Nada é mais falso que uma
verdade estabelecida [Millôr Fernandes]
O corpo humano é dotado
de formas que muitas vezes se confundem com objetos e formas. Depende do angulou,
da luz, da sombra e outros elementos que podem confundir nossos olhos por
alguns segundos... Mas fazer de um pênis um Joystick não estavas nos meus planos...
definitivamente.
Joel ligou numa manhã de
sábado, dizendo que viu meu anúncio e gostaria de saber se eu costumava viajar
com clientes. Afirmei positivamente, então, ele prosseguiu na conversa e disse
seu fetiche.
Eduardo, quero ir para um
lugar de montanhas e ficar num quarto com um cara para apenas bater punheta,
pegar em seu pau, ele no meu e ficarmos brincando, esfregando pau com pau, como
se fosse um brinquedo. Não quero penetrar e nem ser penetrado. Não gosto de
beijos e nem pegação. Entende?
A principio nada demais,
passei meu preço e fechamos. Marcamos um ponto de encontro e instantes depois
Joel me pegou. No carro ele mostrou em seu tablet alguns chalés que ficavam
próximo a Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, uma cidade turística, mas que
fora de temporada era bem vazia.
Pegamos a estrada rumo
aos tão sonhados chalés, após uma hora dirigindo, Joel quis parar para almoçar
e assim o fizemos. Paramos num grande restaurante desses de estrada. Não haviam
muitas pessoas, pois já passava das 13h da tarde. Havia um sistema selv-service
e outro La carte. Joel então pediu frango a passarinho e momentos depois a
garçonete foi servir em nossa mesa.
Já com o prato posto Joel
experimentou um pedaço e parou logo em seguida.
Hum, mas isso ta puro
sal! Olha só! Prova para você sentir! Ofereceu-me
Tirei um pedaço e
coloquei no meu prato, cortei e provei. Não havia nada demais ao meu paladar. Porém
Joel insistiu, chamou a garçonete para trocar o prato. Reclamou bastante e
disse que não queria sal. A garçonete explicou que os pedaços fritos não foram
“salgados” e mesmo assim pediria um novo prato. Minutos depois veio um novo
prato fresquinho, Joel tirou um pedaço, colocou em seu prato, cortou e comeu...
Hum... Melhorou, mas
ainda está salgado. Vai assim mesmo!
Enquanto Joel comia seu frango a passarinho, eu desejei me teletransportar
de volta para a casa. Mas a merda já estava feita, agora era suportar o final
de semana que me aguardava.
Continuamos a viagem e ao
chegar na cidade fomos para a parte alta, das montanhas. Do alto dos morros a cidade foi ficando cada
vez mais pequena, até que chegamos aos chalés, eram bem confortáveis, com
lareira e moveis rústicos de madeira.
Desfizemos as mochilas.
Joel abriu as torneiras da banheira e a deixou enchendo para que logo fossemos
curtir seu fetiche. Ficamos na cama estirados pelo cansaço da viagem, enquanto
a banheira não terminava de encher. Joel
pediu para eu tira as calças e a cueca e fez o mesmo. E lá ficou ele pegando no
meu pau, apertando, virando para um lado, para o outro, investigando cada
parte. Assim tentei fazer com seu pau também, porém eu nem bem comecei e ele já
foi me dando uma aula. Parecia que seu pau tinha pontos específicos para ser
tocado.
Não! Não é para pegar com
a mão toda. Olha, pega na cabeça e faz assim ( fazia um vai vem como quanto nos
masturbamos, mas ele queria apenas na glande). E assim o fiz, passou um, dois,
três, quatro, cinco minutos e eu já estava cansado de ficar só naquilo. Enfim,
a banheira ficou pronta! Porém a tortura continuaria...
Ficamos eu e Joel dentro
da banheira, lado a lado, ele com a mão no meu pau, brincando, apertando e
mexendo para todas as direções; como se fosse m Joystick, para lá, para cá,
para frente e para trás, isso quando não fazia um giro completo, como se
jogasse um street fighter tentando soltar aqueles golpes mirabolantes. Já eu fazia o mesmo, só que com mais cuidado
pautado pelas correções de Joel.
Não! Pega aqui! Olha.
Isso, faz agora para eu ver... Assim...isso...
Nunca desejei que um
programa acabasse logo. Era muito chato ficar na mesma coisa por horas e horas,
aquela repetição parecia insana e deixava meu braço e pau doendo. Creio que ficamos
umas cinco horas dentro daquela banheira; só pegando um no pau do outro. Depois de horas paramos por que Joel quis
gozar, socou uma punheta e gozou.
E assim caminhamos para o
Domingo, logo de manhã enchi a banheira a pedido de Joel e ficamos na pegação
de pau até o horário do almoço. Organizamos nossas mochilas e pegamos a estrada
de volta.
No carro viemos
conversando sobre temas como Família e trabalho. Joel disse que sonha em formar
uma família. Em seus pensamos ele iria para de vez com seus fetiches por homens
e constituir uma família. Em sua visão, homem que relaciona-se com homem é um
pecado mortal. E aquilo que estávamos fazendo era apenas uma curiosidade que
ele tinha.
Quanta ignorância, eu
pensava...
Olha cara, eu creio que
não tem nada demais. O fato de um homem se relacionar com outro pode ser muito saudável.
Vai da cabeça de cada um. Pior na minha visão, é um cara que tem desejos
secretos, como tesão por alguém do mesmo sexo. Mas que por pura convenção e
medo, mutila seus sonhos e desejos para fazer algo que os outros querem e
julgam aceito. Muitos apontam o dedo para mostra o erro do outro, mas não olham
a si próprio. Tentei argumentar.
Mesmo dizendo nas
entrelinhas que o que ele acreditava ser certo era fruto de preconceito e medo,
ele insistiu e para não ficar chato e uma disputa de certo ou errado, eu nem
me dei o trabalho de ficar argumentando. Afinal, são linhas de pensamentos
diferentes, porém o radicalismo dele era tanto, que era impossível trazer outro
ponto de vista. Chegando ao ponto onde eu desceria, Joel exerceu o que chamo de
falso moralismo, para senti-se superior aos outros e aos pecados do mundo.
Boa sorte para você Eduardo.
Que Deus lhe abençoe e lhe tire dessa vida.
O que dizer para um cara
que não se aceita? Nada... apenas sorri um sorriso apático e olhando dentro de
seus olhos pensei... Vida patrocinada por caras como você... babaca!
O pior é ele pensar que este desejo que ele tem por homens vai acabar assim que ele casar... coitado vai fazer uma mulher infeliz...
ResponderExcluir