26 de dez. de 2013

FADE IN_TOWN_O INICIO

Conheço todo mundo e não conheço ninguém, todo mundo me conhece e ninguém sabe como sou.

Há sentimentos e sensações que o tempo não muda... Lendo meus escritos encontrei esse antigo texto sobre minha primeira ida a São Paulo. Uma época tumultuada, de preparação para me tornar Eduardo, repletada de acasos bons e ruins em busca do crescimento. Para 2014 pretendo retornar ao ponto de partida, quem sabe eu concerto o que foi quebrado tempos atrás.

Prometeu que não iria chorar, mas chorou, arrumou as malas com poucas roupas e objetos. Na mochila colocou seu notebook, da estante, retirou uma máscara de teatro grego, um porta-retrato, alguns livros, entre eles “A Hora da Estrela” de Clarice Linspector. Na Em fundo falso de uma gaveta, pegou uma pequena chave, abriu uma caixa de madeira, retirou uma quantia em dinheiro das econômicas guardadas e partiu.
Caminhou em direção ao ponto carregando uma pequena mala na mão e uma mochila nas costas, no ônibus, sentou-se e durante o trajeto chorou. Chegou a rodoviária, no guichê comprou uma passagem com destino ainda incerto. Com a cabeça encostada na janela, observou as mudanças de paisagens... Casas, ruas, estradas, morros, fábricas, pastagens... a cada quilometro percorrido, tinha certeza de que não regressaria mais...acalmou-se e dormiu longamente.

Um hora depois...

Assustado acordou, a imagem ainda turva apresentou prédios, caminhões, letreiros, carros, e um largo rio que cortava a rodovia. Esfregou os olhos e acertou a postura no banco. O ônibus parou... Limpou o rosto, fragilizado, levantou-se com os demais passageiros, pegou sua mala e mochila e desceu... Nenhum pensamento lhe ocorreu, desceu o primeiro, segundo e terceiro degrau... Bem vindo a São Paulo, foi a primeira coisa que pensou.

Passos lentos... Os olhos percorriam cada extensão, lojas, pessoas, sonoridades, aromas... Tudo estava ali, organizado dentro de um caos. Subiu as escadas rolantes e deparou-se com mais lojas, restaurantes, pessoas de diversas origens, altas, baixas, negras, brancas, gordas, magras, crianças, adultos... Sentiu uma imensa necessidade de se integrar aquele lugar, não sabia como, mas havia encontrado uma sensação que o impulsionava a caminhar para frente, para o mundo que ali se mostrava novo.

A cada passo dado, sua imagem confundia-se com a imagem das demais pessoas, sua mala e mochila multiplicara-se, suas roupas fundiam-se... Então, num simples plano de câmera, desapareceu, sem destino, sem referências, era apenas mais um, ainda sem idade, sem nome, sem sexo, sem história, como uma folha em branco, onde se é possível escrever, mas no seu caso, era possível reescrever...

continua...


20 de dez. de 2013

NAVIO NEGREIRO E MALAS PRONTAS

O dinheiro representa uma nova forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal. [Leon Tolstoí]

O ritual de uma viagem consiste em abrir o guarda roupa, escolher camisas, calças, cuecas, meias, sapatos, blusas, cintos e óculos de sol. Separar pasta e escova de dentes, fio dental, sabonete, shampoo, condicionador, creme e aparelho para barbear, creme corporal, protetor solar, protetor labial, pomada para pele, preservativos, gel lubrificante, dinheiro para estadia, cartões de crédito e passagens. Ufa... Mas a sensação de que sempre estávamos esquecendo algo sempre é presente.

De malas prontas embarquei para Campinas a fim de explorar outro mercado diferente de São Paulo. Me instalei em um flat na rua Barreto Leme, muito bacana, com quarto privativo, sala e cozinha equipados. Embora eu houvesse confirmado se era permitido receber visitas eu não sabia como os funcionários do flat iriam reagir com a demanda de clientes, se essa fosse grande. O certo era que eu arriscaria, pois não se tratava de uma rede grande como o hotel IBIS, onde o fluxo de entrada e saída de hospedes e visitantes sempre é grande. De uma forma geral a estratégia nesses casos é ser mais discreto e cordial possível, sobretudo com os funcionários. Fazer cara de poucos amigos como se o fato de você pagar a diária lhe desse o direito de ser arrogante não é um bom caminho. A fidelidade de um serviçal é preciosa nos momentos mais oportunos. Trate um camareiro como reles empregado e você estará fadado a um tipo de espionagem indiscreta, pior do que o sistema de câmeras, pois além de ser constantemente vigiado por ser o hospede chato e folgado seus lençóis e toalhas serão contatos a cada diária de sua estadia.

Isso faz lembra as histórias de senhores e escravos. Segundo alguns fatos os negros vingavam-se de seus donos cuspindo em suas comidas ainda nos tachos durante o preparo nos fogões de lenha. Servidos em pratos de porcelana e talheres prateados para seus senhores as inundices eram dissolvidas em sopas, tortas e quitutes, que para deleite dos senhores eram consumidos sem direito a ceder restos para os negros na senzalas. Era um senso de justiça velado contra o chicote nas costas...

Ao chegar em Campinas tive a agenda tomada por um cliente que havia estado comigo em São Paulo. Cassiano dessa vez ele fez questão de fechar um dia todo só para ele. Confesso que pra mim era algo inédito em temporadas, pois levo um tempo para me habituar ao hotel, gosto de chegar e ter um tempo solo, porém eu também não dispenso oportunidades, algumas podem ser únicas.

Cassiano é um rapaz de 21 anos, alto de pele bem clara e muito simpático. Ele havia me encontrado pelo meu blog e como bom leitor devorou tudo o que escrevi, sabia de todos os meus gostos a ponto de me lembrar de coisas que escrevi. Curiosamente ele tinha o hábito de durante a conversa ficar me encarando seriamente, como se me analisasse. Era um porre, mas era uma mania dele que embora eu respeitasse eu não pude me conter e brincar de forma irônica só para provocá-lo.

Lembra daquela brincadeira de quem aguenta ficar olhando no olho do outro sem rir? Perguntei a Cassiano.

Sim, lembro. O que tem?

Acho que você era campeão nisso né? Você não para de ficar me olhando e me analisando.

Ah Eduardo, gosto de ficar te olhando. Você não gosta?

Não é que eu não goste, mas é estranho você assistir TV ou fazer qualquer coisa com alguém que se volta para você e o fica olhando, olhando, olhando. Não acha? Rimos

Ta bom, vai, vou parar de ficar te encarando.

Isso ae...

A estadia com Cassiano foi bem agradável, ele me levou para conhecer o shopping Iguatemi e para jantar fora, fomos a uma pizzaria muito boa e tradicional na cidade, bebemos vinho, conversamos sobre família, amigos, viagens e quase que fechamos a pizzaria de tanto falar.

No sexo o rapaz era somente ativo e para minha surpresa ele tem uma bela ferramenta, ficamos bastante nas preliminares e depois ele foi para o abate, apesar da ferramenta bem dotada ele disse que possuía pouca experiência, então, fomos num ritmo mais tranquilo, mas após um tempo metendo e algumas posições eu não aguentei mais. Cassiano tem um pau muito grosso e com excesso de pele no prepúcio, isso de uma maneira geral dificulta a penetração. Segundo Cassiano ele irá fazer uma cirurgia para remoção desse excesso de pele e em fevereiro terá um novo brinquedo mais arrojado. Serei o primeiro a testar.

Após a partida de Cassiano eu pude abrir minha agenda e atender outros clientes. Campinas não tem um ritmo intenso como São Paulo, mas ainda sim apresenta um mercado interessante. Muitos homens entraram em contato comigo, atendi a um número relativamente expressivo de clientes.

Alguns clientes interessantes vieram pelo Grindr, como Robson, com estilo de homem comportado conversamos um pouco pelo grindr e depois pelo whats app. O recebi na recepção do flat e juntos subimos para o quarto. Ao chegar no flat ofereci água, ajustei o ar condicionado; Enquanto ele tirava seus sapatos na sala eu também me despi e fiquei só de cueca. Robson pareceu um pouco tímido, nos abraçamos e começamos a nos beijar, ele então se entregou ao momento e a pegação rolou deliciosamente. Muitos beijos, chupadas e afagos. Como Robson achou meu pau grande e grosso ele preferiu não ser passivo.
Ficamos na pegação e juntos gozamos batendo uma bela punheta. Houveram outros além de Robson e de Cassiano, mas confesso que me cansa escrever sobre transas, sexo é sexo. O que me chama atenção são os fatos que nos levam para a cama.

Campinas é uma cidade com potencial, mas como todo cenário novo é preciso explorar oportunidades, se fazer conhecer e claro, fidelizar clientes. Como de costume, sempre no último dia, já na rodoviária, horas antes de embarcar recebi algumas ligações. E claro, prometi um retorno em breve. Afinal sempre há um navio negreiro viajando, colhendo e deixando escravos pelas cidades. As correntes foram quebradas, mas a sede dos senhores por carne e sexo só aumentou. Vivemos um tempo onde algumas escravidões são consensuais e paga-se um preço por elas.

 Hoje a chibata que comanda é o capitalismo e já que não posso ir contra isso, jogo com a ideia de que é possível comprar meu sexo, mas não no momento em que se quer. Em tempos áureos o desejo de se ter um escravo branco era quase inacessível para muitos senhores e ainda continua sendo nos dias atuais.
Lembre-se, nunca trate um serviçal mal. Ele pode cuspir em sua comida.


O garoto errado

12 de dez. de 2013

IMAGEM DISTORCIDA

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de vinte anos
E eu tenho mais de mil
Perguntas sem respostas [20 Anos Blues - Elis Regina] 

Eduardo surgiu em um momento de transe, de identidade bagunçada, de perguntas não respondidas, de feridas abertas, de dePRESSÃO...

Quando Eduardo nasceu eu o via como mero personagem para ganhar dinheiro em troca de sexo, de prostituição. Afinal, todo garoto ou garota de programa precisa ter um nome de guerra, ainda mais para aqueles que desejam sair ilesos da profissão. Sem carimbo na carteira de trabalho, sem seguro desemprego, sem FGTS e o mais importante, sem lembranças.

Mas com o tempo Eduardo foi se posicionando e hoje me vejo misturado no que ele representa para muitos. O fato de se criar um outro “eu mesmo“ é que este por sua vez cria expectativas em outras pessoas. E quando o encontro se da ao vivo as impressões se confundem, pois o que imagina-se a “seu” respeito nem sempre é compatível.

Muitos chegam até mim chegam através do meu blog. É engraçado, mas quando comecei escrever eu jamais imaginei que uma pessoa iria se dar ao trabalho de ler  tudo o que escrevo. Embora as pessoas achem que a escrita veio pela minha graduação, eu digo que não. Mesmo depois de formado eu jamais exerci o ofício das letras. A escrita veio pelo simples desejo de por pra fora tudo o que sinto em relação ao que estou vivendo. Escrevendo muito ou escrevendo, pouco eu jamais achei que Eduardo seria detalhadamente observado pelo que meu “eu mesmo” escreve. Eu estava errado...

Tenho passado muito tempo na cia dele, por Eduardo me esqueci dos meus antigos amigos e em parte da família. Em meu quarto a mala de viagem já não fica mais em cima do guarda roupa e sim no chão, nem bem chego em casa e já tenho que arrumar novamente as malas para morar por algumas noites me flats e hotéis.
Sinto-me engolido por tudo o que vem acontecendo, talvez eu saia ileso, talvez com alguns cifrões consideráveis na conta bancaria ou até com bagagem suficiente para escrever um livro, quem sabe depois desse feito vou parodiar um modelo de vida concreta, planto uma árvore e tenho um filho. Mas o que é certo, é que o futuro é sempre incerto, a vida é um imenso emaranhado de acasos, por isso até lá vou seguindo na batida do número de Liza no filme Cabaret.

Money makes the world go around
The world go around
The world go around
Money makes the world go around
It makes the world go 'round.



O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

6 de dez. de 2013

NETWORKING E SEXO

Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje. [Franklin Roosevelt]

O mercado do sexo renova-se todos os dias, a cada minuto e a cada instante. A expressão “Carne nova no pedaço” não é somente uma expressão, é um fato. E o que era novidade hoje já não é mais novidade amanhã. Dura realidade para quem vive ou migra para São Paulo a fim de viver de sexo poderíamos taxar como destino infeliz.  Mas o fato maior é que tudo depende única e exclusivamente de você, pois carnes novas são apreciadas sempre e o que ficam são os ossos.

São Paulo me proporcionou um campo de visão além do que eu vislumbrava na pacata São José dos Campos. Foi na vida nômade entre via dutra e hotéis na região da Paulista que consolidei minha fatia no mercado construindo uma carteira de clientes, ainda que efêmera, pois nunca podemos acomodar. Em minha última temporada na capital neste ano de 2013, fiz cerca de 14 programas, alguns deles com duração estendida que me garantiu altos rendimentos, mas dinheiro não é tudo, afinal repassamos notas e notas nessa vida capitalista e assim como ele abrilhanta nossa conta bancária eles se esvai como água pela torneira. É preciso criar oportunidades... Revi pessoas, conheci outras, entre elas outros profissionais do ramo com quem me relacionei. Uma das peculiaridades é que fiz meu primeiro programa para um voyer.

Voyer é chamado a pessoa que sente prazer em observar o ato sexual entre outras pessoas. Para esse observador não é preciso tocar o corpo do outro, mas sim observar. Confesso que me senti um pouco nervoso por ter um observador a espreita na meia luz do quarto, mas com o tempo fui me deixando levar pela situação e logo estava me deliciando na transa com o outro boy convidado. O nome dele é Emmanuel, recém chegado do Recife trata-se de um menino jovem, de sorriso malicioso e pele sedosa. Embora o cliente houvesse agendado o programa com uma semana de antecedência eu tive que negociar com Emmanuel em questões de minutos, pois o primeiro rapaz que havia marcado acordou tarde e cancelou o que havíamos marcado. De Emmanuel eu sabia apenas suas características físicas e preferências na cama, o jogo entre a gente foi feito na hora. Felizmente correu tudo bem, ele foi ativo e conseguimos uma sintonia legal na transa, com posições e closes que satisfizeram nosso Voyer ao extremo.

Em meus cinco dias na capital conheci também Arthur, fizemos contato pelo Grindr, vi que eu e ele estávamos no mesmo hotel, porém ele havia ido atender um cliente. Trocamos algumas palavras e logo estávamos no whatsApp. Arthur é natural de Rondônia e veio para São Paulo há dois meses atrás para o aniversário da The Week; Encantando com tudo o que viu, decidiu não voltar mais para sua cidade natal. Passou a morar em um hotel no centro de São Paulo e por conselho de um amigo começou a fazer programas para se manter na selva de pedras. O rapaz tem um belo corpo e ar inocente. Ao vê-lo é inegável dizer que ele ainda preserva a pureza e a inocência de um menino que depara-se com a cidade grande. Mas também é inevitável não dizer que ele ira se corromper pelo purgatório de prazeres e necessidades que São Paulo nos impõe, seja com baladas, excessos, prazeres ilícitos ou nas mãos de clientes que sugam nossas almas. Cabe a ele escolher as cartas com as quais quer jogar.

Arthur não possuía blog e nem anúncios em sites conhecidos, então, para fazer clientes passou a frequentar saunas e trabalhar por programas androides em seu celular, como Scruff e Grindr, com isso conseguiu alguns clientes fixos, entre drogados e excêntricos que bancam altas quantias por cia horas a fio. Conversamos um pouco, passei algumas informações sobre a cidade e como auxilio montei um blog para que o rapaz pudesse divulgar suas fotos e seu perfil. Se ele souber trabalhar poderá chegar longe e conquistar seu espaço na cidade.

Encerrei minha sexta temporada em São Paulo com saldo mais que positivo, foi um ano muito especial por superar meus limites. Tudo que fiz até aqui foi em parte intuitivo em parte analisado. Creio que todos nós saímos de um ponto zero e como num tabuleiro podemos avançar casas, voltar outras ou tirar cartas de azar. Porém, a única certeza que tenho é que podemos começar de novo e talvez de um novo tabuleiro. São Paulo foi uma espécie de campo de treinamento, o qual não pretendo finalizar minha caminhada e sim aperfeiçoar meus passos, procurando crescer sempre. Mas agora me sinto pronto para alçar novos voos e explorar novos mercados. De malas prontas, passagens compradas e hotéis reservados meus próximos destinos são Campinas e Curitiba.

O garoto errado

garotoprivado@hotmail.com

24 de nov. de 2013

BRINQUEDO PARA DOIS

Saboreiem do amor tudo o que um homem sóbrio saboreia do vinho, mas não se embebedem. [Alfred de Musset]

Nunca fui do tipo de cara que teve sorte no amor, quando era adolescente sonhava a utopia de um amor para vida toda e na busca por isso me enganei constantemente. Tropeços e tombos foram inevitáveis. Hoje, na pele de Eduardo percebo que as relações estão cada vez mais liquidas, as pessoas passaram a ser mais egoístas não só por dentro, mas nas pequenas situações do dia a dia que com o tempo viram disputas... Amamos hoje para odiar amanhã.

Com o tempo passei a atender alguns casais gays. Muitos deles depois de anos de convivência abrem suas relações para incluir um terceiro na transa. Isso de fato quebra o cotidiano e traz algo novo para relação sem que o amor de um pelo outro seja traído num sentido mais profundo, o desejo por um estranho é apenas carnal, gozou acabou.

Era 22h quando Marcus me chamou pelo whatsapp querendo saber se eu tinha disponibilidade para atender ele e seu namorado  noite. Confirmei, conversamos por um tempo, tirei suas dúvidas, definimos um horário e local e por fim fechamos um programa por quatro horas. Seria no local deles regado a conversa, petiscos e vinhos.

Ambos me buscaram e fomos para a casa deles num bairro nobre do outro lado da cidade. Chegando fomos recepcionados pela imensa pastora alemã que o casal tinha, apesar de grande ela era muito dócil e carinhosa. Com um lenço amarrado no pescoço ela veio me recepcionar e depois ficou andando e brincado perto de nós. Como tínhamos tempo ficamos um tempo na área  externa da casa que dava acesso a um jardim relativamente grande, com grama baixa, árvores pequenas e trepadeiras que cobriam um muro bem alto.

Bebendo vinho tinto seco conversamos por um longo tempo. E como eu era novidade para o casal já maduro , a conversa foi toda direcionada ao meu trabalho como GP e claro, com as mesmas perguntas que todo cliente faz. Como você começou? Já encontro algum conhecido? O que te pediram de mais diferente? Quantos programas você faz por dia? Entre tantas outras mais. Respondi a todas calmo e seguro e senti que o vinho fazia algum efeito, pude sentir pelas mãos e rosto vermelhos e quentes.
Marcus e Rogério tinham oito anos de diferença, sendo Rogério o mais velho, cerca de 52 anos e mais sacana. Cara de tarado mesmo, até mais do que eu, eu diria.

Eduardo, Você curte chupar?

Curto.

Chupa meu pau gostoso agora?

Ajoelhei e comecei a mordiscar o cacete de Rogério por cima da roupa, que ficava em ponto de bala conforme eu brincava. Logo tirei o sacão dele por entre a cueca o a bermuda, sem necessariamente tirar sua roupa e com a boca quente pelo vinho mamei seu cacete gostoso enquanto ele beijava Marcus.
Fomos para o quarto e fudemos a três deliciosamente. Marcus era mais encorpado e tinha uma bela bunda avantajada.  Antes de penetrá-lo a pegação entre nós três rolou solta, Marcus caiu de boca em meu pau, enquanto eu chupava Rogério. Em todo momento fiquei no meio do casal, entre os beijos triplos, as linguadas no saco e no cuzinho, num verdadeiro sanduíche entre corpos masculinos.

Come ele para eu ver. Disse Rogério a mim.

Coloquei Marcus de quatro, lubrifiquei seu bunda e comecei metendo devagar. Rogério era um coroa safado, observou por pouco tempo e aproveitou enquanto eu comia Marcus, para por camisinha, lubrificar e brincar com meu cuzinho num tipo de trenzinho. Mas o encaixe não rolava, nossos movimentos não estavam sincronizados.

Quando senti que Marcus havia acostumado com meu pau eu acelerei as metidas e o comi vigorosamente. Ele gemeu forte com as estocadas. Até que não aguentou mais e paramos. Rogério então aproveitou para me comer e ai foi a minha vez de gemer, ele estava com tesão pra fuder. Enquanto ele me penetrava por trás Marcus deitou de peito pra cima e encaixou meu pau em sua boca e ficou mamando gostoso, até que Rogério gozasse.

Sob o efeito do vinho ficamos os três jogados na cama por mais ou menos meia hora, até que um a um foi para o banho, nos arrumamos e descemos para o jardim novamente. A noite estava fria. Na sala, Rogério ligou solicitando um táxi me buscar, enquanto esperávamos tomamos mais um pouco de vinho. Minutos depois eles me acompanharam até a portaria, corpo mole, noite gelada e com o sangue quente e pulsante. Era hora do garoto feito de brinquedo da noite voltar para caixa.

O que mais me tocou foi que o casal era fiel aos seus sentimentos , amavam-se a ponto de abrir concessões na cama para não corromper seus sentimentos um pelo outro. E mesmo que isso soe estranho a você que me lê eu encaro isso como um modo de refazer laços de afeto. Evidente que com o tempo nos cansamos de uma relação onde tudo é igual, inclusive o sexo. Então, por que não buscar algo novo com meu parceiro e também para nosso prazer?

Despedi-me com um abraço apertado em cada um. Enquanto Rogério e Marcus voltavam para o condomínio o táxi cortava a noite gelada em alta velocidade. Eu queria chegar rápido e entrar embaixo das cobertas, logo o efeito do vinho iria acabar e meu coração esfriar...


O garoto errado



14 de nov. de 2013

SINDROME DE FORREST GUMP ou AS MENTIRAS QUE OS OUTROS CONTAM PARA PARECEREM MAIORES

Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir. [Winston Churchill]

Mentir não está catalogado entre os sete pecados capitais, mas posso afirmar que faz parte de nossa deformação social. Mesmo que queiramos, mesmo que nos esforçamos é inevitável mentir...  ou omitir, se assim preferirem. Mentir pode ser saudável em certos aspectos. Você pode mentir para poupar alguém de uma verdade cruel, você pode mentir para não ter que responder a uma criança algo que ainda não conveniente ela saber; Enfim, podemos mentir. Mas até que ponto uma mentira pode ser inofensiva?

Creio que partindo de um ponto onde uma história pode interferir na vida, nas decisões ou no cotidiano do outro já é considerável avaliar. Muitas pessoas mentem compulsivamente e pelo motivos mais tolos possíveis, grande parte para parecer interessante ou se sobressair em um determinado grupo social. Afinal, ostentar é preciso. E a partir daí, a cada dia me convenço de que há pessoas que não tem um filtro para saber diferenciar a fantasia da realidade, e perseguindo o arco iris colorido de uma vida inventada eles voam longe... longe... cada vez mais longe... A ponto de parecerem ridículos.

Eduardo, tenho uma confecção de cuecas e pijamas. Você topa ser modelo da minha marca? Gostaria de marcar umas fotos com você. 

Você vem em temporada a São Paulo? Quero marcar uma pernoite com você para sábado a noite. Marca em sua agenda pra mim e não reserva a noite para NINGUÉM.

Eduardo, Você tem passaporte? Vou viajar para os EUA e se quiser te ajudo. Arrumo um emprego de garçom pra você começar. Mas tem que prometer que não fará programa mais.

Você viaja como acompanhante? Quero fechar com você uma viagem para Barretos para ficar uma semana. Quanto você cobra? 

Você conhece outros garotos para simularem um estupro? Quero ser amarrado, apanhar na cara e blá, blá, blá...

São tantas histórias, tanta imaginação que eu fico admirado como o cérebro humano pode ter suas divisões entre realidade e fantasia e de seus entroncamentos saem tantas baboseiras. Para os casos mais crônicos eu vejo isso como deformidade e doença, chama-se MITOMANIA. Mas o que é MITOMANIA?

A mitomania é uma distúrbio de personalidade onde o paciente possui uma tendência compulsiva pela mentira. Esta doença é também conhecida como mentira obsessivo-compulsiva.Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico ou "tradicional" para o mitômano, é que no primeiro caso o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro de forma imoral e insensível sem sentir necessidade de desfazer o engano. (Dr. Arthur Frazão - site www.tuasaude.com/mitomania )

O indivíduo que sofre de mitomania mente compulsivamente sendo capaz de detalhar sua história e repeti-la induzindo a pessoas e a ele próprio acreditar nelas.  As causa para essa doença ainda não são claras, mas sabe-se que são fatores psico-sociais, como por exemplo baixa autoestima.

E isso não acontece só de um lado, já encontrei muito garoto de programa que sofre disso também, os casos vão desde clonar fotos de um companheiro de profissão e se vender usando as fotos de terceiros até estórias fantásticas como, ganhar um apartamento de um cliente ou fazer programas milionários com cerca de quatro ou cinco dígitos no contra-cheque. A menos que tenha empresário rasgando ou limpando a bunda com dinheiro, daí eu posso acreditar, mas até lá nem o Eike Batista que já foi o homem mais rico do Brasil fez isso, por que um empresário mediano o faria?

As vezes é difícil filtrar os diversos Forest Guns que convivem pelas redes sociais, mas depois de um certo tempo é possível discernir o joio do trigo. Eu vivo na pele de Eduardo e de certa forma o tenho como uma mascara social, mas NÃO IRREAL. Eduardo tem muito do meu "eu mesmo", principalmente no modo de pensar e agir. A ele empresto meu corpo, enquanto ele me empresa seu anonimato para ir e vir sem arranhões.

Pelo sim pelo não, sempre fui mais de observar do que falar, quem fala mais mostra-se MAIS, quem fala pelos cotovelos mostra-se DEMAIS. E da forma que fui educado o demais nunca é bom, em todos os aspectos.


o garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

7 de nov. de 2013

FOCO

Foco é dizer não [ Steve Jobs ]

A insatisfação é uma das características permanentes do ser humano isso mais que suficiente para tentarmos nos superar sempre. Eu estava determinado a superar minha marca de dez cliente feitos na temporada anterior em São Paulo, mais do que isso, dobrar os rendimentos que tive e também fidelizar o maior número de clientes possível deles. Para isso era preciso trabalhar cedo tanto na divulgação como na agenda.

Começou assim, fiz contatos com diversos sites nos quais anuncio enviando um novo ensaio fotográfico com informações sobre minha nova temporada em São Paulo, trabalhei também em a partir da minha agenda de contatos no celular, além de chats e anúncios em sites do gênero. Aos poucos comecei colher resultados com clientes antigos querendo marcar seus horários, além de clientes em potenciais que me adicionaram no skype por acompanhar meu blog ou por curiosidade a partir da divulgação feita.

Quanto aos clientes em potencial eu sempre tenho um pé atrás pois curiosidade é algo momentâneo que pode passar sem que o ato seja concretizado. Eu precisava despertar o interesse deles em querer me conhecer na cama e para isso passei a estreitar meu contato com mensagens quase, como um simples " Bom dia ". A ideia é ser fazer presente, se fazer existir no imaginários deles. E se no Brasil a consulta médica, um dentista ou um banco mandam lembretes sobre datas marcadas, por que um garoto de programa não poderia fazer o mesmo, mas de forma sutil? Não pensei duas vezes, parti para um corpo a corpo com lembretes a medida que a data da temporada chegava.

Ao todo foram 16 programas agendados, porém sempre temos que ter uma margem de erro calculada, visto que muitos clientes eram evasivos em seus contatos e já não mostravam tanto estimulo; Mesmo assim mantive o foco tendo cartas na manga como, uma lista de espera para um plano B.  Chamo de lista de espera aqueles clientes que demonstravam interesse, mas não tinham horários definidos ou queriam um determinado horário, já ocupado por outro cliente, sendo impossível renegociar sua agenda. A esses eu aviso que se caso houver uma desistência eu posso avisá-los e realocá-los em minha agenda se preferirem, a partir dai faço uma segunda lista.

 O resultado de uma agenda pode também ser comprometido pelas adversidades de tempo e lugar, vai que no horário do programa o pneu do carro do cliente fura no horário de pico ou ele tem um problema de saúde ou então a mulher resolver ficar no pé do cara numa sexta-feira a tarde... Enfim, situações que podem ocorrer de uma hora para outra e acabam afetando todo um um planejamento. E como eu não estava ali para brincadeira eu colocava meu plano B em prática em momentos como esses.

Minha temporada começaria na quinta-feira, porém, um cliente especial pediu que eu fosse um dia antes para São Paulo, ele queria algo mais exclusivo e se propôs a bancar os custos de uma diária extra, além de um cachê atraente. Desse modo adiantei tudo e fiz check in no hotel na quarta-feira (30/11) ás 16h30. Subi para meu quarto, seu número era 1138, ao entrar fui direto para janela para abri-lá e ventilar o ambiente e  para minha surpresa eis que a vista apresenta uma linda Catedral com três abóbodas grandes e douradas, a do meio era a maior de todas, suas janelas eram de ferro com contornos pretos e no meio cruzes, sem a imagem cristo crucificado.  Mesmo com toda essa imponência diante de minha janela, a Catedral era silenciosa, sem cantos, sem sinos e nem pássaros a sua volta, parecia mais uma guardiã que velava dia e noite os quartos que davam a vista para suas abóbodas. Em contrapartida, ao seu lado havia uma escola infantil de onde se podia ouvir as brincadeiras, os risos e gritos inocentes de quem ainda construía uma identidade. Por um momento me peguei olhando aquelas crianças e me imaginando com suas idades, desejando voltar ao tempo.

O primeiro cliente já havia ligado quando eu ainda estava no metrô, Ronaldo na verdade havia marcado seu horário para tarde de quinta-feira, porém algo curioso e desagradável ocorreu. Casado ele vinha a São Paulo uma vez por ano a um congresso e nessa viagem aproveitou para marcar algo comigo, porém, em seus contatos ele foi imprudente e usou o e-mail comercial da empresa. O resultado foi desastroso, sua esposa desconfiada de seu comportamento rastreou os contatos e na véspera de minha viagem me enviou o seguinte e-mail:

Eduardo, 
Sei que é seu trabalho e não me oponho a isso. Te achei muito culto e educado e parece fazer um trabalho sério e limpo. Meu marido marcou com você na próxima quinta, em SP, no Ibis, na rua vergueiro. Ele não está sendo correto comigo e pretendo fotografá-lo. Não farei nenhum escândalo, quero apenas prova física para o processo de separação e danos morais. Só peço que se deixe fotografar caso perceba minha presença na portaria. Não farei nada para prejudicá-lo, nem a ele, apenas farei as fotos (na entrada e na saída), estarei hospedada para não levantar suspeita.
Imagino que o Ibis sabe que você faz programas enquanto se hospeda lá, por isso vou evitar qualquer espécie de confusão que possa constrangê-lo.  Estou fazendo isso porque se eu não te avisar, você não vai entender e sei lá o que pode pensar e fazer.

Obrigada. Regina

Existe um provérbio francês que diz: Entre a calamidade e a catástrofe há sempre espaço para um taça de vinho... Pensei, repensei e respondi para Regina dizendo que eu cancelaria esse encontro com seu marido, pois eu jamais me coloquei ou fiz meus clientes passarem por uma situação vexatória e de constrangimento. Procurando sempre trabalhar de forma discreta e honesta.

Mesmo entendendo meu ponto de vista, Regina não desistiu e disse que se hospedaria também em meu hotel. Quanto a isso fiquei tranquilo, sem o encontro com Ronaldo eu não me sentia ameaçado, o esforço dela seria em vão. Mas agora a situação era outra, Ronaldo me ligou  um dia antes e decidiu me encontrar antecipadamente. Por estar em transito e perto de pessoas ficava difícil eu explicar para ele toda a situação e decidi fazer isso no hotel. No quarto eu tratei de me instalar rapidamente organizando roupas e utensílios enquanto pensava no que fazer. Tomei um banho, me perfumei, me vesti e concluí:

VOU CORRER O RISCO.

Decidi receber Ronaldo visto que sua esposa daria entrada no hotel um dia depois, outro fator importante é que ambos não contavam com essa mudança de dias, entretanto, Ronaldo sabia pois havia me ligado e eu o informei que já estava em SP antes do previsto. Pouco minutos depois Ronaldo batia na porta do quarto 1138, o recebi, conversamos um pouco, ele disse que estava de alguma forma sendo monitorado pela esposa e admitiu o erro de usar o e-mail da empresa para fazer seus contatos comigo. Para que não estragasse a transa e o deixasse apreensivo eu resolvi me calar sobre o e-mail que recebi, já que sua esposa estava ao seu encalço, ele deveria saber como lidar com a situação ao contrário de mim.

Nosso programa transcorreu normal, foi muito gostoso e senti que ele relaxou bastante depois de toda essa tensão inicial. Mais tarde recebi meu outro cliente e passamos quatro horas juntos, depois de uma longa transa com muito toque e pegação. Chegamos dormir por uma hora, até que ele acordou se arrumou e foi embora. Após meu cliente deixar o hotel, pedi um prato rápido na recepção, chequei meus e-mails e mensagens no whatsapp e dos quatro clientes marcados para o dia seguinte somente dois haviam me dado certeza.

Sem piedade parti para meu plano B, contatei dois clientes em espera e os marquei em cima desses dois homens incertos. Óbvio que mandei uma mensagem para eles avisando que eu havia cancelado nosso encontro justificando a falta de contato por parte deles. Somente um se manifestou pelo whatsapp.

Não tínhamos deixado marcado para quinta-feira?

Não. Infelizmente você não confirmou minhas mensagens. Disse que iria ver outro cara e me daria um retorno. Na falta desse retorno eu acabei dando preferencia para outro cliente que quis fechar em seu horário e confirmou o programa comigo. Caso ainda haja interesse de sua parte podemos ver um outro horário em minha agenda. Ok?

Ok, boa noite!

Seco e sem mais prolongamentos senti que fechei a porta para um cliente. No ramo das prostituição os valores são invertidos, os garotos e garotas são objetos de desejos e como num cardápio ficamos a exposição para decisão do cliente. Porém eu estava disposto a inverter esses valores, era preciso mostrar que nem sempre pode se ter tudo o que quer na hora em que quer. Na dúvida preferi perder um cliente indeciso para fidelizar outro convicto. Então, por que não arriscar?

Quinta-feira, comecei meu expediente cedo, tomei um café da manhã reforçado, subi para meu quarto, fui para ducha, me aprontei e fui checar alguns contatos no skype e caixa de e-mail enquanto esperava meu cliente. Inesperadamente tive uma feliz surpresa, um site (www.cambiodeboys.blogspot.com), que avalia o desempenho de garotos de programa de São Paulo e outras cidades, publicou quatro relatos todos com nota 10 sobre meu desempenho, a partir dai comentários positivos começaram a surtir. Parei minha leitura para receber Walter, meu primeiro cliente do dia, era sua primeira vez comigo,  e antes de começar algo conversamos um pouco, ele é maduro, grisalho e de olhos claros e mostrava-se muito a vontade. Foi passivo comigo, penetrei-o em algumas posições e fui muito bom. Depois da transa conversamos mais um pouco.

Você viu o que publicaram sobre você no site Câmbio de boys?

Não vi... Quer dizer, vi um pouco, vou ler tudo depois.

Porra, ainda bem que marquei meu horário, pois agora que você não terá agenda mesmo.

Após uma boa conversa ele foi para o banho e finalizamos nosso encontro comigo levando-o até a porta. O dia transcorreu bem, atendi mais três clientes, dois deles já haviam saído comigo, somente um era novato.
Edson havia pegado meu contato no site de avaliações e devido muitos comentários positivos ele ficou curioso e decidiu marcar comigo. Fechamos nosso encontro para 23h30, horário em que ele saia do trabalho. Quando chegou conversamos um pouco, muito bonito ele tinha um estilo mais paulistano, cabelo modelado com pomada, roupas mais justas ao corpo, rosto bem cuidado, típico homem metrossexual.  Na cama não combinei nada com ele simplesmente deixamos a transa fluir, ficamos bastante nas preliminares, muitos beijos, caricias e amassos, brincamos um no pau e  cuzinho do outro num gostoso 69, com muitas lambidas molhadas. Cheguei a pensar que Edson era somente ativo, pois em alguns momentos ele tirava minha mão de sua bunda, até que em certo ponto ele me disse ao pé do ouvido.

ME COME...

Foi o pedido perfeitao para eu lubrificar minha mão e brincar com sua bunda metendo dedo a dedo e fazendo ele gemer, depois de deixá-lo bem lubrificado e no tesão para ser penetrado, eu me preparei e comecei penetrando-o devagar na posição de frago assado para que ele relaxasse. Com meu pau todo dentro de Edson eu debrucei meu corpo sobre o dele e o beijei, começando um vai e vem bem devagar ao estilo soft, até que senti ele pronto para uma brincadeira mais forte.

Meti vigorosamente entre suas pernas, ele gemia muito deixando-se totalmente vulnerável, a cada estocada minhas bolas batiam contra o saco dele preenchendo o quarto. Edson gozou com meu pau entrando e saindo, foi uma delicia. Ficamos um ao lado do outro deitados.

Nossa... Ai... Preciso de um tempo...

Claro, relaxa, descansa ai. Disse a ele.

Depois de um tempo Edson foi embora. O dia havia sido lucrativo e eu estava exausto, porém não era o momento de jogar a toalha, comi algo leve, fiz alguns contatos, um deles foi com um cliente novo que dias antes havia marcado um programa para sábado de manhã, mas passou o dia de sexta-feira em silêncio, sem confirmar nada. Não tenho nada contra um cancelamento, desde que o cliente me contate antes, assim não perco meu tempo. O que me irrita são pessoas que marcam e não se prestam a minima consideração em caso de desistência. Felizmente a experiência levando bolos no inicio da carreira me vez prever esses fatos e antes de me deitar mandei um mensagem ao cliente. Avisei que ele passou o dia sem confirmar seu horário comigo, então que se ainda houvesse interesse que ele me ligasse 8h30 da manhã, caso contrário eu não levantaria da cama tão cedo para o esperar.

Acordei 10h da manhã, tomei meu café tranquilo e fui ao encontro de um outro cliente que vinha de Curitiba somente para me ver. Marcamos na avenida Paulista para darmos um passeio, tomar algo e depois irmos para o hotel. Encontrei Vinicius na estação Consolação, de lá caminhamos um pouco, mostrei alguns pontos da Paulista e fomos para um Starbucks tomar um frapê gelado, fazia um sábado lindo de muito sol. Conversamos um tempo, rimos um pouco e depois fomos para o hotel.

Depois de um banho nos jogamos na cama, Vinicius estava tímido, mas tratei de ir quebrando isso aos poucos, beijei cada parte de seu corpo e o desenrolei da toalha, ele tem coxas grossas e bumbum grande, todo branquinho, uma delicia. Ficamos quase todo nosso encontro brincando um no corpo do outro, muitas chupadas de mamilos, mamadas no pau um do outro, coloquei ele com a bunda na minha cara e a boca no meu pau, chupei muito seu cuzinho e a cada linguada, eu percebia que ele jamais havia sido tocado daquela forma tamanho tesão que ele mostrou. Perguntei se ele queria ser comido e ele topou tentar.

Depois de prepara-lo com muito lubrificante eu tentei penetra-lo bem devagar e consegui por várias vezes, porém, mesmo devagar ele sentia dores. Então, fui penetrando-o a prestação, é como chamo quando meto devagar e com pausas, pois leva um tempo para o cara se acostumar e dependendo, se ele não relaxar por completo a penetração acaba sendo mais dolorida do que o normal. Fechamos nosso programa com mais pegação e mamação, ele foi um presente de cliente, carinhoso e atencioso não tinha pudores com sua linguá.
Após sua saída do meu quarto eu tomei uma ducha rápida para receber outro cliente, Nelson era um encaixe, com cliente plano B que realoquei no horário de outro. Era primeira vez que eu recebia um cliente após o outro, em questão de minutos. Me senti literalmente num prive de garotos, com clientes entrando e saindo. Meu encontro com Nelson foi muito bom, ativo convicto ele deixou que eu brincasse com seu cuzinho para depois me pegar de jeito na cama. Na casa de seus trinta e poucos anos, Nelson era bem desenvolto e fez alguma perguntas sobre meu dia a dia matando algumas curiosidades. Disse ter aprovado minha transa e prometeu voltar.

Fechei o domingo reencontrando um cliente muito querido, havíamos saído na temporada anterior, muito cordial ele é um homem de voz metálica, daquelas que preenchem o quarto. Inesperadamente ele presenteou-me com um cueca boxer da Calvin Klein. Nossa segunda transa foi muito melhor do que a primeira, houve mais contato e mais empatia, sem pressa nos curtimos deliciosamente. Ele sabendo que gosto de chupar uma boa bunda, tratou de passar um gel sabor pera no cuzinho, me deixou louco de tesão, chupei seu rabo como se fosse uma manga, metendo literalmente a cara por entre suas nádegas avantajadas, volumosas e duras, me lambuzando, salivando em seu buraco macio. Ele foi o cliente que mais aguentou levar rola, metemos de bruços, de lado, de frango e de quatro, só paramos por que ele não aguentava mais, o cuzinho já estava ardendo e ele pediu para eu gozar, acabei leitando muito. Depois desse encontro eu fui almoçar e descansar para atender um cliente fora do hotel.

Na noite de domingo ainda recebi mais dois telefonemas perguntando se havia possibilidade de marcar algo para segunda-feira a tarde. Tive que dizer não, pois minha temporada encerrava as 12h da segunda, mas pedi que ficassem de olho no blog ou enviassem um e-mail para que eu informasse sobre uma próxima temporada.

Segunda pela manhã a cidade amanheceu cinzenta, chovia constantemente uma garoa fina e fria. No café, conheci uma moça muito gentil que estava em férias no Brasil, ela faz mestrado na Bolívia e trabalha para uma empresa de games. Depois de seis anos fora retornava ao Brasil para rever amigos em São Paulo e em seguida passar dois meses na Bahia com a família. Sugeri alguns roteiros como o Museu da Língua Portuguesa com a exposição Cazuza mostre a sua cara e a Pinacoteca que é do lado da Museu. Nos despedimos desejando sorte em nossos caminhos.

De volta ao quarto, arrumei minhas malas, olhei mais uma vez para Catedral Ortodoxa e suas abóbodas douradas; Felizmente consegui atingir minha meta, atendi mais clientes do que na temporada anterior, fidelizei alguns e dupliquei os rendimentos . Números são importantes, mas o mais importante é saber lidar com adversidades e aproveitar as oportunidades. Em uma ultima imagem pela janela eu via que dessa vez a escola infantil estava silenciosa. Então parti...

O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

2 de nov. de 2013

VESTIR A CAMISA E SUAR A CUECA


Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição. [Mário de Andrade]

Essa é minha sexta temporada em São Paulo, diferente das viagens anteriores nessa eu sinto algo especial, sinto-me mais amadurecido e preparado para as adversidades no dia a dia. Felizmente pela primeira vez cheguei a cidade com minha agenda 90% preenchida, mas é óbvio que houveram algumas desistências tanto pelo esquecimentos dos clientes como pela correria do dia a dia. Mas o lance é pensar rápido e ter um plano B com novos agendamentos na manga. 

Uma das gratas surpresas que ocorreram é que fui citado e avaliado em um site de acompanhantes da capital (http://cambiodeboys.blogspot.com.br/search/label/Eduardo%20White ), que publica relatos de clientes sobre garotos de programa e a partir disso lhe atribuem notas de 0 a 10. Felizmente tive um retorno positivo e isso me tem me ajudado bastante, meu telefone tocou mais do que de costume, além das diversas mensagens no whatsapp e confesso que tudo isso tem sido bem interessante e da uma projeção do meu trabalho, pois a partir dos comentários de clientes e leitores eu tenho um feedback efetivo de como sou visto por outras pessoas. 

Ao ler isso você pode franzir a testa e dizer, mas ele nem é tudo isso. E pasme, eu concordo com você, não sou tudo isso mesmo. Sou apenas um cara comum que tenta dar o seu melhor. E talvez um dos pontos negativos de toda essa projeção é ter que lhe dar com as expectativas que as pessoas depositam em você, pois a imagem que criam pode ser algo bem diferente do real, contudo é saber separar as sensações visto que expectativa é algo que sempre estará presente em nós, mesmo que a experiência seja única e louvável, atingir a expectativa do outro sem saber o que se passa em sua cabeça é algo bem particular. 

Eduardo vem me ensinando muitas coisas rumo ao caminho das pedras. Ser um garoto de programa vai além da imagem que  se vende, claro que uma imagem bonita é chamariz e abre portas, mas se não houver um conteúdo a ser explorado e degustado o encanto se quebra. Sobre isso venho trabalhando duro, aprendi que trato com humanos, homens que como eu buscam prazer, momentos de descontração e por que não satisfação em desfrutar da cia de um desconhecido. 

Já perdi sim alguns cachês pelo simples fato de não querer atender um determinado perfil de cliente. Isso não faz de mim mais pobre, pelo contrário, torna-me mais rico pelas escolhas com quem vou me relacionar. Dinheiro é importante sim, mas quero um pouco mais do que alguma cifras  o que busco é a troca de experiência e de prazer. 

Sou grato a cidade de São Paulo pela projeção e pelas experiências que venho adquirindo, pelos encontros que venho tendo com pessoas especiais que me ajudam sempre. Agora é saber aproveitar com sabedoria o que tenho pela frente. E mesmo que ainda seja oculto rogo para que seja bom...


O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

29 de out. de 2013

DESEJOS & ESCOLHAS

Quando fazemos uma escolha, qualquer escolha, estamos dizendo sim para um lado e dizendo não para o outro. Então, algum sofrimento sempre vai haver. [Martha Medeiros]

Eliel não me ligou e nem me adicionou no skype para marcar um programa, ele simplesmente mandou um e-mail se apresentando e perguntando algumas coisas sobre meu perfil e meu trabalho na cama. Após uma semana trocando poucos e-mail marcamos nossa transa para uma sexta-feira a noite.

Como São José dos Campos é uma cidade pacata, os dias mais agitados são de quinta a sábado, quando muitos homens procuram por alguma aventura após o expediente com pretexto de poder chegar mais tarde em casa. Na sexta em questão eu havia atendido a dois clientes seguidos e estava um pouco cansado, mas resolvi ir assim mesmo. Ao entrar no carro de Eliel me deparei com um rapaz alto, estilo gordinho mas com corpo bem distribuído, barba por fazer, olhos na cor mel, cabelos ondulados e um sorriso muito bonito, boca larga, dentes perfeitamente alinhados e brancos, voz gostosa de se ouvir. Batemos um papo muito legal e na cama foi delicioso ter seu corpo, pele macia, pau na medida certa, bunda farta, lisa com cuzinho macio, bom para chupar.

Fizemos um oral gostoso e fui ativo com ele, porém não consegui comê-lo por muito tempo, pois minha ereção não estava 100% no dia, mesmo assim cumpri meu papel, mas poderia ter sido bem mais. Por fim ele foi ativo comigo e fui muito bom também sentir seu corpo sobre o meu. Ao final da transa conversamos, Eliel sabia que eu já havia atendido outro cliente anteriormente e brincou que na próxima ele queria ser o primeiro.

Se você marcar um próxima eu te darei um bônus no tempo.

Ah é? Que tipo de bônus?

Não vou contar o tempo, vamos ficar no motel o tempo que você quiser. Disse convicto a ele.

Os meses passaram e deduzi que Eliel não me procuraria nunca mais, até que tive uma grata surpresa.

Oi, ta livre hoje?  Um número desconhecido me pergunta pelo WhatsApp

Quem é?

Elie, já se esqueceu de mim?  Saímos numa sexta a noite, sou alto, branco... Descreveu-se pra mim.

Ah sim! Lembrei, há quanto tempo cara!

Sim, vamos sair hoje?

Vamos, claro.

Quanto é e por quanto tempo?

O preço é o mesmo mas você tem o bônus de tempo. Lembra?

Hum, mas como é?

Ficaremos o tempo que você quiser no motel. Expliquei.

Opa, legal, te pego ás 23h no mesmo lugar. Certo?

Fechado!

Fiquei animado com a possibilidade de reencontrar Eliel, achei ele um cara muito bonito e gostoso, não tinha como não me encantar. No lugar marcado ele me pegou, estava bonito e com um sorriso lindo. Mais magro batemos um papo sobre treinos e suplementação até chegarmos ao motel. Chovia muito naquela noite, no quarto mal tiramos nossas blusas e já começamos a nos beijar até nos despirmos. Seu corpo era uma delicia, branquinho e com pelos na medida, cai de boca em suas coxas grossas enquanto ele se remexia na cama e resistia ao tesão e as cocegas, lambi um pouco sua virilha e chupei sua bolas rosadas e cheirosas, subi então para seus mamilos, outra delicia indescritível até chegar em sua boca larga. Em alguns momentos parávamos para nos olhar. Era muito gostoso estar ali naquela noite com ele.

Estirados na cama fizemos um 69 delicioso, Eliel engolia todo meu pau e o molhava com sua boca quente, eu por minha vez explorei suas pernas, sua bunda e seu cuzinho metendo minha linguá quente naquele buraco macio, em certo ponto Eliel abriu mais suas pernas e pude roçar meu queixo barbudinho em seu cuzinho, que tesão senti-lo gemer com isso.

Depois de muito chupar meu garotão eu passei a lubrifica-lo e brincar com meus dedos para dilata-lo e deixa-lo confiante de que seria seu garoto ativo. Eu queria muito ele pra mim. Comecei penetrando-o de bruços e devagar, até por todo meu membro dentro dele para que se acostumasse, E com leve idas e vindas fui comendo devagarinho aquele bumbum guloso, cinco minutos depois já estava bombando forte e variando velocidades enquanto beijava sua nuca.

Que delicia, mete mais! Pedia ele.

Variamos para a posição frango assado e com suas pernas abertas entre meus ombros eu brinquei de tirar e por meu pau dentro dele. A essa altura ele já estava bem receptivo com as estocadas e deliciava-se com nossos corpo conectados. Na beirada da cama coloquei-o de quatro e mandei ver e quando já não aguentava mais nós gozamos juntos.

Ficamos jogados na cama um ao lado do outro conversando e rindo um pouco, era nosso segundo encontro, mas eu me senti muito a vontade com ele, parecia que já o conhecia a tempos. Eliel não é assumido para seus amigos, ele é bissexual, namora uma menina e curte meninos. Disse sentir falta de ter com quem conversar sobre determinados assuntos. Em nossa conversa falamos sobre a vontade em constituir uma família, sua vontade em ser pai, entre outras coisas. Vi nele um cara com coração aberto para construir um belo futuro e certamente ter ao seu lado um parceiro ou parceira que o faça feliz. Isso vai depender de suas escolhas.

Depois de um longo intervalo ele quis me comer, colocou-me de bruços, deu um trato no cuzinho com sua linguá, lubrificou bem e me penetrou. Meteu por um tempo curto e pouco tempo depois gozou, trocamos caricias e ficamos um ao lado do outro.

Na vida fazemos escolhas, arriscamos a sorte e se não deu certo temos que ter a disponibilidade para voltar atrás e refazer. Creio que o único compromisso que devemos ter é o de ser feliz. A vida é tão curta para nos reprimirmos em nome dos outros... De fato a pessoa que conquistar o coração de Eliel terá tirado a grande sorte. Eliel é um cara para vida toda.

O garoto errado.
garotoprivado@hotmail.com

24 de out. de 2013

FISSURADO EM LEITE

A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos. [Marcel Proust]

Melhor do que você fazer mais de um programa por dia é quando um cliente fecha uma viagem ou uma pernoite, é algo mais rentável, sem tantos deslocamentos e de quebra você conhece um lugar diferente podendo até se divertir.

Caio achou meu blog em um anúncio feito num site de avaliações de garotos de programa, por curiosidade digitou o endereço no navegador, abriu o site, olhou...leu...olhou...leu mais um pouco e se interessou. Minutos depois me chamou por whatsapp enquanto eu estava numa fila para pagar contas em uma lotérica, como a fila estava grande batemos um papo. Caio é de Campinas, disse que gostou do meu perfil e perguntou se eu fazia webcam show, apesar de na época eu não prestar esse tipo serviços eu me interessei pela ideia visto a disposição de Caio em pagar para me ver se exibindo para ele. Combinamos um horário e fiz um primeiro show experimental com direito a gozada.

Eu adoro tomar leite. Fiquei com vontade de tomar o seu. Disse Caio ao final do meu primeiro show.

A medidas que os dias passaram Caio voltou ao skype e comprou outro show, e outro, e outro, e outro, gostava tanto desse tipo de exibicionismo que acabamos fechando uma pernoite.

Com viagem marcada para 14 h para Campinas comprei minha passagem antecipadamente e parti rumo a rodoviária, seria uma pernoite com possibilidade de conhecer uma cidade onde nunca estive, mas havia um certo interesse por me aventurar em uma nova temporada. Na estrada acompanhei algumas mudanças de paisagem, E felizmente houve paz naquele ônibus, sem crianças falando e sem celulares tocando, aproveitei o silêncio fechei as cortinas, deitei o banco e dormi para que o tempo passasse mais depressa.
Chegando em Campinas Caio estava no carro ao lado de fora da rodoviária me esperando. No carro enfim apertamos nossas mãos e antes que fossemos para casa de Caio ele deu uma volta comigo pela cidade mostrando principais avenidas pelo centro e alguns points, tando de prostituição como de baladas. Fiquei um pouco surpreso pois as ruas estavam quase desertas de pessoas, Campinas apresentava-se de forma pacata.

Ao chegar em sua casa fomos recepcionados por dois enormes labradores muito doceis, mas que pelo tamanho assustavam. Subimos para o piso superior para que eu me instalasse e antes que comêssemos algo fui para o banho para dar uma relaxada tendo Caio como meu expectador. Enquanto eu me banhava falamos sobre seu trabalho, Caio trabalha numa empresa que atua na descobertas de novos produtos e serviços para todos os ramos imagináveis, desde produtos cosméticos até um eletrodoméstico antes mesmo que esses cheguem ao grande publico no mercado. E o mais absurdo é que esses produtos chegam as prateleiras depois de meses de testes ou até anos. Como a Linha EKOS da Natura por exemplo, para se chegar a um produto final são feitas expedições pela selva e mata selvagem, os técnicos colhem frutas e plantas, aplicam testes e dentre vários tipos é selecionado um ou dois, onde são reproduzidas e cultivadas em laboratórios e estufas, para ai sim extração e produção dos produtos cosméticos.

Já imaginou você tendo acesso a produtos de grandes redes de marcas como Natura, Boticário, entre outras, antes de seus respectivos lançamentos? Pois é, o banheiro de Caio parecia um laboratório de experimentos, tinha um pouco de tudo. Experimentando alguns produtos lavei meus cabelos  com um shampoo que parecia uma espuma de creme para barbear, muito cheiroso, usei um sabonete de frutas para o corpo e um outro sabonete micro esfoliante para meu rosto, todos a base de... não posso revelar, pois a multa para a quebra de sigilo de Caio é nada mais do que 15 milhões de reais. pasme! O que sei é que o cheiro dele será modificado para algo mais suave, embora eu tenha gostado muito.

Após meu banho, me enxuguei enquanto Caio deitou na cama me observando, vesti uma samba canção mas logo começamos a nos pegar e fiquei peladão. Coloquei meu pau na boca de Caio que mamava muito bem, soube deixar ele duraço e todo molhado, chupava com vontade. Empurrei ele na cama, ajudei a tirar sua roupa, ele tinha uma bunda grande e bem servida, ficamos num 69 gostoso e enquanto ele caiu de boca em meu pau preparando meu leite eu brinquei com meus dedos em seu cuzinho preparando o terreno. De frango penetrei Caio gostoso, que gemia de prazer. Comecei devagar e quando ele já havia acostumado com a espessura do meu membro mandei ver. O melhor foi quando o coloquei na beirada da cama para que eu bombasse vigorosamente e assim o fiz, num vai e vem muito rápido nossos corpos estralavam e preenchiam a casa com os gemidos de Caio que a cada estocada aumentaram.

Me da leite? Quero leite na boca. Pediu ele

Parei rapidamente e tirei meu pau que estava latejando de tesão.

Espera, espera um pouco. Disse ofegante.

O que foi? Perguntou ele.

Calma, to segurando por que to quase gozando.

Falei isso e Caio esfregou o pé na minha barriga que se contraia. Foi o suficiente para meu leite encher a camisinha, gozei mesmo tentando segurar.

Ahh, eu queria na boca. Lamentou Caio.

Vou te dar na boca no próximo round. Me deitei ao seu lado e ficamos por um tempo descansado.

E ai, ta com fome?

Aham...

Vamos descer e preparo algo pra gente.

Continuamos nossa conversa na cozinha enquanto Caio preparou uma massa para comermos acompanhada de vinho tinto seco, muito bom por sinal. De volta ao quarto nos jogamos na cama e zapeamos um pouco pelos canais de tv. E logo a mão safada de Caio começou a brincar com meu pau que logo respondeu aos estímulos e recomeçamos a brincadeira, Caio não poupou esforços para deixar meu pau feito um mastro, molhado e vigoroso, como seu cuzinho já estava lubrificado, só encapei o pau e meti sem dó, com a ordem que poderia judiar e esfolar se preciso. A cada estocada ouvíamos o barulhos, TAC, TAC, TAC, TAC, até que...

Quer leitinho agora quer? Perguntei enquanto metia em Caio.

Aham, quero!

Tirei meu pau de seu seu cuzinho que estava vermelho, dilatado e quente. Nesse instante Caio virou-se para beira da cama e abriu a boca.

Então toma tudo vai...

Gozei pela segunda vez, mas dessa vez sem tentar segurar nada e foi muito gostoso. Caio é tão fissurado em leite que não desperdiçou uma gosta e ainda ficou sugando meu pau para aproveitar os jatos que enchiam sua boca.

Ficamos estirados na cama por um tempo até que Caio foi para o banho e pediu que eu escolhesse um filme para assistirmos. Quando ele voltou sugeri o O Grande Gatsby com Leonardo Dicaprio. Com o filme comprado embarcamos na sessão cinema e para fechar a noite trepamos mais uma vez, mas dessa vez comi Caio de quatro, como ninguém ele empinou a bunda para que eu brincasse a vontade, o mais gostoso era quando variava as velocidades e brincar de meter e tirar o pau todo para depois meter de novo de ma vez. Para finalizar mais leite na boca. Logo após gozar pela terceira vez eu me vi esgotado, tomei uma vitamina e um anti gripal e capotei num sono profundo.

Domingo foi nosso dia da preguiça, ambos acordávamos e dormimos, era só virar para o lado que o sono vinha, fomos despertar mesmo depois das 10h, assistimos muitos seriados e deitado sobre meu peito Caio abaixou minha cueca e mamou gostoso meu pau, meti em sua boca e mais uma vez lhe dei leite. O relógio marcava 13h30 quando decidi ir para o banho e mais uma vez usar as experiências e descobertas de Caio.

Enquanto arrumava as malas eu me dei conta de que parecia que o tempo não havia passado, afinal ficamos entre quarto e cozinha e no final das contas haviam passado quase dois dias inteiros. Antes de pegar no sono, durante a viagem pensei no trabalho de Caio em descobrir coisas novas. Se no mundo aqui fora existem tantos mistérios para serem descobertos e deles serem inventados uma porção de coisas que podem facilitar nossas vidas, quem dirá o que podemos descobrir dentro de nós mesmos. Eu mesmo me descobri capaz de uma porção de coisas na pele de Eduardo. E você, descobriu o que?


O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

20 de out. de 2013

CASO ANTIGO

Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam... [Paulo Coelho]

Conheci Leonardo há oito anos atrás quando comecei minha vida sexual no mundo virtual. Claro que eu já havia experimentado outras brincadeiras com um ou outro primo, mas nada além de uma zuação boba. Transa boa mesmo sem enrolação foi mais tardiamente. Era uma tarde de sexta, eu estava zapiando nas salas de bate papo e acabei esbarrando com Leonardo, eramos adolescentes e com tesão de sobra, era só encostar ou falar uma simples besteira que o danado já ficava em pé.

Em poucos minutos teclando combinamos um horário e logo fiquei na portaria do meu prédio esperando Leo, que chegou bem nervoso, caladão, vestindo regata e bermuda. Na época eu era um moleque magro, sem muitos atrativos, enquanto ele já era mais encorpado, estilo playboy atlético e bem safado. Subimos para meu apartamento que estava vazio e nos pegamos no sofá da sala. Lembro-me que nos chupamos ainda sem muita pratica, dois estarem meio afoitos e por fim um brincou no cuzinho do outro, mas Leonardo finalizou me comendo gostoso e bombando bem depressa.

Depois desse primeiro encontro mantivemos contato, eramos os clássicos amigos de foda. Quando ele arrumava algum namorado sumia do mapa e só reaparecia quando brigava com seu parceiro ou quando terminava, o mesmo caso se aplicava a mim.

Oi, ta sozinho em casa hoje?

Estou, minha mãe foi a cidade. Quer vir pra cá matar a saudade?

Em 10 minutos estou ai.

Mudamos de bairro, cursamos universidade, mudamos de cidade, de amigos, de namorados e ficantes, mas mesmo assim nos encontrávamos entre uma ou duas vezes ao ano. E a cada transa nosso sexo era melhor. E assim nossas transas perpetuavam por meses e anos. Foram inúmeras gozadas pela casa, recordo-me de algumas, uma em pé com ele me colocando contra o guarda-roupa e metendo sem dó, outra no mesmo estilo mas me colocando de frente para o espelho do banheiro, outra na cama de casal que tínhamos para hospedes, outra na sala de casa com ele me pegando no braço do sofá e bombando em meu cuzinho na posição de frango assado, entre tantas outras.

Cheguei a comer Leonardo duas vezes, porém meu pau é maior e mais grosso que o dele e nas duas vezes que bombei no cuzinho dele tinha que gozar rápido pois ele não aguentava por muito tempo, mesmo assim era bom. Com o tempo um afeto foi aparecendo entre a gente, hoje quando gozamos ficamos deitados um ao lado do outro, nos beijamos e nos tocamos mais tamanha cumplicidade que surgiu.

Eu queria te conhecer melhor um dia. Disse Leonardo deitado ao meu lado depois de gozarmos.

Sério??

Aham, a gente se conhece faz anos mas nunca fizemos nada juntos além de transar.

Pra mim é bom assim do jeito que está.

Por que? Podemos pegar um cinema juntos.

Por que se a gente vira amigo o sexo estraga e fica chato.

É... vai que fica chato, né? Concordou

E assim continuamos nossa relação, sabemos pouco um do outro mas na cama sabemos tudo, exatamente cada ponto de contato, cada parte do corpo mais sensível e como fazer gostoso dando prazer ao outro. Bastava nos vermos para a coisa acontecer, tínhamos prazer no cheiro do outro, na boca e no toque.

Oi...

Oi, ta livre hoje.

Estou namorando e to comportado agora. Disse Leonardo

Entendi. Tudo bem, eu espero, quando estiver disponível eu vou querer você, estou com saudades.

Pode deixar. Eu também sinto saudades de você. Tanto eu como você podemos namorar mas não vou querer ficar sem você. A gente é pra sempre.

Eu e Leonardo nos tornamos homens, temos nossas vidas um longe do outro, mas o fato é que temos algo de pele e não conseguimos ficar longe, o corpo do outro nos chama. Amor? Não, não é amor, eu não passo meus dias pensando nele, não perco noites de sono e nunca sofri por saber que ele por vezes estava com outro, o mesmo acontece com ele em relação a mim. Não sei definir o que temos um com o outro, o que seié que nossa relação se construiu de forma descompromissada assim e se um dia ficássemos juntos como namorados eu não daria três meses para tudo acabar. Talvez um dia nossos encontros acabem, mas até lá seremos um do outro sem prazo de validade, até lá será como ele me disse... A gente é pra sempre.

O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

14 de out. de 2013

A DRAG QUEEN DO CIRETRAN

Cada vez que você faz uma opção está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes. [C.S.Lewis]

Na semana passada consegui finalmente ser aprovado no teste de direção para emissão  da minha carteira de motorista, a tão sonhada CNH. Alguns clientes sabiam que ha algum tempo eu já vinha fazendo o processo todo de cursos teóricos, exames e aulas práticas. O que eu não esperava encontrar era alguém conhecido no meio o percurso e de certa forma me intimidar no passo final. Tudo começou a muitos anos atrás, nos meus saudosos 18 anos...

Toda cidade tem lá seus redutos gays que pode ser desde um Trianon como em São Paulo, até um coreto de uma pracinha qualquer numa cidade escondida no mapa. Em São José dos Campos há muitos anos atrás haviam dois lugares bem conhecidos onde essa galera se reunida, um era um bar, chamado Barbados Bar e outro era uma casa noturna chamada Extase Club, ambos redutos perpetuaram por anos mudando de nome várias vezes para driblar os alvarás de abre e fecha da prefeitura municipal.  Tando a casa noturna como o bar eram lugares onde aceitavam todos os tipos de públicos, lolitos que falsificavam seus RGs para entrar na casa, coroas, ursos, enrustidos, mauricinhos, sapatas, travestis  e claro Drag queens que faziam shows performáticos e cômicos. Lembro-me que as melhores drags eram importadas das casas de São Paulo.

Minha primeira aventura num desses guetos foi involuntariamente quando comecei a buscar bico "emprego para fim de semana", para complementar a renda do meu outro emprego durante a semana e por irônia do destino fui trabalhar no como ajudante de bar tender da casa. Meu trabalho consistia em auxiliar o bar men fazendo caipirinhas, servindo doses de uísque  vodka, entre outras bebidas e claro, ficar para abastecer o freezer. Foi nesse período que conheci muita gente, homens, mulheres, travestis e Drag Queens, uma delas era Luciana, na verdade eu não sabia ao certo se Luciana era Drag ou travesti.

Sempre muito magra, alta, olhos grandes, cabelos longos, voz em tom pedante e anasalada, pose de fina e cara blasé  Lucina desfilava montada em seu personagem, mas não fazia shows como as outras, ela apenas circulava com as amigas e como Mary Streep em "O Diabo Veste Prada" jogava sua bolsa, seu casaco para que o atendente da chapelaria os guardasse. Em seguida dirigia-se ao bar e pedia uma dose de vodka com energético sempre preparada pelo barmen da casa com quem ela já tinha alguma intimidade.

Drag Queens por natureza são seres engraçados, espalhafatosos e exuberantes, algumas simpáticas e outras não. No caso de Luciana seu ar era pedante, seu olhar era sempre de cima para baixo e isso de fato me inibia ao ponto de apenas sorrir buscando alguma simpatia de sua alma gélida e implacável. E assim as noites de sábado seguiam Luciana e suas amigas eram presença constante na casa que lotava todos os finais de semana, principalmente em datas comemorativas. Em certo momento da madrugada o movimento no bar apertava e como eu já tinha alguma prática eu passei a ficar responsável pelo bar na parte externa e mais tranquilo e a partir dai com o comando em minhas mãos eu pudia caprichar em algumas doses servindo um pouco a mais e conquistar a simpatia de algumas pessoas, motivo mais do que suficiente para formarem pequenas filas no meu bar. Até que em uma das noites...

Eu quero uma dose de vodka com enegetico. Disse Luciana

Pode deixar, eu faço dela, atende o cara ali. Disse o barmen para mim.

Não! Eu espero. Eu quero que ele prepare a minha. Disse ela apontando para mim.

Tudo bem. Conformou-se o barmen

E a partir daquela noite Luciana passou a me enxergar como um dos mortais presentes na noite. Eu era cumprimentado na chegada e na saída da casa, até que meses depois de lá e segui minha vida.
Anos depois já na pele de Eduardo recebi algumas ligações de um homem com voz anasalada e o tom pedante na fala, prontamente reconheci, era Luciana querendo marcar um programa. O fato é que por telefone ela não vai associar que o moleque cheirando a leite que servia suas doses dela de vodka é hoje Eduardo. Talvez se ela me visse, mas ao telefone seria difícil. Bem, me esquivando eu soube contornar a situação pois ela sempre me liga de madrugada ou em horários impossíveis. 

Voltando ao meu exame prático de direção, depois de todas etapas eu finalmente marquei o teste final e ao chegar no local vejo um rosto conhecido entre a multidão...  Por ironia do destino eis que Luciana mas não na pele da Drag trabalha hoje no Ciretran coordenando entradas e saídas dos carros para o teste de exame prático.  Querendo ou não eu estaria frente a frente com ela por alguns instantes para meu exame e confesso que fiquei apreensivo. 

Bom dia, (Me chamou pelo nome) pode entrar no carro que o examinador já vem. Disse ela me olhando atentamente. 

Na hipótese de haver um olhar atravessado ou mesmo com a remota possibilidade dela descobrir que meu eu mesmo é Eduardo, eu decidi não encara-lá de frente. Sai com o carro seguindo as instruções da examinadora e fui para baliza esquerda, meu pé tremia um pouco, tomei a distancia, dei uma ré, acertei o primeiro ponto no vidro traseiro, virei o voltante três vezes, acertei o segundo ponto no retrovisor do meio e fui entrar com o carro, porém esqueci de devolver duas voltas no volante e encostei na guia. Reprovado!

Sentimento de frustração e raiva se misturaram, mas logo me conformei para fazer a reprova na semana seguinte e enfrentar Luciana novamente. E na semana seguinte lá estava eu, fiquei entre as milhares de pessoas que estavam aguardando o teste. A poucos metros estava Luciana chamando os carros e alinhando para os testes seguintes. Até que chegou minha vez, respirei fundo ao ser chamado, entrei no carro, dei bom dia para Luciana olhando-a nos olhos e aguardei meu avaliador.

Banco ajustado, espelho arrumado, cinto preso, partida dada, seta ligada, freio de mão abaixado, primeira marcha engata e rumo ao teste finallllll...E dessa vez, driblando meu nervosismo apelei para todos os santos na baliza e no percurso, peguei a estrada, acelerei, troquei as marchas, fiz rampa de ré, de frente e completei o percurso com louvor cruzando a linha de chegada... 

Luciana? Ficou por lá, sem salto plataforma, sem maquiagem, sem seus longos cabelos e sem pose blase; vestia apenas jeans e cara estava lavada restando apenas seus grandes olhos. De seu passado só restara lembranças e doses de vodka com energético.

O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

7 de out. de 2013

ESTRANHO CASAL

De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade. [Virginia Woolf]

Eles eram playboys e tinham um belo carro branco, eles vestiam-se com roupas de marcas caras e eram perfumados, eles eram diferentes nas idades, no tipo físico e de temperamento, eles eram um casal... Marcus e Rafael são de SP capital e estiveram por São José dos Campos durante o final de semana. Ambos estão juntos já faz um bom tempo e gostam de incluir uma terceira pessoa em suas transas. Encontraram meu anúncio e decidiram ligar para marcar algo, conversamos um pouco, passei a eles meu blog e depois de alguns minutos fechamos.

Marquei com eles próximo ao meu bairro e no horário marcado eles chegaram para me pegar. Não me recordo qual é a marca do carro deles, lembro apenas era de fato um carro que chamava muita atenção. Ao entrar no carro cumprimentei ambos, mas notei que apenas Marcus era mais simpático e visivelmente mais velho, tipo coroa conservado. Ele conversou naturalmente comigo enquanto Rafael limitou-se a falar.

E ai, vocês curtem o que?

Eu sou ativo e ele é passivo, mas hoje queremos comer seu cuzinho, fazer DP. Disse Marcus

Beleza, vamos tentar então. Disse.

Ao chegarmos próximo ao motel eu me escondi atrás do banco do motorista e conseguimos entrar sem problemas. No quarto fiquei a vontade só de cueca e Marcus mais que depressa também ficou de cueca, apesar de ser coroa ele tinha um corpo invejável, peitoral grande e abdomen tanquinho, já Rafael demorou um pouco mais a tirar a roupa, bem mais jovem que o parceiro ele tinha pele mais morena e uma leve barriguinha.

Marcus gostava de uma boa putaria, jogou-se na cama e pediu para eu cair de boca em seu pau, comecei beijando suas bolas e passando minha língua molhada por suas pernas, pau e virilha, isso o deixou louco. Logo depois caprichei na mamada e enquanto ele gemia seu pau pulsava de tão duro.

Anda, chupa o pausão dele!  Disse Marcus.

Virei de lado e comecei mamando Rafael devagar deixando seu pau bem molhado, ele apesar de ser silencioso e cara fechada ficou gemia baixinho.

Nossa, como ele mama gostoso. Disse a Rafael

Não é? Ele sabe fazer uma boa chupeta. Anda vai, chupa o pausão dele. Nós vamos meter em você, vai aguentar? 

Aham, pode meter, só começar devagar. Disse a Marcus

Marcus então preparou meu rabo passando gel e metendo o dedo por um tempo. Apesar dele ser ativo o pau dele era pequeno e bem mais fino em relação ao pau de Rafael, que era grande, cerca de 19cm e grosso. Enquanto eu chupava Marcus meteu sem dó segurando em minha cintura e bombando em minha bunda depois pediu para ver Rafael me comendo, pedi para ele começar devagar para eu me acostumar devido a grossura de seu pau. Depois do primeiro minuto metendo Marcus safado segurou Rafael por trás e passou em empurrar sua pélvis para que ele metesse mais forte, mas até ai eu já estava relaxado, fizemos até um trenzinho na beira da cama, Marcus fudendo Rafael que por sua vez me fodia.

Vamos por nele agora? Disse Marcus a Rafael se referindo a DP - dupla penetração.
Considerando que um deles tinha o pau pequeno e fino eu topei numa boa, sentei em cima de Rafael que tinha um pausão e cavalguei um pouco, depois arrebitei e Marcus veio por trás encaixando seu pau em mim, ambos meteram gostosos, de fato doi um pouco mas o segredo é lubrificar muito e relaxar. Dupla penetração não é muito fácil de se fazer, é preciso encaixar legal e ter certo alongamento, devido os corpos ficarem quase que grudados, sempre um do trio fica numa posição não muito confortável, força-se muito o joelho, a menos que esteja numa cadeira para posições ou numa cama e sofá que possibilite acrobacias. Em nosso caso rolou legal, Marcus metia forte, já Rafael apenas de leve para não desencaixar o pau do parceiro.

Assim que paramos de fazer dp Rafael ficou deitado na cama ao nosso lado e não quis mais participar, de certa forma ele não parecia confortável e muitas das coisas que ele fez foi a pedido de Marcus, que parecia mais animado com a ideia de ter eu como terceiro na transa.

Vem comer ele. Dizia Marcus

Não, pode continuar você, to legal... Rafael respondia com cara de blase.

Nessa hora me senti um brinquedo, um boneco. Eles conversavam entre eles como se eu não estivesse por ali. De qualquer forma tentei ser natural pois Marcus não se intimidou com a cara fechada de seu parceiro e continuamo metendo na frente dele em todas posições possíveis.

Quer gozar? Perguntou Marcus ao parceiro.

Não...

Poxa, come ele, goza pra eu ver.

Não quero!

Mete daqui, chupa dali continuamos por mais um tempo até que Marcus e eu gozamos. Fiquei um tempo deitado na cama com Marcus e Rafael foi tomar uma ducha para irmos em seguida. Nesse meio tempo fiquei pensando: A que ponto um parceiro sacrifica-se pelo outro? Era óbvio que a ideia de chamar um garoto de programa foi somente de Marcus. Embora muitos casais gostem de dividir parceiros, incluindo um terceiro na transa o caso deles não parecia ser esse. Rafael devia gostar muito de seu parceiro para se submeter a isso ou por algum outro motivo estava aborrecido. De fato eu nunca saberei o que se passou com ele naquela noite, o que sei é que incluir uma terceira pessoa no relacionamento e na transa deve ser consensual, caso contrário o amor que temos por nosso parceiro pode ser minado aos poucos e a sequela que fica é revolta e amargura pelo tempo perdido, afinal nos doamos ao outro.

Seja o que for que Rafael encontrei uma melhor forma de demonstrar seu amor ao seu parceiro, e que Marcus passe a enxergar mais seu namorado. No fim daquela noite recebi minha grana, mas sai com a sensação de que fiz algo de ruim para Rafael, mesmo que de forma não intencional o fato de transar com o namorado dele o feriu... E Feridas assim custam passar.

O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com

2 de out. de 2013

OCEANO AZUL - o final...

Nenhum profissão provoca mais oposição, inspira mais preconceito e instiga mais polêmica do que a prostituição. Mas nenhuma outra desperta tanta curiosidade.

Saímos do hotel rumo ao centro, Guto não sabia se íamos numa balada ou direto para a sauna Chilli Pepper, antiga 269 e acabou deixando para que eu decidisse. Em menos de 10 minutos estávamos em frente a Cantho, uma casa noturna localizada no Largo do Arouxe próximo a sauna. Com sorte chegamos e não havia filas homéricas, sem contar que Guto já era conhecido dos seguranças ao gerente da casa, então não demoramos a entrar.

Passando pelo corredor que da acesso a pista pude constatar que a casa não estava cheia, pista com espaço folgado para dançar. A programação da noite previa o revezamento de quatro Djs, ao entrarmos Guto foi fazer a social com seus conhecidos e acabei ficando num lugar próximo ao palco de frente com a cabine do Dj, muitas pessoas me olharam de relance, outras já estavam imersas ao som e luzes e outras muitas estavam nas partes mais escuras do ambiente localizadas próximo ao bar. Logo Guto me chamou para o bar e pediu duas vodkas com energético. Confesso que temi os efeitos, pois bebo pouco e meu organismo não recebe legal energético, pois acabo ficando com sono, esse fato já ocorreu mais de uma vez, porém até eu tentar explicar isso em meio a tudo que nos cercava eu achei mais eficaz aceitar e beber devagar.

Na pista dançamos muito e a medida que os hits tocavam a casa encheia mais, a ponto das pessoas se baterem umas nas outras, inevitável. Um fato curioso é que a moda da balada era usar óculos escuros. Pelo menos 40% das pessoas dançavam e circulavam assim. Particularmente não vejo função, a mim seria um acessório que atrapalharia, imagina você num espaço quente, com som a mil, luzes ofuscantes, pessoas quase em cima e você tendo que se locomover com óculos escuros? Eu certamente cairia e seria pisoteado.  Enfim, gosto não se discute, então a regra era se divertir.

Entre os amigos de Guto haviam dois meninos bem novos, um era magro, alto e efeminado, o outro era mais discreto e parecia interessante, porém seus malditos óculos escuros tapavam metade do seu rosto. Tomei minha dose de vodka com energético bem devagar deixando o gelo derreter e dissolver o energético, assim consegui conduzir a situação. Os amigos de Guto eram simpáticos, dançamos muito e curtimos o primeiro Dj que mandou bem, trocamos algumas palavras, mas metade do que eles diziam eu não conseguia entender e na dúvida entre pedir inúmeras vezes para repetirem o que diziam eu preferi sorrir como se houvesse entendido. Será que só eu faço isso em baladas? Acho que não.

Guto trouxe uma segunda dose de vodka e como já tinha encarado a primeira eu contornei a segunda sem muitos problemas. Saímos da Cantho por volta de 4h e seguimos para a Sauna Chilli Peppers muito conhecida em SP, o prédio era antigo e havia sido um hotel muito frequentado na cidade, o proprietário comprou e fez do hotel uma grande sauna 24h. Ao entrar na sauna pude notar que era um prédio bem discreto, fachada toda em preto nem parecia estar aberta, fiquei aguardando na recepção enquanto Guto fechava nossas entradas e um quarto. Ao ver a tabela de preços fixadas pude notar que a sauna atendia a todos os tipos de publico, desde o cara que podia pagar apenas sua entrada com direito a um ármario simples até suítes encrementadas no valor de módicos $880,00, isso mesmo, era fácil, fácil gastar mil reais por lá. Finalmente entramos, como era de se esperar todos andares eram pouco iluminados, com meia luz por todos os corredores e muitos caras circulando e flertando, um ambiente em que não é preciso ondas de rádio de baixa frequência para adivinhar o que mais buscavam por lá... Sexo, sexo, SEXOOOOO...

Na ocasião Guto fechou um quarto simples, um cubo com cerca de 2,5x 2,5 metros quadrados com uma cama, toalhas e chinelos para casal. Tiramos nossas roupas, nos enrolamos nas toalhas, chinelos nos pés e descemos. Guto já era conhecido frequentador da sauna, quanto a mim nunca tinham me visto e nesse sentido todos olhavam aquele estranho e bizarro casal circulando pelos andares da Chilli Peppers. Ele alto, moreno e grande, eu baixo em relação a ele, branco, porte definido. Descemos para o bar e Guto me apresentou a dois amigos que assim como ele batem cartão por lá, um rapaz era de aparência bem feia, muito magro, arcada dentária avantajada, cabelos chanel tingidos para loiro, olhos pequenos e trejeitos afetados, segundo Guto ele era de Santos e vinha todo domingo passar o dia na sauna só retornando para sua cidade na segunda-feira. Já o outro era um cara mais simpático mais tinha um peito de pombo, caixa toráxica avantajada, cabelos pretos, rosto normal, sorridente e tímido.

Percebi que Guto andava somente com esses dois amigos pela sauna e óbvio que o fato de minha presença incomodava. Vez outra o cara mais magro tecia comentários ao pé do ouvido de outro e dizia coisas com olhar repreensivo a Guto. Não sou trouxa e percebi, mas quer saber? Não deixei me intimidar.
No piso térreo quase em frente ao bar havia uma grande jacuzzi, piscina de água quente onde não havia uma viva alma. Notei também que os caras gostavam de se pegar no andar de cima, afinal era mais cômodo por estar próximo aos quartos, além de ser bem mais escuro que no térreo, mas fiz questão em querer aproveitar minha passada pela Chilli Peppers.

Vocês não vão entrar na água? Ta quente, parece boa.

Eu não!! Por que, você vai tirar a toalha e entrar? Perguntou o magrelo.

Claro! Segura ai minha toalha Guto. Tirei a toalha e sem pressa fui para Jacuzzi.

Gente!! Ele vai entrar mesmo! Disse o magrelo parecendo que nunca viu um corpo de homem nu.

Entrei na piscina que mais ao fundo tinha uma queda de água muito boa e não pude ouvir o que conversavam, noite apenas que o magrelo balançava as mãos e a cada frase balançava o pescoço torcendo a cabeça, parecia mais dar um bronca em Guto do que conversar. Fiquei nadando sozinho na Jacuzzi até que fiquei encostado no parapeito da piscina mas na outra margem, fazendo oposição ao magrelo que falava e falava com seus parceiros, até chamou outro para me ver. Sem considerar a babaquice alheia eu passei a encarar o magrelo e fiz gesto para ele entrar também.

Guto dando ordem aos seus súditos para que olhasse nossas toalhas entrou [ de sunga ] na piscina e veio ao meu encontro com outra vodka e lá ficamos até que começamos a nos beijar e deixar a mão boba correr, até que primeiro veio um cara moreno me cumprimentou e ficou do meu lado, depois veio outro casal e sem cerimônia ficaram se pegando em nossa frente, na vibe deles veio outro menino e com ele o casal brincou gostoso, rolou dedada no cuzinho, fizeram ele cair de boca ficando os três numa esfregação gostosa de se ver. Saimos da jacuzzi e Guto me levou para conhecer mais de perto os corredores escuros no segundo piso, onde ficavam os quartos, haviam cerca de oito corredores com extensão de 8 a 10 metros cada e centenas de quarto, o nosso era 527. Caminhamos em meio a escuridão e o clima era de flerte, muito caras passavam e nos olhavam. Entramos na sala de projeção fechado por cortinas pretas, no ambiente um ar gelado que incomodava pelo frio, um telão imenso projetando pornozão, nos cantos sofas e pufs com caras se pegando, chupação da boa e alguns até metendo nos escurinho, duro era ver o rosto de quem te pegava, eu não arrisco muito. Passando o telão caminhando para o lado direito haiva um outro corredor além das cortinas, mais caras parados flertando, outros em pé punhetando o pau alheio.

Derrepente fui pego em um corredor por dois caras muito gostosos e sacanas. Um deles veio por um lado e outro me encochou na parede.

Oi, vamos para o quarto com a gente. Disse um com a mão em meio peitoral enquanto outro me acariciava as costas.
Não posso ir com vocês... Toscamente foi o que pude dizer, pois minha vontade era sim ir. Guto afinal parecia querer me exibir em vez de trepar.

Depois de muitas voltas e de conhecer toda a sauna eu e Guto fomos para o quarto e começamos a nos pegar. Confesso que já estava com sono e ele ao contrário estava ligado, mas isso não impediu um belo 69 nova e alguns beijos, mas logo Guto quis descer novamente e disse que se eu quizesse eu poderia descansar, porém resolvi descer com ele. No piso térreo ficamos na roda de amigos dele próximos aos ármarios em frente a lareira.

E ai Guto, emendou hoje? Perguntou o Magrelo
Sim, fui na The Week, Cantho, vim pra cá e vou direto trabalhar.
Nossa!! Quantas balas você tomou?
To desde sábado...
E você, que droga você toma? intimou o Magrelo.
Nenhuma, por que você usa o que?
Ai, como assim nenhuma? Aqui todo mundo toma bala... 
E dai? Vocês são uns loucos. Eu não uso nada. Por isso que vocês não dormem. Debochei.

Embora o Magrelo não levasse a mal eu já sentia que minha simpatia a essas alturas foi para o saco. A conversa continuou e participei até uma parte mas não aguentei muito e disse a Guto que iria descasar um pouco, subi para o 527, travei a porta e me joguei na cama dormindo cerca de 1hora até que Guto e seus amigos foram checar se eu estava por lá ou estava pelos corredores alheios e claro, me encontraram dormindo mas com o burburinho eu acordei.

Ah... Ui... Isso, mete! Vai, vai...Ahhh, Ahhhhhhh, Ohhh... Soca fundo! Ai delicia!! Aiiii!

Foi impossível pegar no sono novamente, era 6h, hora da caça e nesse horário os caras partiam para o ataque, muitos iam para o trabalho e queriam gozar. Todo aquela metação sonora me deixou com tesão muito grande e mesmo que eu tentasse era impossível não ouvir as bolas de um cara batendo contra a bunda de outro, afinal quem não conhece esse barulho? No coube dentro de mim, levantei da cama, me enrolei na toalha, coloquei os chinelos e sai pelos corredores escuros.

Oi garoto, como se chama? Perguntou um coroa enxuto me abordando de canto.
Eduardo. 

Prazer. Eduardo, de qual cidade você é?

São José dos Campos.

Você ta afim de ir para meu quarto? Foi para o abate

Não, to de boa. Só circulando...

Não sei se você sabe, mas a decoração dos quartos são diferente. Vamos lá conhecer o meu. Disse colocando seu braço em volta do meu pescoço e roçando seu pau mole em mim.

Decoração? Essa foi boa... pensei comigo. Tirando seu braço do meu pescoço eu recusei e sai andando.
Procurei a dupla que me abordou mas nem sinal. Então fiquei parado em frente ao meu quarto, até que veio um cara e sem cerimônia perguntou.

Oi, ta afim de uma chupada gostosa no cuzinho? Adoro chupar uma bunda.

Não, valeu...

Vamos cara, deixa eu chupar sua bunda. Colocou sua mão em baixo da minha toalha do meu traseiro sem eu esperar. Tirei sua mão e fui enfático.

To de boa cara, procura outro!

Continuei a caminhada, entrei novamente no cinemão do segundo andar e a meteção rolando solta, caras se chupando, se comendo sem ao menos conseguir ver ao outro, parecia uma questão de acertar o buraco. Peguei o corredor a direita e encontrei um rapaz da minha altura, corpo normal definido e rosto normal, bem cuidado. Paramos frente a frente e num simples Oi começamos a nos apalpar por debaixo da toalha, até que ele me abraçou e me beijou. Seu beijo era muito bom e ele encaixava a boca de tal forma que nossas línguas fincavam por completo numa na boca do outro. Lembro-me que sua pele era macia e seu corpo quente, cheiramos nossos pescoços, afagamos nossos cabelos e continuamos a nos beijar com nossas mãos punhetando um o pau do outro.

Vamos para cabine?

Fiquei sem muita reação até que voltei para eixo e recusei, deixei o cara no corredor onde o encontrei e voltei para os corredores principais até achar o 527 novamente.  Deitado tentei novamente pegar no sono mas não consegui, desci para o térreo e procurei por Guto que estava com seus amigos bebendo. Como eu já estava sem comer horas a fio perguntei se podia pegar dois pães de queijo e uma coca cola para enganar a fome e lá continuamos trocando ideia até que Guto quis ir embora, o relógio já marcava 8h30. Subimos para o quarto trocamos de roupa e nos despedimos dos amigos dele que continuaram por lá.

Então hoje estarei aqui às 20h. Se você não vir eu ficarei bravo com você. Disse um dos rapazes a Guto.

Fica tranquilo, eu venho sim. Afirmou Guto.

Haja pique para vocês hein. Disse sorrindo a eles.

Era segunda-feira, o dia estava claro e com um sol ainda frio, com trânsito caótico subimos a avenida Rebouças até a Paulista e a Consolação, dali Guto iria direto para seu trabalho. Com o carro parado na portaria do Ibis Guto me pagou o combinado, nos despedimos e lá se foi aquele maluco boa praça. Subi rapidamente para o quarto e encontrei Tritani fazendo as malas, conversamos um pouco e desci com ele para o saguão do hotel, como o ônibus dele sairia mais cedo ele não poderia ficar até 12h, nos despedimos e fui para o restaurante tomar café.

Com cara de sono tomei meu café tranquilo, na mesa ao lado um cara maduro e sozinho me observava.
Vai encarar mais esse? Disse a mim mesmo.
Não, melhor não... Me contive.

Subi para o quarto e pensei em dormir, eram 10h30, mas  tinha o risco de dormir demais e passar das 12h, horário em que fechava minha estadia no hotel. Então tomei um banho para renovar as energias e despertar em seguida fui checar meus recados no e-mail e skype. Para surpresa um cara me abordou para um foda mas queria com dois caras. Como Tritani já tinha partido eu sugeri meu amigo Nando,( Blog) um goiano que morava em Sp já fazia alguns meses, conversa vai, conversa vem e acabou não rolando pois o cliente estava um pouco longe e chegaria com cerca de 30 minutos para fechar minha diária. Decidi ser prudente e deixar para próxima.

Dobrei minhas roupas, refiz minha mala, guardei meu notebook, dei uma organizada no quarto e sai pontualmente às 12h. Eis o check out da temporada mais agitada que tive por SP desde abril. Foi bacana, ampliei minha rede de contatos, conheci pessoas, fiz descobertas, tive boas surpresas, superei limites do corpo, tive conversa agradáveis com um clientes, tomei café com chocolate, ouvi Elis na tv, e surpreendi a mim mesmo com um pouco de insensatez. Até a próxima.

O garoto errado