31 de jan. de 2014

O NOVO CASULO COM CHEIRO DE SEXO

No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar. [August Strindberg]

Querida diarreia, a nova vida em São Paulo caminha pacata, serena e sem grandes emoções. Parece que depois de toda correria em busca de um lugar para morar o universo cessou sua briga comigo com uma trégua. Provisória? Talvez... Dizem que janeiro por aqui é assim. Por enquanto tenho dias e dias de calmaria. Tudo muito estranho.

Aqui no Flat minha vizinhança parece mais uma empresa com ritmo corporativo do que famílias morando em apartamentos. Sem falatório, sem crianças correndo pelos corredores, sem cães latindo, quase sem vida. Pelo menos nesse ponto a discrição prevalece.

Entretanto, foi tudo tão rápido... Peguei as chaves do apartamento dia 11 de janeiro, e no dia 13 já tinha um cliente querendo estreá-lo, ser o primeiro. Combinamos de nos encontrar no fim da tarde, lembro que me atrasei por conta de uma chuva e nos encontramos quase na entrada do prédio.

Poxa, legal seu apartamento. Disse Rodrigo, ao entrar no apartamento.

Bacana né? Mas eu ainda to montando, hoje eu trouxe a cama e o sofá, mas ainda preciso comprar coisas de uso doméstico. Não tem nem cortina, to improvisando com lençol. Expliquei.

Mas para uma pessoa ta ótimo, tudo novinho. Então, vamos estrear seu apartamento mesmo? 

Sim, você será meu primeiro cliente aqui.

Espero trazer sorte.

Vai sim... Vou tomar um banho rapidão. Pode ficar a vontade.

Ok.

Enquanto Rodrigo se ajeitava na sala improvisada eu me preparava para o primeiro programa em meu apartamento. Ao sair do banho Rodrigo se dirigiu ao Box enquanto eu arrumava o colchão com lençóis novos que havia comprado.

Era minha segunda transa com Rodrigo, então tudo transcorreu de forma tranquila, nos beijamos e nos chupamos num quase 69. Coloquei-o de bruços e com minha língua fui explorando suas nádegas e passando ela lentamente no seu cuzinho. Ele gemia com a cara no travesseiro e a cada linguada oferecia mais ainda sua bunda para que eu chupasse cada vez mais. Com gel lubriquei bem seu ânus e brinquei com alguns dedos, Até que fui penetrando-o devagar, com paciência e calma.

Após penetrar Rodrigo por completo iniciei um vai e vem devagar para que ele se acostumasse, soltei meu corpo sobre o dele e comecei a acelerar o ritmo, mas não tão forte para que ele não reclamasse. Porém durou pouco tempo, pois ele era mais ativo.

Que gostoso... Ta gostando? Perguntou Rodrigo. Agora deixa eu te comer um pouco?

Para começar eu preferi sentar sobre ele e controlar o ritmo para me acostumar, depois de um tempo ele quis meter comigo de quatro e pode brincar a vontade, bombando um pouco mais forte até gozar.
Após outro banho, Rodrigo vestiu-se, pagou o programa e foi embora. Com meu  cachê na mão eu ainda caminhei pelo apartamento, olhei para aquelas paredes ainda desconhecidas, para o teto... abri a imensa janela de vidro e da sacada olhei o céu cinzento da cidade. Eu ainda me sentia um bicho acuado preso numa jaula, era como se aquilo tudo fosse uma grande loucura. infelizmente não me sentia tão pronto o quanto esperava. Ainda sim eu estava ali, construindo uma estrutura para viver na colmeia.

Você deveria se orgulhar por conquistar seu próprio espaço em São Paulo, mesmo que alugado. Disse um amigo

Nas na verdade a sensação ainda não era essa, pelo contrário, a sensação era de incertezas. Era preciso quebrar meu casulo e encarar o mundo como ele é. Voar até onde eu conseguir.

Momentos depois me arrumei, peguei minha mochila, apaguei as luzes e antes de fechar a porta daquele apartamento quase vazio eu desejei entrar ali mais confiante. Depois disso só lembro ter dado duas voltas de chave antes de ir embora.


O garoto errado


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário!