Foco é dizer não [ Steve Jobs ]
A insatisfação é uma das características permanentes do ser humano isso mais que suficiente para tentarmos nos superar sempre. Eu estava determinado a superar minha marca de dez cliente feitos na temporada anterior em São Paulo, mais do que isso, dobrar os rendimentos que tive e também fidelizar o maior número de clientes possível deles. Para isso era preciso trabalhar cedo tanto na divulgação como na agenda.
Começou assim, fiz contatos com diversos sites nos quais anuncio enviando um novo ensaio fotográfico com informações sobre minha nova temporada em São Paulo, trabalhei também em a partir da minha agenda de contatos no celular, além de chats e anúncios em sites do gênero. Aos poucos comecei colher resultados com clientes antigos querendo marcar seus horários, além de clientes em potenciais que me adicionaram no skype por acompanhar meu blog ou por curiosidade a partir da divulgação feita.
Quanto aos clientes em potencial eu sempre tenho um pé atrás pois curiosidade é algo momentâneo que pode passar sem que o ato seja concretizado. Eu precisava despertar o interesse deles em querer me conhecer na cama e para isso passei a estreitar meu contato com mensagens quase, como um simples " Bom dia ". A ideia é ser fazer presente, se fazer existir no imaginários deles. E se no Brasil a consulta médica, um dentista ou um banco mandam lembretes sobre datas marcadas, por que um garoto de programa não poderia fazer o mesmo, mas de forma sutil? Não pensei duas vezes, parti para um corpo a corpo com lembretes a medida que a data da temporada chegava.
Ao todo foram 16 programas agendados, porém sempre temos que ter uma margem de erro calculada, visto que muitos clientes eram evasivos em seus contatos e já não mostravam tanto estimulo; Mesmo assim mantive o foco tendo cartas na manga como, uma lista de espera para um plano B. Chamo de lista de espera aqueles clientes que demonstravam interesse, mas não tinham horários definidos ou queriam um determinado horário, já ocupado por outro cliente, sendo impossível renegociar sua agenda. A esses eu aviso que se caso houver uma desistência eu posso avisá-los e realocá-los em minha agenda se preferirem, a partir dai faço uma segunda lista.
O resultado de uma agenda pode também ser comprometido pelas adversidades de tempo e lugar, vai que no horário do programa o pneu do carro do cliente fura no horário de pico ou ele tem um problema de saúde ou então a mulher resolver ficar no pé do cara numa sexta-feira a tarde... Enfim, situações que podem ocorrer de uma hora para outra e acabam afetando todo um um planejamento. E como eu não estava ali para brincadeira eu colocava meu plano B em prática em momentos como esses.
Minha temporada começaria na quinta-feira, porém, um cliente especial pediu que eu fosse um dia antes para São Paulo, ele queria algo mais exclusivo e se propôs a bancar os custos de uma diária extra, além de um cachê atraente. Desse modo adiantei tudo e fiz check in no hotel na quarta-feira (30/11) ás 16h30. Subi para meu quarto, seu número era 1138, ao entrar fui direto para janela para abri-lá e ventilar o ambiente e para minha surpresa eis que a vista apresenta uma linda Catedral com três abóbodas grandes e douradas, a do meio era a maior de todas, suas janelas eram de ferro com contornos pretos e no meio cruzes, sem a imagem cristo crucificado. Mesmo com toda essa imponência diante de minha janela, a Catedral era silenciosa, sem cantos, sem sinos e nem pássaros a sua volta, parecia mais uma guardiã que velava dia e noite os quartos que davam a vista para suas abóbodas. Em contrapartida, ao seu lado havia uma escola infantil de onde se podia ouvir as brincadeiras, os risos e gritos inocentes de quem ainda construía uma identidade. Por um momento me peguei olhando aquelas crianças e me imaginando com suas idades, desejando voltar ao tempo.
O primeiro cliente já havia ligado quando eu ainda estava no metrô, Ronaldo na verdade havia marcado seu horário para tarde de quinta-feira, porém algo curioso e desagradável ocorreu. Casado ele vinha a São Paulo uma vez por ano a um congresso e nessa viagem aproveitou para marcar algo comigo, porém, em seus contatos ele foi imprudente e usou o e-mail comercial da empresa. O resultado foi desastroso, sua esposa desconfiada de seu comportamento rastreou os contatos e na véspera de minha viagem me enviou o seguinte e-mail:
Eduardo,
Sei que é seu trabalho e não me oponho a isso. Te achei muito culto e educado e parece fazer um trabalho sério e limpo. Meu marido marcou com você na próxima quinta, em SP, no Ibis, na rua vergueiro. Ele não está sendo correto comigo e pretendo fotografá-lo. Não farei nenhum escândalo, quero apenas prova física para o processo de separação e danos morais. Só peço que se deixe fotografar caso perceba minha presença na portaria. Não farei nada para prejudicá-lo, nem a ele, apenas farei as fotos (na entrada e na saída), estarei hospedada para não levantar suspeita.
Imagino que o Ibis sabe que você faz programas enquanto se hospeda lá, por isso vou evitar qualquer espécie de confusão que possa constrangê-lo. Estou fazendo isso porque se eu não te avisar, você não vai entender e sei lá o que pode pensar e fazer.
Obrigada. Regina
Existe um provérbio francês que diz: Entre a calamidade e a catástrofe há sempre espaço para um taça de vinho... Pensei, repensei e respondi para Regina dizendo que eu cancelaria esse encontro com seu marido, pois eu jamais me coloquei ou fiz meus clientes passarem por uma situação vexatória e de constrangimento. Procurando sempre trabalhar de forma discreta e honesta.
Mesmo entendendo meu ponto de vista, Regina não desistiu e disse que se hospedaria também em meu hotel. Quanto a isso fiquei tranquilo, sem o encontro com Ronaldo eu não me sentia ameaçado, o esforço dela seria em vão. Mas agora a situação era outra, Ronaldo me ligou um dia antes e decidiu me encontrar antecipadamente. Por estar em transito e perto de pessoas ficava difícil eu explicar para ele toda a situação e decidi fazer isso no hotel. No quarto eu tratei de me instalar rapidamente organizando roupas e utensílios enquanto pensava no que fazer. Tomei um banho, me perfumei, me vesti e concluí:
VOU CORRER O RISCO.
Decidi receber Ronaldo visto que sua esposa daria entrada no hotel um dia depois, outro fator importante é que ambos não contavam com essa mudança de dias, entretanto, Ronaldo sabia pois havia me ligado e eu o informei que já estava em SP antes do previsto. Pouco minutos depois Ronaldo batia na porta do quarto 1138, o recebi, conversamos um pouco, ele disse que estava de alguma forma sendo monitorado pela esposa e admitiu o erro de usar o e-mail da empresa para fazer seus contatos comigo. Para que não estragasse a transa e o deixasse apreensivo eu resolvi me calar sobre o e-mail que recebi, já que sua esposa estava ao seu encalço, ele deveria saber como lidar com a situação ao contrário de mim.
Nosso programa transcorreu normal, foi muito gostoso e senti que ele relaxou bastante depois de toda essa tensão inicial. Mais tarde recebi meu outro cliente e passamos quatro horas juntos, depois de uma longa transa com muito toque e pegação. Chegamos dormir por uma hora, até que ele acordou se arrumou e foi embora. Após meu cliente deixar o hotel, pedi um prato rápido na recepção, chequei meus e-mails e mensagens no whatsapp e dos quatro clientes marcados para o dia seguinte somente dois haviam me dado certeza.
Sem piedade parti para meu plano B, contatei dois clientes em espera e os marquei em cima desses dois homens incertos. Óbvio que mandei uma mensagem para eles avisando que eu havia cancelado nosso encontro justificando a falta de contato por parte deles. Somente um se manifestou pelo whatsapp.
Não tínhamos deixado marcado para quinta-feira?
Não. Infelizmente você não confirmou minhas mensagens. Disse que iria ver outro cara e me daria um retorno. Na falta desse retorno eu acabei dando preferencia para outro cliente que quis fechar em seu horário e confirmou o programa comigo. Caso ainda haja interesse de sua parte podemos ver um outro horário em minha agenda. Ok?
Ok, boa noite!
Seco e sem mais prolongamentos senti que fechei a porta para um cliente. No ramo das prostituição os valores são invertidos, os garotos e garotas são objetos de desejos e como num cardápio ficamos a exposição para decisão do cliente. Porém eu estava disposto a inverter esses valores, era preciso mostrar que nem sempre pode se ter tudo o que quer na hora em que quer. Na dúvida preferi perder um cliente indeciso para fidelizar outro convicto. Então, por que não arriscar?
Quinta-feira, comecei meu expediente cedo, tomei um café da manhã reforçado, subi para meu quarto, fui para ducha, me aprontei e fui checar alguns contatos no skype e caixa de e-mail enquanto esperava meu cliente. Inesperadamente tive uma feliz surpresa, um site (
www.cambiodeboys.blogspot.com), que avalia o desempenho de garotos de programa de São Paulo e outras cidades, publicou quatro relatos todos com nota 10 sobre meu desempenho, a partir dai comentários positivos começaram a surtir. Parei minha leitura para receber Walter, meu primeiro cliente do dia, era sua primeira vez comigo, e antes de começar algo conversamos um pouco, ele é maduro, grisalho e de olhos claros e mostrava-se muito a vontade. Foi passivo comigo, penetrei-o em algumas posições e fui muito bom. Depois da transa conversamos mais um pouco.
Você viu o que publicaram sobre você no site Câmbio de boys?
Não vi... Quer dizer, vi um pouco, vou ler tudo depois.
Porra, ainda bem que marquei meu horário, pois agora que você não terá agenda mesmo.
Após uma boa conversa ele foi para o banho e finalizamos nosso encontro comigo levando-o até a porta. O dia transcorreu bem, atendi mais três clientes, dois deles já haviam saído comigo, somente um era novato.
Edson havia pegado meu contato no site de avaliações e devido muitos comentários positivos ele ficou curioso e decidiu marcar comigo. Fechamos nosso encontro para 23h30, horário em que ele saia do trabalho. Quando chegou conversamos um pouco, muito bonito ele tinha um estilo mais paulistano, cabelo modelado com pomada, roupas mais justas ao corpo, rosto bem cuidado, típico homem metrossexual. Na cama não combinei nada com ele simplesmente deixamos a transa fluir, ficamos bastante nas preliminares, muitos beijos, caricias e amassos, brincamos um no pau e cuzinho do outro num gostoso 69, com muitas lambidas molhadas. Cheguei a pensar que Edson era somente ativo, pois em alguns momentos ele tirava minha mão de sua bunda, até que em certo ponto ele me disse ao pé do ouvido.
ME COME...
Foi o pedido perfeitao para eu lubrificar minha mão e brincar com sua bunda metendo dedo a dedo e fazendo ele gemer, depois de deixá-lo bem lubrificado e no tesão para ser penetrado, eu me preparei e comecei penetrando-o devagar na posição de frago assado para que ele relaxasse. Com meu pau todo dentro de Edson eu debrucei meu corpo sobre o dele e o beijei, começando um vai e vem bem devagar ao estilo soft, até que senti ele pronto para uma brincadeira mais forte.
Meti vigorosamente entre suas pernas, ele gemia muito deixando-se totalmente vulnerável, a cada estocada minhas bolas batiam contra o saco dele preenchendo o quarto. Edson gozou com meu pau entrando e saindo, foi uma delicia. Ficamos um ao lado do outro deitados.
Nossa... Ai... Preciso de um tempo...
Claro, relaxa, descansa ai. Disse a ele.
Depois de um tempo Edson foi embora. O dia havia sido lucrativo e eu estava exausto, porém não era o momento de jogar a toalha, comi algo leve, fiz alguns contatos, um deles foi com um cliente novo que dias antes havia marcado um programa para sábado de manhã, mas passou o dia de sexta-feira em silêncio, sem confirmar nada. Não tenho nada contra um cancelamento, desde que o cliente me contate antes, assim não perco meu tempo. O que me irrita são pessoas que marcam e não se prestam a minima consideração em caso de desistência. Felizmente a experiência levando bolos no inicio da carreira me vez prever esses fatos e antes de me deitar mandei um mensagem ao cliente. Avisei que ele passou o dia sem confirmar seu horário comigo, então que se ainda houvesse interesse que ele me ligasse 8h30 da manhã, caso contrário eu não levantaria da cama tão cedo para o esperar.
Acordei 10h da manhã, tomei meu café tranquilo e fui ao encontro de um outro cliente que vinha de Curitiba somente para me ver. Marcamos na avenida Paulista para darmos um passeio, tomar algo e depois irmos para o hotel. Encontrei Vinicius na estação Consolação, de lá caminhamos um pouco, mostrei alguns pontos da Paulista e fomos para um Starbucks tomar um frapê gelado, fazia um sábado lindo de muito sol. Conversamos um tempo, rimos um pouco e depois fomos para o hotel.
Depois de um banho nos jogamos na cama, Vinicius estava tímido, mas tratei de ir quebrando isso aos poucos, beijei cada parte de seu corpo e o desenrolei da toalha, ele tem coxas grossas e bumbum grande, todo branquinho, uma delicia. Ficamos quase todo nosso encontro brincando um no corpo do outro, muitas chupadas de mamilos, mamadas no pau um do outro, coloquei ele com a bunda na minha cara e a boca no meu pau, chupei muito seu cuzinho e a cada linguada, eu percebia que ele jamais havia sido tocado daquela forma tamanho tesão que ele mostrou. Perguntei se ele queria ser comido e ele topou tentar.
Depois de prepara-lo com muito lubrificante eu tentei penetra-lo bem devagar e consegui por várias vezes, porém, mesmo devagar ele sentia dores. Então, fui penetrando-o a prestação, é como chamo quando meto devagar e com pausas, pois leva um tempo para o cara se acostumar e dependendo, se ele não relaxar por completo a penetração acaba sendo mais dolorida do que o normal. Fechamos nosso programa com mais pegação e mamação, ele foi um presente de cliente, carinhoso e atencioso não tinha pudores com sua linguá.
Após sua saída do meu quarto eu tomei uma ducha rápida para receber outro cliente, Nelson era um encaixe, com cliente plano B que realoquei no horário de outro. Era primeira vez que eu recebia um cliente após o outro, em questão de minutos. Me senti literalmente num prive de garotos, com clientes entrando e saindo. Meu encontro com Nelson foi muito bom, ativo convicto ele deixou que eu brincasse com seu cuzinho para depois me pegar de jeito na cama. Na casa de seus trinta e poucos anos, Nelson era bem desenvolto e fez alguma perguntas sobre meu dia a dia matando algumas curiosidades. Disse ter aprovado minha transa e prometeu voltar.
Fechei o domingo reencontrando um cliente muito querido, havíamos saído na temporada anterior, muito cordial ele é um homem de voz metálica, daquelas que preenchem o quarto. Inesperadamente ele presenteou-me com um cueca boxer da Calvin Klein. Nossa segunda transa foi muito melhor do que a primeira, houve mais contato e mais empatia, sem pressa nos curtimos deliciosamente. Ele sabendo que gosto de chupar uma boa bunda, tratou de passar um gel sabor pera no cuzinho, me deixou louco de tesão, chupei seu rabo como se fosse uma manga, metendo literalmente a cara por entre suas nádegas avantajadas, volumosas e duras, me lambuzando, salivando em seu buraco macio. Ele foi o cliente que mais aguentou levar rola, metemos de bruços, de lado, de frango e de quatro, só paramos por que ele não aguentava mais, o cuzinho já estava ardendo e ele pediu para eu gozar, acabei leitando muito. Depois desse encontro eu fui almoçar e descansar para atender um cliente fora do hotel.
Na noite de domingo ainda recebi mais dois telefonemas perguntando se havia possibilidade de marcar algo para segunda-feira a tarde. Tive que dizer não, pois minha temporada encerrava as 12h da segunda, mas pedi que ficassem de olho no blog ou enviassem um e-mail para que eu informasse sobre uma próxima temporada.
Segunda pela manhã a cidade amanheceu cinzenta, chovia constantemente uma garoa fina e fria. No café, conheci uma moça muito gentil que estava em férias no Brasil, ela faz mestrado na Bolívia e trabalha para uma empresa de games. Depois de seis anos fora retornava ao Brasil para rever amigos em São Paulo e em seguida passar dois meses na Bahia com a família. Sugeri alguns roteiros como o Museu da Língua Portuguesa com a exposição Cazuza mostre a sua cara e a Pinacoteca que é do lado da Museu. Nos despedimos desejando sorte em nossos caminhos.
De volta ao quarto, arrumei minhas malas, olhei mais uma vez para Catedral Ortodoxa e suas abóbodas douradas; Felizmente consegui atingir minha meta, atendi mais clientes do que na temporada anterior, fidelizei alguns e dupliquei os rendimentos . Números são importantes, mas o mais importante é saber lidar com adversidades e aproveitar as oportunidades. Em uma ultima imagem pela janela eu via que dessa vez a escola infantil estava silenciosa. Então parti...
O garoto errado
garotoprivado@hotmail.com