar o caso como forma de ajudá-lo a escrever mais e melhor. Atente para o fato que a palavra "mas" não possui "i" quando expressa o sentido de "porém", "todavia", "entretanto"... A grafia só muda para "mais" quando se refere a adição, ou quantidade.
ResponderExcluirEx: "Eu queria ir, MAS não pude" ou "Hoje estou MAIS cansado que ontem".
Não sou professor de português e também escorrego na gramática. Mas como percebi que esse equívoco é recorrente em seus textos, resolvi alertá-lo. Espero que não se chateie. Abraço!
Alex.
Alex, obrigado pela dica! Não fico chateado de forma alguma, pelo contrário, me ajuda e muito na escrita. Valeu por acompanhar o blog e comente quando quiser. =]
ResponderExcluirQue bom que não fica chateado com isso, pois falei mesmo com a melhor intenção. Abração!
ExcluirAlex